Tailândia News (Blog N. 572 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta-Voz

Este blog procura enfatizar acontecimentos que comprovam o funcionamento sistêmico da economia mundial, na qual, através de um sistema de "vasos comunicantes", fatos localizados, mas de grande amplitude, afetam o sistema econômico planetário, como um todo e, vice-versa.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Reino Unido volta a entrar em recessão (Postado por Lucas Pinheiro)

O Reino Unido entrou tecnicamente em recessão após o segundo trimestre consecutivo de contração, com uma queda de 0,2%, contra todas as previsões, nos primeiros três meses de 2012, anunciou nesta quarta-feira (25) o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês).

O Produto Interno Bruto (PIB) britânico já havia registrado contração de 0,3% no último trimestre de 2011, mas os analistas acreditavam que o país evitaria uma nova recessão - definida tecnicamente como dois trimestres consecutivos de contração - com um leve crescimento de 0,1% no primeiro trimestre.

A contração foi provocada pelo pior resultado em três anos do setor da construção (-3%), enquanto o setor manufatureiro também registrou um recuo.

O Reino Unido sofreu uma profunda recessão durante cinco trimestres entre abril de 2008 e junho de 2009. A atual recessão não deve ser tão severa com a anterior, mas as autoridades não são muito otimistas a respeito do futuro imediato.

'Double dip'
O retorno à recessão no país representa o que o mercado denomina de "double dip" (duplo mergulho, na tradução livre), que é uma nova recessão após leve alta em um curto período, ou seja, um retorno à queda sem o país ter registrado uma definitiva recuperação. É a primeira vez que a economia do país passa por uma "double dip" desde a década de 1970, de acordo com a imprensa local.

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mervin King, advertiu no mês passado sobre o impacto negativo que a economia do país poderia ter com o longo fim de semana de celebração do Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II, no início de junho.

O governo britânico prevê oficialmente um crescimento de 0,8% para 2012. A previsão é a mesma do Fundo Monetário Internacional (FMI).

(*) Com informações das agências de notícias Efe e France Presse

terça-feira, 24 de abril de 2012

Arrecadação federal bate recorde em março e no primeiro trimestre (Postado por Lucas Pinheiro)

A arrecadação federal – que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os "royalties" do petróleo – somou R$ 82,36 bilhões em março deste ano, o que representa novo recorde histórico para o terceiro mês de um ano, informou nesta terça-feira (24) a Secretaria da Receita Federal.

Sobre o mesmo mês de 2011, foi contabilizado um aumento real (após o abatimento da inflação) de 10,26%. A série histórica da Receita Federal começa em 1985. Em valores corrigidos pela inflação (IPCA), a série histórica tem início em 2003.

Segundo o Fisco, a arrecadação do mês passado foi impulsionada, entre outros fatores, pelo Simples Nacional, visto que, por ajustes no sistema de cobrança, ingressaram nos cofres do governo a arrecadação de fevereiro e março no último mês.

Primeiro trimestre
Já no primeiro trimestre deste ano, ainda segundo dados do Fisco, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 256,8 bilhões, com alta de 7,32% sobre igual período de 2011. Em termos nominais, ou seja, com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União, a arrecadação cresceu R$ 30,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Para todo este ano, de acordo com a secretária-adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, a expectativa do Fisco, para este ano, é de um crescimento real da arrecadação entre 4% e 5%.

Fatores para o crescimento
Segundo a Receita Federal, alguns fatores explicam o crescimento da arrecadação em janeiro deste ano. Entre eles estão, em janeiro, fevereiro e março, o recolhimento do ajuste relativo ao ano de 2011, principalmente do setor financeiro.

Também houve a antecipação, em janeiro deste ano, do ajuste anual do IRPJ/CSLL referente ao lucro obtido pelas empresas em 2011 - o que gerou um reforço de R$ 4 bilhões para a arrecadação sobre janeiro do ano passado, além do pagamento de débitos em atraso e do crescimento de 16,05% da massa salarial.

Outro fator que influenciou a arredação, no primeiro trimestre deste ano, foi o pagamento, em janeiro, dos "royalties" relativos à extração de petróleo, que registrou crescimento de 37% (R$ 1,42 bilhão) sobre janeiro de 2011.

Tributos
A Receita Federal informou que o Imposto de Renda arrecadou R$ 71,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com crescimento real de 7,56% sobre o mesmo mês de 2011.

No caso do IRPJ, a arrecadação somou R$ 36,4 bilhões, com alta real de 14,14%. No caso do IR das pessoas físicas, o valor arrecadado totalizou R$ 3 bilhões no trimestre, com crescimento real de 9,65%. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) somou R$ 32,34 bilhões nos três primeiros meses deste ano, com aumento real de 2,09%.

Sobre o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), os números do Fisco mostram que o valor arrecadado somou R$ 11,71 bilhões no primeiro trimestre, com crescimento real de 0,97%. No caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), houve um aumento real de 14,76%, para R$ 7,98 bilhões nos dois primeiros meses de 2012.

A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, arrecadou R$ 40,1 bilhões no primeiro trimestre de 2012, com elevação real de 0,30%, enquanto a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou arrecadação de R$ 19,06 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com crescimento real de 14,03% sobre igual período de 2011.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dólar muda de direção e volta a subir nesta sexta-feira (Postado por Lucas Pinheiro)

Depois de cinco altas seguidas, o dólar comercial abriu o pregão desta sexta-feira (20) em queda, mas em pouco tempo, retomou a trajetória de alta, com o mercado atento à expectativa de novas intervenções do Banco Central no mercado de câmbio.

Às 10h11, a moeda norte-americana tinha alta de 0,21%, cotada a R$ 1,8855 para venda.

Na quinta-feira, o dólar subiu 0,10% e fechou vendida a R$ 1,8815, num dia sem atuação do BC, após cinco dias de forte intervenção da autoridade monetária.

Esta foi a maior cotação de fechamento desde o dia 25 de novembro de 2011, quando o dólar terminou vendido a R$ 1,886.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, contestou a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Cristine Lagarde, sobre a taxa de câmbio dos países emergentes, afirmando que o Brasil continuará intervindo para reduzir o valor de sua moeda.

A declaração foi feita em Washington, nos Estados Unidos, onde o ministro está para participar das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial. Mantega destacou que a indústria brasileira tem perdido competitividade por causa do valor do real, supostamente pela falta de ação das autoridades financeiras dos outros países.

A declaração de Mantega foi uma resposta à afirmação de Lagarde, que mais cedo na quinta-feira havia dito que os países emergentes precisam fazer ajustes ou aceitar uma taxa de câmbio mais alta.

"A Europa não é o único lugar onde é preciso agir. Os mercados emergentes também devem tratar de seus problemas", disse a diretora-gerente do FMI.

"Outros mercados emergentes precisam ficar atentos aos fluxos de capitais e administrá-los com as ferramentas de prudêcia macroeconômica necessárias, ajustando suas moedas da forma apropriada e aceitando a evolução (das mesmas)."

(Com informações da BBC e da Reuters)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Itaú-Unibanco anuncia redução nas taxas de juros (Postado por Lucas Pinheiro)

O Itaú-Unibanco anunciou, nesta quarta-feira (18), a redução das taxas de juros cobradas nas operações de crédito para pessoas físicas e micro e pequenas empresas. O banco segue as decisões do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, HSBC, Santander e Bradesco, que também reduziram os juros nas últimas semanas - no caso do Bradesco, o anúncio também foi feito nesta manhã.

As instituições fazem as reduções após a presidente Dilma Rousseff defender a redução do "spread" dos bancos (a diferença entre o que o banco "paga" para captar dinheiro e o que ele "recebe" pelos empréstimos). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também cobrou aumento do crédito e redução das taxas de juros cobradas pelos bancos privados do país.

De acordo com o Itaú, o volume de crédito disponível para clientes pessoa física, micro e pequenas empresas ultrapassa os R$ 200 bilhões.

Segundo a instituição, clientes com conta corrente terão o benefício de redução de taxas para financiamento de veículos e no crédito consignado para beneficiários do INSS. A mudança vale só para as novas operações contratadas nas agências.

As novas taxas no banco passam a valer a partir de segunda-feira, dia 23 de abril.

No caso do financiamento de veículos, a taxa mínima sofrerá redução de 8%. A nova taxa mínima será de 0,99% ao mês e será válida para clientes correntistas há mais de um ano, em operações com 50% de entrada e parcelamento em até 24 meses.

Nos empréstimos consignados para beneficiários do INSS, a taxa mínima foi reduzida para 0,89%, e a máxima, para 2,20% ao mês.

O banco não divulga as taxas aplicadas atualmente.

Conta-salário
A institução finceira anunciou, ainda, um pacote (chamado de Maxiconta portabilidade salário) para clientes que recebem o salário em conta corrente do banco. O pacote estará disponível em todas as agências Itaú no país a partir de 2 de maio.

Ao aderir ao pacote, o cliente terá acesso a taxas de juros reduzidas, maior número de transações bancárias incluídas, além de passar a receber mensagens de texto SMS que o ajudarão a controlar melhor as movimentações financeiras.

Ainda de acordo com o banco, as taxas mais baixas do pacote serão estendidas aos novos clientes que transferirem o recebimento do salário ao Itaú.

Nesse caso, os juros terão redução de até 47%, caso da taxa mínima do cheque especial (LIS), que será reduzida para 1,95% ao mês. No cartão de crédito, o rotativo passará a ter taxas mínimas a partir de 3,85% ao mês, diz o banco.

Para clientes que aderirem ao pacote e usarem mais de 50% do limite do cheque especial ou do rotativo do cartão de crédito por três meses consecutivos, o banco diz que oferecerá parcelamento do saldo com taxa a partir de 4% ao mês, em até 24 meses. “Com essa medida, o Itaú reforça seu posicionamento de orientação financeira e uso consciente do crédito”, diz a instituição.

O banco diz, ainda, que clientes Itaú Uniclass que aderirem ao pacote terão até dez dias sem juros no cheque especial (LIS).

Micro e pequenas empresas
Para todas as micro e pequenas empresas clientes do Itaú, o banco anuciou reduções nas taxas mínimas de diversas linhas de crédito.

No cheque especial (LIS), os juros cairão 66% e passam a ser de a partir de 1,95% ao mês.

No capital de giro, os juros serão a partir de 1,14% ao mês, em desconto de duplicatas e cheques, a partir de 1,29% ao mês.

Na antecipação de recebíveis de cartões, a taxa mínima passa a ser de 1,05% ao mês. Hoje, o volume de crédito disponível para este segmento é superior a R$ 70 bilhões, diz o Itaú.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Criação de emprego formal recua 24,1% no 1º trimestre, para 442,6 mil (Postado por Lucas Pinheiro)

Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta segunda-feira (16) pelo Ministério do Trabalho mostram que foram criados 442.608 empregos com carteira assinada nos três primeiros meses de 2012. Isso representa uma queda de 24,1% frente ao mesmo período do ano passado (+583.886 vagas formais).

Também se trata do pior desempenho para os três primeiros meses de um ano desde 2009, quando foram fechados 57.751 empregos com carteira assinada. Naquele momento, o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira, inaugurada em setembro de 2008 com a concordata do banco norte-americano Lehman Brothers. A série histórica do Caged tem início em 1992. O recorde histórico para o emprego formal em um primeiro trimestre foi registrado em 2010 – quando foram abertas 657.259 vagas.

O recuo na criação de empregos formais no primeiro trimestre deste ano acontece, novamente, em um momento de desaceleração da economia mundial e, também, doméstica. Dados do Banco Central indicam que o nível de atividade recuou, em fevereiro, pelo segundo mês consecutivo. Também foi a maior queda desde outubro do ano passado. Para tentar acelerar a economia, o governo já anunciou um pacote para estimular a competitividade das empresas.

Mês de março
Somente em março, os números do Ministério do Trabalho mostram que foram criados 111.746 postos formais de trabalho, o que representa uma alta de 20,57% frente ao mesmo período de 2011 (+92.675 vagas formais).

"Tal resultado mantém a tendência de expansão do emprego, assinalando, pela primeira vez, a partir de julho de 2011, uma elevação superior ao mesmo período do ano anterior. O resultado de março derivou da declaração de 1.881.127 admissões e 1.769.381 desligamentos, ambos os maiores para o período", informou o Ministério do Trabalho.

Setores da economia
Apesar da melhora frente a março do ano passado, os dados mostram que houve demissões em dois setores: a indústria de transformação, que fechou 5.048 postos de trabalho no mês passado, e a agricultura, que demitiu 17.084 trabalhadores formais. O setor de serviços, porém, contratou 83.182 postos (o terceiro maior saldo para um mês), a construção civil criou 35.935 vagas em março e a indústria extrativa mineral abriu 1.604 postos formais.

"A queda do emprego na Indústria de Transformação (-5.048 postos ou -0,06%) pode ser atribuída, em grande parte, ao desempenho negativo da Indústria de Produtos Alimentícios (-25.211 postos ou -1,34%), devido à redução, nesse ramo, de 33.704 postos de trabalho no Nordeste, particularmente relacionados às atividades de Fabricação de Açúcar", informou o Ministério do Trabalho.

Regiões do país
Segundo os dados oficiais, quase todas as grandes regiões tiveram expansão no nível de emprego. A exceção ficou por conta da região Nordeste que, por "motivos sazonais ligados às atividades sucroalcooleiras", de acordo com o Ministério do Trabalho, apresentou uma queda de 32.830 postos.

Por outro lado, acrescentou o governo, a região Sudeste abriu 86.083 postos, a região Sul registrou a contratação de 41.477 postos, a região Centro-Oeste abriu 16.764 postos formais de emprego, enquanto que a região Norte teve a abertura de 252 postos de trabalho com carteira assinada.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Um em cada quatro americanos guarda dinheiro no freezer, diz estudo (Postado por Lucas Pinheiro)

Uma pesquisa americana mostra que uma em cada quatro pessoas no país, ou 27%, considera o freezer como o melhor lugar da casa para guardar dinheiro. O tradicional colchão aparece em quarto lugar, indicado como o melhor esconderijo por 11%. Os americanos acham uma ideia melhor esconder o dinheiro nas meias (19%) ou indicam que não há bons lugares para deixar o dinheiro em casa (17%), segundo o estudo.

Em quinto lugar, os potes de biscoito foram considerados por 10% dos entrevistados como o melhor lugar para deixar o dinheiro.

Idade
Congelar o dinheiro foi uma escolha ainda mais popular entre os americanos com entre 30 e 44 anos. Nessa faixa de idade, 33% disseram que o eletrodoméstico era o melhor lugar para o dinheiro. As meias tiveram a maior popularidade entre o público um pouco mais velho. Entre quem tem de 45 a 59 anos, 26% optam por elas.

Os americanos com mais de 45 anos - 21% - são mais de duas vezes mais propensos do que os mais jovens - 10% - a dizer que não há bom lugar em casa para esconder dinheiro, segundo a pesquisa.

A pesquisa foi feita com 1.080 adultos que responderam as perguntas por telefone, entre 20 e 22 de março. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou menos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Caixa reduz juros do crédito para famílias e pequenas empresas (Postado por Lucas Pinheiro)

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (9) um corte nas taxas de juros para o crédito de famílias e financiamento para micro e pequenas empresas.

A redução de juros anual do cheque especial chega a 67%. Para correntistas com crédito salário, os juros do cheque especial passarão de 8,18% ao mês para 3,50% ao mês. Os outros clientes contarão com taxa máxima de 4,27% ao mês, porém os juros podem chegar a 1,35% ao mês, dependendo do relacionamento do cliente com o banco.

Cartão de crédito e crédito pessoal
Quanto às taxas anualizadas relativas a cartão de crédito, a redução foi de 40% no rotativo para todos os clientes que tenham cartões Nacional, Internacional e Golden. segundo a Caixa.

Além dessas medidas, o banco também anunciou o lançamento de um novo cartão de crédito, chamado "cartão Azul", com juros mais baixos. Para os correntistas que recebem salário na Caixa, a taxa será de 2,85% ao mês. Para quem contratar esse cartão, que é nacional, as taxas, de acordo com a Caixa, cairão dos atuais 12,86% ao mês para 2,85% – uma redução de 87% na taxa anual.

O corte também ocorreu no crédito pessoal direto na conta corrente. A taxa passou de 5,40% ao mês para 3,88% ao mês. Para clientes com conta salário, os juros foram reduzidos de 4,65% ao mês para 2,39% ao mês.

Consignado e veículos
No crédito consignado, também houve redução. A taxa passou de 2,82% ao mês para 1,95% ao mês. Para os aposentados que recebem pela Caixa, a taxa passou de 2,14% ao mês para 1,80% ao mês, podendo chegar a 0,84% ao mês.

A redução dos juros também atinge o financiamento de veículos. A taxa mínima foi reduzida de 0,98% ao mês, podendo chegar a 2,25% ao mês, de acordo com o carro, o cliente e o prazo, entre outros fatores.

Não houve corte nas taxas relativas a crédito imobiliário, já que, segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, as praticadas hoje têm margens "muito pequenas". Ele disse, no entanto, há um estudo sendo feito. "No Fundo de Garantia, por exemplo, não é a Caixa que dá o spread, embora esteja-se estudando taxas menores para as faixas 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida. Está sendo feito estudo para ver se isso é possível. Está sendo feito um estudo com muito cuidado porque lá as margens são pequenas".

Para empresas
O programa de corte das taxas de juros também atende as linhas de capital de giro para empresas. A taxa passará de 2,72% ao mês para 0,94% ao mês.

“Não tem nada que esteja sendo feito que não tenha sido precificado com cuidado. Na nossa relação com nosso controlador, o Ministério da Fazenda, temos uma meta de lucro para esse ano, que não pode ser menor que o do ano passado, o maior lucro da Caixa no ano passado. Está tudo planejado para isso. Não estamos fazendo ação para a Caixa ter lucro ou prejuízo. Fizemos as contas da maneira mais conservadora possível”, afirmou Hereda.

O banco já havia informado, na última quinta-feira (5), que reduziria suas taxas de juros.

Contra o spread
A Caixa segue a ação do BB, que anunciou, também na semana passada, um pacote de redução de juros das principais linhas de crédito para pessoas físicas e micro e pequenas empresas. Com o programa batizado de "Bom para Todos", o banco estatal pretende elevar em R$ 26,8 bilhões os limites de crédito para micro e pequenas empresas e em R$ 16,3 bilhões os limites para pessoas físicas.

As reduções de juros dos bancos ocorrem após o governo anunciar um pacote de R$ 60 bilhões para estimular a produção da indústria brasileira, na terça-feira (3).

O Governo Federal vem pressionando os bancos para reduzirem o "spread" – a diferença entre o que o banco "paga" para captar recursos e quanto ele cobra para emprestar – e, assim, reduzir as taxas de juros cobradas no país. Com a redução dos juros dos bancos estatais o governo estaria buscando acirrar a concorrência e, assim, forçar os bancos privados a também baixarem as taxas cobradas.

Segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, no entanto, a redução das taxas de juros anunciada nesta segunda não foi uma "decisão política". "Nossa decisão tem amparo em precificações, análise de carteira, de nível de risco, das taxas de inadimplência. Não foi uma decisão política", disse ele.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Produção industrial cresce 1,3% em fevereiro, mostra IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

A produção da indústria brasileira apresentou crescimento de 1,3% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, que havia registrado queda de 1,5%, segundo aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em pesquisa divulgada nesta terça-feira (3). Esse é o resultado mais elevado desde fevereiro de 2011, quando o aumento fora de 2,2%.

Em relação ao mesmo período do ano passado, a atividade fabril mostrou recuo de 3,9%. Em 12 meses, o indicador acumula perda de 1% e, no ano, de 3,4%.

Nesta manhã, a presidente Dilma Rousseff anunciará novas medidas do Plano Brasil Maior - programa de estímulo à competitividade da indústria brasileira por meio de desonerações de tributos e políticas cambiais.

O aumento da produção industrial foi verificado em 18 dos 27 setores pesquisados, com destaque para veículos automotores e indústrias extrativas, que recuperaram as perdas registradas no mês anterior. Outras influências positivas partiram de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (23,8%), farmacêutica (7,0%), outros produtos químicos (3,1%), bebidas (6,0%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (9,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (2,5%).

Na contramão, execeram as principais pressões negativas sobre a média global da indústria os setores de máquinas e equipamentos (-4,8%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-6,3%), alimentos (-1,1%) e fumo (-13,3%).

Em relação a 2011
Na comparação com o mesmo período do ano passado, 16 das 27 atividades pesquisadas seguiram o mesmo comportamento, com maior destaque para o setor de veículos automotores, que recuou 28,3%, "pressionado em grande parte pela queda na produção de aproximadamente 90% dos produtos investigados no setor".

Outras contribuições negativas partiram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,8%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-17,6%), máquinas e equipamentos (-4,7%), produtos de metal (-8,7%), borracha e plástico (-8,6%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-17,2%).