Em algumas cidades brasileiras, durante pronunciamento de Dilma em cadeia nacional de rádio e TV, pessoas se manifestaram com gritos, vaias, batendo em panelas e soando buzinas.
A presidente fez discurso por ocasião do Dia da Mulher. Em sua fala, ela admitiu dificuldades econômicas no país e pediu paciência aos brasileiros.
As manifestações foram ouvidas em cidades como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Goiânia.
Para Mercadante, o protesto é um "direito do cidadão". Ele defendeu que haja uma cultura de tolerância no país.
Reconhecemos plenamente o direito de manifestação, mas preocupa que acho que foi uma eleição bastante polarizada, que teve momentos de radicalização, e nós precisamos construir uma cultura de tolerância, diálogo, respeito."
Aloizio Mercadante, ministro da Casa-Civil
"O protesto é um direito do cidadão. Discordar do governo, expressar opiniões. Reconhecemos plenamente o direito de manifestação, mas preocupa que acho que foi uma eleição bastante polarizada, que teve momentos de radicalização, e nós precisamos construir uma cultura de tolerância, diálogo, respeito. É isso que ajuda a construir uma agenda de convergência", disse o ministro.
Para ele, os protestos foram realizados em cidades e bairros onde Dilma foi derrotada na eleição. O ministro ainda disse que a eleição não tem três turnos e que é preciso reconhecer o resultado das urnas.
"A primeira regra do sistema democrático é reconhecer o resultado das urnas. No Brasil, só tem dois turnos, não tem três turnos. Na eleição, acaba quando alguém vence e nós vencemos", afirmou o ministro.
"Meus filhos e minhas netas, espero que eles só venham a conhecer golpe e retrocesso pelos livros de história, que eles possam viver a democracia", disse Mercadante.
Ajuste fiscal
Logo após falar dos protestos, Mercadante começou a defender as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo. Ele comparou as propostas a ir ao dentista. “Ninguém quer ir, mas tem que ir.” O ministro-chefe da Casa Civil ressaltou ter tido encontos com parlamentares de partidos da base, como o PMDB e o PSD, para apresentar detalhes das medidas.
Na última semana, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu duas medidas provisórias do governo que continham medidas para o ajuste fiscal. Para o lugar da MP, o Palácio do Planalto enviou um projeto de lei, que demora mais tempo para ser aprovado pelos parlamentares.
Sobre o governo federal ter um "plano B" para aprovar as propostas no Congresso Nacional, Mercadante afirmou que "80% do ajuste" é de responsabilidade do próprio governo.
"Plano B? 80% do ajuste é do governo, está sendo feito. Temos tido um diálogo muito construtivo com o Congresso e, do nosso ponto de vista, conseguiremos viabilizar a aprovação das medidas", assegurou. "O Congresso nunca faltou ao país e acho que não faltará neste momento. O Cogresso sabe a importância do ajuste fiscal", disse.
Conforme o ministro, o governo tem buscado o diálogo com as bancadas e, em sua avaliação, os argumentos do Executivo têm sido “muito bem recebidos” por deputados e senadores.
'Parceria'
Aloizio Mercadante disse ser próprio do parlamento querer negociar alguns pontos, mas acredita que haverá “parceria” entre o Planalto e o Congresso.
"Nós fomos muito exitosos no combate à crise desde 2009, tanto que o Brasil cresceu nesse período em torno de 17%. EUA, menos de 8%; Europa, -1%; e o Brasil foi uma economia exitosa. No entanto, esgotamos instrumentos que utilizamos [...] Ajuste fiscal é agradável? Não. É que nem ir no dentista: ninguém quer, mas tem que ir. Quanto mais rápido, melhor para o país", disse Mercadante.
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