RODADA DE DOHA - CHINA E INDIA FAZEM EXIGÊNCIAS
A advertência coincide com a abertura da reunião ministerial do Grupo de Cairns, de 19 países exportadores agrícolas, como Brasil, Argentina e Austrália, que se realiza no Paquistão, e que justamente pede a maior abertura possível dos mercados.
Indianos e chineses querem ter ampla margem para utilizar dois mecanismos que certamente serão incluídos no pacote da rodada: designação de "produtos especiais" (para cortar menos tarifas) e de "salvaguarda especial", para frear importações, por razões de segurança alimentar, desenvolvimento rural e combate à pobreza.
Só que exportadores como Argentina e Uruguai, dentro do G-20 - do qual China e Índia fazem parte, sob a coordenação do Brasil - temem que a rodada acabe por consolidar o protecionismo dos dois maiores mercados em desenvolvimento.
Em comunicado, Pequim e Nova Déli citam basicamente os países industrializados, insistindo que a posição dos EUA e da UE não levará a um acordo agrícola e cobram "significativa melhora" nas propostas de cortes nos subsídios e tarifas de importação.
Mas a mensagem visa também os exportadores agrícolas em geral.
Aparentemente, a irritação de Pequim ocorre também por causa da insistência dos Estados Unidos em limitar os produtos especiais a 1% das importações.
Até recentemente, o G-33, grupo do qual China e Índia participam com Indonésia e outros países emergentes, queria designar 20% dos produtos agrícolas como "especiais", e cortou a demanda para 12%.
(VALOR ECONÔMICO -17/04/2007).
http://clipping.radiobras.gov.br/novo/
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