PIB da Itália recua 0,7% no 2º trimestre de 2012 (Postado por Lucas Pinheiro)
A economia italiana é considerada a terceira maior da zona do euro, depois da Alemanha e da França, e a quarta maior da Europa - incluindo o Reino Unido. Atingida pela crise da dívida e por uma série de planos de austeridade destinados a tranquilizar os mercados, a Itália registra a quarta queda na comparação trimestral e a terceira, na comparação anual.
Neste trimestre, foram registrados recuos em todos os setores da economia: agricultura, indústria e serviços, de acordo com o Istat.
Em meados de julho, o governo da Itália disse que revisaria sua estimativa para a economia neste ano, para uma contração de um pouco menos de 2%, quando reavaliar suas metas econômicas em setembro, segundo o novo ministro da Economia, Vittorio Grilli.
Anteriormente o governo havia estimado que economia iria encolher 1,2% neste ano. A nova estimativa fica próxima da do Banco da Itália (banco central) de contração de 2,0%, mas é mais otimista que a previsão do lobby industrial Confindustria, de uma contração de mais de 2,4%.
Grilli afirmou que o governo italiano está tendo dificuldades com a questão de como reduzir sua dívida.
Segundo ele, "o caminho mais factível" para a redução da dívida, equivalente a 123% do PIB, é um plano de vários anos de venda de ativos estatais de forma gradual, garantindo 15 a 20 bilhões de euros por ano.
Desemprego e voto de confiança
Em junho, a taxa de desemprego bateu recorde na Itália, atingindo 10,8%, contra 10,6% em maio, apesar de ter mostrado pequena queda entre os mais jovens, segundo os dados preliminares divulgados pelo Istat.
O nível de 10,8% é o mais elevado desde o início da série estatística mensal, iniciada em 2004. O desemprego na Itália superou o nível simbólico de 10% pelo quarto mês consecutivo.
No último dia 31, o governo do premiê Mario Monti ganhou um voto de confiança do Senado para acelerar a aprovação de mais de 4 bilhões de euros em cortes de gastos este ano.
O governo, que pediu o voto para acelerar a aprovação das medidas no Senado, ganhou o voto por 217 a 40. O projeto de lei agora vai para a Câmara dos Deputados para a aprovação final, esperada para o final desta semana ou na próxima.
Os cortes, que têm o objetivo de garantir aos mercados financeiros que a Itália pode administrar sua grande dívida, somam-se a cortes de gastos no valor de 10,5 bilhões de euros anunciados em dezembro.
As novas medidas atrasarão um aumento de 2% no imposto sobre vendas proposto no pacote de austeridade anterior, que irá de outubro deste ano para julho de 2013. O imposto sobre vendas está atualmente em 10% e 21%.
Medidas para poupar dinheiro incluem reduções em gastos no sistema de saúde e uma diminuição gradual do números dos empregados no setor público.
A medida irá diminuir pela metade os gastos da administração pública com automóveis, centralizar as compras estatais de bens e serviços, e encolher a receita de empresas estatais pequenas.
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