Moratória de Dubai provoca quedas em bolsas de NY
Em Nova York, o índice Dow Jones iniciou suas operações nesta sexta-feira com queda de 1,97%, ou 206,09 pontos, enquanto o índice da bolsa eletrônica Nasdaq registrava recuo de 2,56%. Os dois índices permaneciam em baixa por volta das 15h (hora de Brasília).
Os índices das bolsas de valores de Londres, Frankfurt e Paris chegaram a ter quedas durante o dia, mas reverteram a tendência e fecharam, respectivamente, com altas de 1%, 1,3% e 1,2%. No fechamento de quinta-feira, as três bolsas europeias haviam caído mais de 3%.
Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 3,2%, ainda refletindo as perdas do dia anterior. O Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, teve queda de 4,8%.
Dubai World Os temores nos mercados foram detonados com a notícia, na quarta-feira, de que o conglomerado estatal Dubai World, responsável pela vasta expansão imobiliária do emirado, atrasará o pagamento de suas dívidas, avaliadas em US$ 58 bilhões - a maior parte da dívida do emirado, de US$ 80 bilhões.
O conglomerado avisou credores que suspenderia o pagamento da dívida como primeiro passo para tentar reestruturar seus negócios.
A ameaça do calote de Dubai sacudiu os mercados internacionais, que estavam ou ainda estão tentando se recuperar da crise global financeira iniciada com a crise de crédito do mercado imobiliário americano, em setembro de 2008. Os problemas de o emirado reacenderam temores de uma nova crise de crédito global - que poderia provocar uma queda na demanda global por várias commodities, entre elas o petróleo.
Dubai, um dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos, tem menos petróleo do que seus vizinhos. O emirado se tornou um importante polo turístico e comercial com ambições internacionais.
Uma das subsidiárias da estatal Dubai World, a Nakheel, foi a construtoras de um badalado condomínio erguido sobre uma ilha artificial em forma de uma palmeira.
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