BC COMPRA US$ 4 BI EM DIA DE ENXURRADA DE DÓLARES
Às 11h, quando a moeda estava cotada a R$ 2,008, vendeu 63,05 mil contratos de swaps reversos, o equivalente a compras de US$ 3,152 bilhões no mercado futuro de dólar.
Foi o maior leilão desta modalidade já feito pelo BC, elevando o estoque de swaps reversos em poder dos bancos a US$ 19,56 bilhões. E às 15h30 adquiriu no mercado à vista US$ 850 milhões.
As compras totais de US$ 4 bilhões surtiram efeito: o dólar fechou cotado a R$ 2,0280, em alta de 0,19%.
Para os analistas, a megaoperação desfechada no mercado futuro teve como objetivo evitar a alta da taxa do cupom cambial e inibir as arbitragens financeiras que buscam a rentabilidade real paga pela Selic, a maior do mundo.
Grandes bancos estão ampliando suas captações externas para aplicação em cupom cambial. Essas captações são registradas como posições "vendidas" no BC. Elas cresceram de US$ 6,466 bilhões no final de março para US$ 7,516 bilhões em abril.
A compra de dólar futuro também dissuade a ampliação das posições "vendidas" por parte dos investidores estrangeiros. Na quarta-feira, última posição conhecida, houve um aumento expressivo, de R$ 3,6 bilhões, nas posições de estrangeiros nos contratos de cupom cambial e de dólar futuro na BM&F. O capital externo está "vendido" em dólar no montante de US$ 13,78 bilhões.
Consultado sobre por que interveio mais intensamente, o Banco Central disse que não comentaria o assunto, esclarecendo que nada mudou nas suas diretrizes de atuação.
A enxurrada de dólares tem como desencadeador o otimismo com a economia americana.
O ingresso não visa apenas aproveitar o juro real brasileiro.
Parte dos investimentos vai para o mercado de ações.
A Bovespa rompeu ontem a barreira dos 50 mil pontos.
Fechou em alta de 1,51%, a 50.218 pontos, o maior patamar da história. Os juros caíram generalizadamente no mercado futuro da BM&F.
(VALOR ECONÔMICO – SINOPSE RADIOBRÁS)
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