Itaú Unibanco retira portas giratórias das agências (Postado por Lucas Pinheiro)
Por meio de nota, o banco afirmou que a retirada do equipamento faz parte de um processo que começou após a fusão entre as duas instituições, concluída em 2010.
"A migração das agências Unibanco para o modelo Itaú contemplou também uma mudança de layout, que buscava mais proximidade e transparência no atendimento ao cliente. Além da ausência da porta giratória, os clientes perceberam mudanças na distribuição de senhas, mobiliário e espaços de atendimento."
De acordo com a instituição, mesmo sem as portas giratórias, que foram substituídas por outros mecanismos, as novas unidades mantiveram o nível de segurança oferecido anteriormente.
A manicure Marilza de Cássia Raia, de 40 anos, disse ter gostado da mudança. Ela frequenta uma agência na Avenida Paulista, em São Paulo, que teve a porta giratória retirada. Sem saber que a unidade não possuía mais o modelo de porta, ela foi sem bolsa ao local na manhã desta quinta-feira (9) justamente para evitar dores de cabeça ao e ser impedida de entrar. "Eu nem vim com a bolsa porque não tinha condições de entrar (...). Eu sempre era barrada", afirma.
O garçom Orlando Silva, de 47 anos, frequenta a mesma agência ao menos uma vez ao mês e disse ter ficado satisfeito com a retirada das portas giratórias. "Ficou melhor, assim a gente não fica preso naquela porta", disse. Ele afirmou que quando precisa ir a bancos que ainda possuem as portas giratórias não leva nenhum objeto de metal justamente para não ser impedido de entrar. "Tiro até o relógio."
O auxiliar contábil Luis Chiaradia, de 54 anos, também aprovou a retirada do equipamento. "Ficou melhor, não tem mais que parar na porta para entrar."
Procurada pelo G1, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que a segurança dos seus funcionários e clientes é uma preocupação central das instituições. A federação citou que o investimento anual em segurança dos bancos, de cerca de R$ 9,4 bilhões, é mais de três vezes superior ao valor do início da década.
"Esses investimentos crescentes, aliados a uma série de medidas preventivas, produziram uma redução expressiva dos assaltos nesta década. De 2000 para 2010 houve uma queda de 82%, de 1903 ocorrências para 337", disse, por meio de nota.
Quanto à decisão dos bancos, de tirar ou manter as portas, a Febraban afirmou que, "dentro do que é exigido pela legislação, cada instituição financeira determina os padrões de segurança para suas agências de acordo com sua estratégia de negócio".
Outros bancos
A reportagem procurou também outros bancos para saber se pretendem retirar as portas giratórias das agências. O Bradesco afirmou, em nota, que "não tem como política a retirada das portas giratórias de sua rede de agências" e disse que segue um plano de segurança próprio aprovado pela Polícia Federal.
O HSBC disse que não tem planos de retirar as portas de segurança de suas agências bancárias.
O G1 aguarda posicionamento do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Santander.
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