Tailândia News (Blog N. 572 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta-Voz

Este blog procura enfatizar acontecimentos que comprovam o funcionamento sistêmico da economia mundial, na qual, através de um sistema de "vasos comunicantes", fatos localizados, mas de grande amplitude, afetam o sistema econômico planetário, como um todo e, vice-versa.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Produção industrial fecha 2011 com crescimento de 0,3%, diz IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

A produção industrial no país avançou 0,9% em dezembro, em relação a novembro, e fechou 2011 com leve alta de 0,3%, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Em 2010, o crescimento havia sido de 10,5% - em dezembro do mesmo ano, o total da indústria recuou 1,2%.

"Ao longo de 2011, o setor industrial apresentou clara perda de ritmo a partir de abril", disse o instituto, por meio de nota. Segundo a pesquisa, essa desaceleração do crescimento em 2011 é justificada, em grande parte, pelo crescimento de 1,7% registrado no primeiro semestre do ano, seguido pelo recuo de 1,0% no semestre seguinte.

Em dezembro, na comparação com o mês anterior, 16 das 27 atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram taxas positivas, com destaque partindo de veículos automotores (5,2%), seguido por alimentos (3,9%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (16,8%), entre outros.

Entre os que pouco contribuíram para o avanço da atividade industrial em dezembro estão os ramos de edição e impressão (-4,0%), vestuário e acessórios (-9,4%) e produtos de metal (-2,0%).

Em 2011
Entre os 27 setores pesquisados no acumulado em 2011, 15 tiveram aumento no indicador de produção. Entre os setores, os impactos positivos mais significativos partiram de veículos automotores (2,4%) e de outros equipamentos de transporte (8,0%), seguidos por indústrias extrativas (2,1%), entre outros.Quando se trata de produtos, os maiores destaques vieram de caminhões, caminhão-trator, veículos para transporte de mercadorias e chassis com motor para ônibus e caminhões; aviões e motocicletas; minérios de ferro.

Por outro lado, entre os outros ramos que tiveram queda, os maiores recuos partiram da indústria têxtil (-14,9%), outros produtos químicos (-2,1%), calçados e artigos de couro (-10,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,7%).

sábado, 28 de janeiro de 2012

Companhia aérea espanhola Spanair encerra operações, diz ministério (Postado por Lucas Pinheiro)

A companhia aérea espanhola Spanair encerrou suas atividades nesta sexta-feira (27), segundo informações do Ministério de Fomento da Espanha. A Spanair teria chegado a essa situação após o fim das negociações com a Qatar Airways, que estava interessada em adquirir 49% do capital da companhia aérea espanhola, e após o governo de Barcelona anunciar o fim da ajuda pública à companhia.

O Ministério de Fomento da Espanha divulgou comunicado em que diz que  “a Spanair, depois de tornar público o fim de suas operações”, deve "cumprir com suas obrigações junto aos passageiros".

Na página do governo de Barcelona, acionista da empresa, também há uma nota dizendo que, desde o ano passado, foram feitos esforços para encontrar um sócio que garantisse a viabilidade da Spanair.

“Em uma crise econômica como o atual, o governo deve ser extremamente cuidadoso com suas prioridades de gastos”, destaca o governo catalão.

No Brasil
Em maio de 2011, a TAM passou a oferecer passagens em voos da Spanair nas rotas entre Madri e as cidades de Barcelona, Bilbao, Málaga, Tenerife e Santiago de Compostela, por meio de um acordo de codeshare.

Procurada pelo G1, a TAM informou que está trabalhando com as demais empresas membro da Star Alliance "a fim de garantir que os clientes afetados possam ser atendidos da melhor forma possível dadas as circunstâncias".

Comunicado aos passageiros
No comunicado que informa o fim das suas operações e o cancelamento de todos os voos, a companhia aérea espanhola Spanair dá orientações aos passageiros que tenham comprado bilhete da empresa.

A nota completa está disponível no site da empresa, que também colocou à disposição dos clientes um telefone de contato. Para ligar do Brasil, o número é (34) 971 916 047.

A companhia encerra o comunicado dizendo que a “Spanair pede desculpas públicas a todas aquelas pessoas que se sentiram afetadas”.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Fitch rebaixa nota de cinco países europeus, incluindo Espanha e Itália (Postado por Lucas Pinheiro)

A agência de classificação de risco Fitch reduziu, nesta sexta-feira (27), as notas de crédito de cinco países europeus. Tiveram seus ratings rebaixados os papeis da Espanha, Itália, Bélgica, Chipre e Eslovênia.

Nenhum dos países rebaixados tinha nota "AAA", a mais elevada do raking da agência. A nota da Bélgica foi reduzida de "AA+" para "AA"; Chipre, de "BBB" para "BBB-"; Itália, de "A+" para "A-"; Eslovênia, de "AA-" para "A"; e Espanha, de "AA-" para "A". A Fitch também informou que a nota da Irlanda foi mantida em "BBB+".

A dívida soberana dos seis países havia sido colocada sob "observação negativa" em dezembro. Os papeis agora têm perspectiva negativa, o que significa que há uma chance "pouco maior que 50%" de que sofram novo rebaixamento nos próximos dois anos, segundo a Fitch.

Standard & Poor's
Há duas semanas, a Standard & Poor's já havia rebaixado as notas de nove países do continente. Entre eles estão França e Áustria, que tiveram suas notas rebaixadas de "AAA" para "AA+". Esses países detinham, até então, as notas mais altas na escala da agência, o que significa que suas dívidas representavam praticamente nenhum risco aos tomadores.

Também foram reduzidos pela agência os ratings de Chipre, Itália, Portugal e Espanha, em dois degraus. Malta, Eslováquia e Eslovênia "perderam" uma posição. Chipre teve sua nota reduzida de BBB para BB+; Itália, de A para BB+; Portugal, de BBB- para BB; Espanha, de AA- para A; Malta, de A para A-; Eslováquia, de A+ para A; e Eslovênia, de AA- para A+.

Entenda o que significa
A avaliação de risco de investimento é um sistema de nota desenvolvido por agências de análise de riscos para alertar os investidores de todo o mundo sobre os perigos do mercado em que eles escolhem para aplicar seu dinheiro.

A partir da nota de risco recebida por determinado país, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros maiores) compensa o risco de perder o capital investido por causa da instabilidade do país em questão.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Crise traz de volta a prática de escambo na Europa (Postado por Lucas Pinheiro)

A crise econômica está levando ao renascimento da prática de escambo na Europa e em outros continentes.

Impulsionados pelas redes sociais, os chamados swap shops, mercados de troca onde os clientes não usam dinheiro para adquirir produtos de segunda mão, já funcionam oficialmente em 18 países. Só na Espanha as feiras de escambo passaram de algumas dezenas em 2007 para cerca de 600 em 2012.

Além disso, um grupo de jovens espanhóis também criou uma alternativa radical para contornar a crise: "lojas" em que todos os produtos são de graça.

Para os organizadores, a razão é a crise, mas também há um forte apelo ao consumo "responsável".

"Não se trata apenas de obter um produto sem ter que gastar, o mais importante é conscientizar as pessoas de que temos que reaprender a consumir", disse à BBC Brasil um porta-voz do Movimento Indignados-15M, que lidera os grupos de escambos organizados na Espanha.

"E aprender (também) a dar valor ao que é realmente útil e necessário para não cair na tentação de comprar de maneira compulsiva e irracional."

'Economia solidária'
Os escambos organizados em redes internacionais começaram em 2003 e aumentaram com a chegada da crise econômica em 2008, multiplicando-se a partir de 2010. Associações de estudantes, ativistas anticapitalistas e ONGs promoviam reuniões que acabaram se tornando um espaço de intercâmbio de produtos e serviços.

Atualmente, há mais de 8 mil grupos organizados espalhados pelo mundo em redes de trocas que colocam à disposição pública quase todos os tipos de artigos e serviços.

Na feira madrilenha La Charca, os organizadores pedem aos consumidores que levem uma manta ou esteira para colocar os artigos à mostra e comida para compartilhar. Vale trocar de truques caseiros até habilidades profissionais.

Ao contrário dos antigos escambos de peças em mau estado que atraíam colecionadores e clientes pobres, os novos mercados são frequentados por todo tipo de público.

"As pessoas estão vendo nesses escambos um conceito de economia solidária. Uma ideia de colaboração sem avaria", disse à BBC Brasil a socióloga Elena Rodríguez, professora da Universidade Complutense de Madri.

"Também uma forma de atenuar a depressão psicológica surgida com a crise, porque reintegra clientes que tinham deixado de consumir e provedores que tinham deixado de oferecer seus produtos. Humaniza o processo comercial", explicou.

Tudo de graça
Além das feiras de escambo, o Movimento Indignados, também organiza lojas que oferecem roupas e livros usados de graça. A única condição é que a peça escolhida seja utilizada.

Os artigos expostos são todos doados (devem estar em bom estado) e não há limites para o número de peças que um cliente queira levar.

Um dos primeiros mercados, o Tienda Grátis (Loja Grátis, em tradução livre), apareceu na cidade de Málaga, no sul do país, servindo de inspiração para uma franquia que já tem sete filiais na Espanha.

O procedimento é praticamente igual ao de uma loja convencional: escolher a roupa e experimentá-la numa cabine com espelho. Só que não é preciso pagar nem doar outra peça em troca da desejada.

Cartazes avisam: "Leve o que quiser, mas deixe o espaço arrumado. O que passou de moda para você tem novo futuro na loja grátis".

"Nós nos baseamos numa conscientização completamente nova dos hábitos de consumo", explica o diretor do centro cultural A Invisível, que abriga uma loja, Santiago Fernández.

"Todo mundo reclama da atitude feroz de mercados, tecnocratas, políticos. Também é nossa responsabilidade mudar essas atitudes. Aqui está nosso grão de areia, para mostrar que outro mundo é possível", disse.

Exemplo
Outras ONGs espanholas também oferecem objetos doados sem exigências. É o caso da "Não jogo fora.com", "Sem dinheiro.org" e "Segunda Mãozinha", essa última especializada em artigos para bebês.

O Brasil já possui um movimento de escambo, ainda que incipiente. Em São Paulo, a feira mensal Desapegue! faz intercâmbio de roupas e terá sua 21ª edição em 31 de janeiro.

O Desapegue! reúne cerca de 50 participantes que pagam entre R$ 25 e 30 pelo ingresso. Mas os organizadores dizem que é o único gasto. Depois da entrada, cada pessoa recebe em botões o equivalente às peças que cedeu. Os botões são trocados por outros artigos.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

BNDES aprova condições para apoiar concessão de aeroportos (Postado por Lucas Pinheiro)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)anunciou nesta quinta-feira (19) que a diretoria do banco aprovou as condições básicas para o apoio financeiro à concessão de serviços públicos de ampliação, manutenção e exploração dos aeroportos internacionais de Brasília, Campinas e Guarulhos, com leilão marcado para o dia 6 de fevereiro.

"O apoio do BNDES está limitado a 80% do investimento total e 90% dos itens financiáveis, de acordo com suas políticas operacionais, sendo 70% em TJLP e 20% em outras moedas, como Selic, IPCA e cesta de moedas, acrescidos de demais taxas", informou o BNDES, em comunicado. "A remuneração básica do BNDES será de 0,9% ao ano, acrescida da taxa de risco da operação, que pode variar de 0,46% ao ano a 3,57% ao ano".

Concessionárias terão que investir R$ 2,8 bi até a Copa
Segundo a Secretaria de Aviação Civil informou, as empresas vencedoras dos leilões dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília terão que investir, até a Copa de 2014, R$ 2,8 bilhões em obras nos três locais.

O aeroporto de Guarulhos receberá a maior parte deste investimento pré-Copa: R$ 1,38 bilhão. Entre as obras contempladas neste valor, está a construção do terceiro terminal de passageiros, com capacidade para pelo menos 7 milhões de passageiros por ano.

Em Campinas, de acordo com a SAC, serão investidos R$ 873 milhões e, em Brasília, R$ 626,5 milhões.

O valor de outorga (lance mínimo do leilão) do aeroporto de Guarulhos será de R$ 3,4 bilhões. Para Campinas, o valor de outorga definido pelo governo é de R$ 1,5 bilhão. Já para o aeroporto de Brasília, o lance mínimo será de R$ 582 milhões.

Os projetos têm prazos de concessão distintos, que são de 20 anos pra Guarulhos, 25 anos para Brasília e 30 anos para Viracopos.

Condições de apoio do BNDES
O BNDES informou ter realizado projeções financeiras para os três aeroportos, com base nos investimentos e custos apontados pelo estudo elaborado pela Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP) e coordenado pela Accenture, de forma a compatibilizar as condições de apoio do BNDES.

A participação do Banco poderá ocorrer por meio de apoio corporativo (diretamente para as empresas), ou sob a forma de Project Finance, por meio da criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE).

"O Banco exigirá a demonstração da capacidade técnica e econômico-financeira dos empreendedores para a execução do projeto. Entre as exigências para participação acionária por meio de Fundos de Investimentos (FIPs) está a identificação dos cotistas, do gestor e do administrador. O BNDES poderá compartilhar as garantias dos projetos com outros financiadores de longo prazo", destacou o comunicado.

Segundo o BNDES, o prazos dos eventuais financiamentos será de até 180 meses para os aeroportos de Guarulhos e de Brasília e de 240 meses para o de Campinas.

O banco informa que está prevista também a concessão de empréstimo-ponte, que terá como custo a remuneração básica do BNDES, de 0,9% ao ano, acrescido de TJLP mais 1% ao ano e de uma taxa de risco de crédito.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Déficit do INSS cai 22% e tem o menor valor desde 2002, diz governo (Postado por Lucas Pinheiro)

O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público de previdência que atende aos trabalhadores do setor privado no país, somou R$ 36,5 bilhões em todo ano passado, informou nesta quarta-feira (18) o Ministério da Previdência Social.

Com isso, registrou queda de 22,3% frente ao ano de 2010, quando totalizou R$ 47 bilhões. Os números foram corrigidos pelo INPC. O resultado negativo do ano passado também representa o menor valor, para um ano fechado, desde 2002 - quando foi registrado um resultado negativo de R$ 30 bilhões, segundo números do governo federal.

O recuo do déficit do INSS no ano passado está relacionado com a criação de empregos formais. Números do governo mostram que, entre janeiro e novembro do ano passado, 2,3 milhões de vagas com carteira assinada foram criadas. Para o ano de 2011 fechado, a estimativa do governo é de que sejam abertas cerca de 2 milhões de vagas formais, visto que o mês de dezembro, tradicionalmente, registra demissões.

Proporção com o PIB
Na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), o déficit do INSS somou 0,86% em 2011, segundo números do Ministério da Previdência Social. Trata-se do valor mais baixo desde o ano 2000, quando somou 0,85% do PIB. Frente ao ano de 2010, houve queda, visto que o resultado negativo da Previdência Social somou 1,1% naquele ano. Em 2009, o déficit do INSS totalizou 1,3% do PIB e, em 2008 e 2007, respectivamente, 1,2% e 1,7%.

Benefícios previdenciários e arrecadação líquida
O pagamento de benefícios previdenciários somou R$ 287 bilhões em 2011, o que representa um aumento de 3,6% frente ao ano anterior (R$ 277 bilhões). Ao mesmo tempo, a arrecadação líquida do INSS somou R$ 251 bilhões no ano passado, o que representa uma elevação de 8,9% frente ao mesmo período de 2010 - quando totalizou R$ 230 bilhões.

Resultado de dezembro
Somente em dezembro do ano passado, ainda segundo números divulgados pelo governo federal, o INSS registrou um superávit de R$ 4,88 bilhões, com aumento de 32,6% frente ao mesmo mês de 2010, quando foi apurado um resultado positivo de R$ 3,68 bilhões.

A explicação para o resultado positivo de dezembro é que, no mês passado, houve a arrecadação integral do décimo terceiro salário, ao mesmo tempo em que a primeira parcela do 13º dos aposentados já havia sido antecipada em agosto do último ano.

Em dezembro, a arrecadação líquida somou R$ 34,69 bilhões, com crescimento de 7,2% frente ao mesmo mês de 2010 (R$ 32,37 bilhões), enquanto o pagamento de benefícios totalizou R$ 29,81 bilhões, com alta de 3,9% sobre julho de 2010 (R$ 28,69 bilhões).

Estoque de benefícios e valor médio
Dados do Ministério da Previdência Social mostram que o estoque de benefícios emitidos em dezembro deste ano somou 29,05 milhões. Este número engloba os benefícios previdenciários, os assistenciais e os acidentários. Isso representa um crescimento de 3,2% sobre o estoque de benefícios emitidos em dezembro de 2010 (28,1 milhões).

Segundo o governo, o valor médio dos benefícios pagos pela Previdência Social entre janeiro e novembro deste ano somou R$ 847,85. A maior parte dos benefícios (68,2%) pagos em dezembro do ano passado, incluídos os assistenciais, tinha o valor de até um salário mínimo, um contingente de 19,8 milhões de benefícios.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bovespa fecha acima dos 60 mil pontos pela 1ª vez desde julho (Postado por Lucas Pinheiro)

Depois de um pregão que começou com quase uma hora e meia de atraso, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta terça-feira (17), acima dos 60 mil pontos -- o que não acontecia desde julho do ano passado.

O Ibovespa fechou com alta de 1,15%, aos 60.645 pontos. Este é o maior patamar de fechamento desde o dia 13 de julho, quando o indicador chegou aos 60.669 pontos.

O volume financeiro do pregão desta terça-feira foi de R$ 6,49 bilhões. Devido a problemas técnicos em um dos núcleos de negociação do sistema Mega Bolsa, a abertura da Bovespa ocorreu apenas às 12h25. O horário de encerramento, contudo, foi respeitado.

Nos dois primeiros dias desta semana, o principal indicador do mercado acionário brasileiro já subiu 2,53%.

Os investidores reagiram com otimismo a dados do exterior, principalmente pelo resultado do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que cresceu 8,9% no quarto trimestre de 2011.O Ibovespa foi impulsionado principalmente pelas ações da blue chip Vale, que tiveram a segunda maior alta do pregão.

(Com informações do Valor Online)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Produção industrial no país tem alta de 0,3% em novembro, indica IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

Após registrar taxas negativas nos três últimos meses, a produção industrial brasileira cresceu 0,3% em novembro, na comparação com o mês anterior, com ajuste sazonal, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a produção tem alta de 0,4% e, em 12 meses, de 0,6%.

Apesar de o resultado ter sido positivo, a queda acumulada nos três meses anteriores não foi recuperada, segundo o IBGE. Foi registrada quedas de 0,1% em agosto, 1,9% setembro e de 0,7% em outubro, segundo dado revisado.

Em relação ao mês de novembro de 2010, o indicador caiu 2,5%. De acordo com a pesquisa, essa é a menor marca desde outubro de 2009, quando a produção recuara 3,1%.

Na comparação mensal, 18 tipos de atividade apontaram crescimento na produção, com destaque para máquinas e equipamentos (4,0%), "recuperando parte da perda de 9,3% assinalada nos dois últimos meses" e veículos automotores (1,5%), edição e impressão (3,4%), produtos de metal (3,9%), farmacêutica (3,3%), outros produtos químicos (1,6%), vestuário (9,4%) e indústrias extrativas (1,7%).

Entre os 9 ramos de atividades em que houve queda na produção, têm os resultados mais expressivos: refino de petróleo e produção de álcool (-5,3%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-7,5%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-8,3%).

Na análise por categorias de uso, sobre outubro, apresentaram os maiores avanaços bens de consumo semi e não duráveis (2,2%) e bens de capital (1,6%).

Sobre 2010
Nesse tipo de comparação, anual, a queda foi generealizada. Das 27 atividades pesquisadas, 17 diminuíram sua produção. As maiores influências negativas partiram de veículos automotores (-4,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,2%), têxtil (-13,0%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-14,7%).

Entre os que setores que aumentaram a produção, as principais pressões vieram de indústrias extrativas (3,5%), bebidas (2,8%), produtos de metal (3,0%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (7,2%).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Venda de veículos bate novo recorde em 2011, segundo Fenabrave (Postado por Lucas Pinheiro)

As vendas de veículos no Brasil bateram o quinto recorde consecutivo anual, somando 3.633.006 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em 2011. O número foi divulgado nesta quarta-feira (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Houve alta de 3,63% em relação a 2010, quando haviam sido emplacadas 3,5 milhões de unidades. Em 2009, foram 3,14 milhões.

Somente de automóveis e comerciais leves foram vendidos 3.425.596 no ano passado, o que representa crescimento de 2,9% sobre 2010. O resultado, no entanto, ficou abaixo da expectativa dos concessionários, que previam alta de 4,2%.

As vendas de caminhões também subiram, totalizando 172.661 unidades. O número é 9,69% maior que o do ano anterior, mas também fica aquém do esperado pela federação, que era um aumento de 15,2%. Os emplacamentos de ônibus somaram 34.749, com forte alta de 21,73% sobre 2010, maior que a expectativa, que era de 10,3%.

O segmento de motos, calculado à parte, chegou a 1.940.564 unidades, com aumento 7,58% na comparação com 2010, também acima do esperado (6,1%).

Contanto com as motos, a alta nas vendas em 2011 chega a 4,79% e também fica abaixo do projetado para 2011, que era de 5,2%.

Gol lidera
O Gol, como a Volkswagen havia antecipado, fechou mais um ano como o veículo mais vendido no país, com 293.454 unidades emplacadas contra 273.537 do Fiat Uno (que conta também as vendas do Mille). É o 25º ano de liderança do Gol, que segundo a fabricante, superou o Fusca, que ficou 24 anos na liderança.

Veja abaixo os 10 mais vendidos em 2011:
Volkswagen Gol - 293.454 unidades
Fiat Uno - 273.537
Chevrolet Celta - 149.044
Chevrolet Corsa/Corsa Sedan - 125.477
Volkswagen Fox/Cross Fox - 121.588
Fiat Palio - 105.794
Fiat Siena - 90.167
Volkswagen Voyage - 87.210
Ford Fiesta - 86.204
Renault Sandero - 81.780

Chineses crescem 346%
O ano de 2011 no setor foi marcado pela decisão do governo de aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados de fora de Argentina, Uruguai e México, que passou a vigorar em 16 de dezembro. A justificativa do Ministério da Fazenda foi de defender a indústria nacional. Segundo a Fenabrave, as vendas de importados cresceram 29,82% de 2010 para 2011.

As compras de veículos do Mercosul, que representam a maior parte das importações, subiram 18,1%. Considerando o país de origem, a maior alta na venda de importados foi de veículos chineses, com 347,9% em relação a 2010. Em segundo ficou o Japão, com aumento de 108,8%.

Dezembro
Em dezembro, foram vendidos 348.386 veículos, sendo 329.198 automóveis e comerciais leves, 15.615 caminhões e 3.573 ônibus. As motos totalizaram 193.510 no último mês de 2010.

Projeção para 2012
A Fenabrave projeta uma alta de 5,76% nas vendas para 2012, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos. Somento para carros, a expectativa é de emplacar 3.579.699 unidades, um aumento de 4,5% sobre 2011. Para caminhões, é prevista alta de 9,6%. Para ônibus, de 14,3%. E, para motos, de 7,5%.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Investimentos oficializados em SP triplicam em 2011 e somam R$ 6,59 bi (Postado por Lucas Pinheiro)

O total de investimentos de grandes empresas oficializado no estado de São Paulo mais do que triplicou em 2011, segundo balanço da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo), serviço criado pelo governo para atrair investimentos ao estado. Foram oficializados 12 projetos no ano passado, totalizando R$ 6,59 bilhões em investimentos previstos, valor 346% superior ao do total de R$ 1,9 bilhão dos 6 projetos de novas fábricas anunciados em 2010.

Os maiores investimentos anunciados referem-se a projetos das brasileiras Vale, Gerdau e Duratex, da japonesa AGC e da coreana Samsung (veja tabela acima). Em 2010, as chinesas Chery e Sany, e a francesa Cebrace lideraram os  investimentos de novas fábricas anunciadas.

Os doze projetos anunciados no ano passado preveem a geração de de 4.985 empregos diretos e 8.166 indiretos.

“O resultado de 2011 é bastante satisfatório, tendo em vista que São Paulo disputa investimentos com outros estados e até países, e é uma confirmação que São Paulo lidera a preferência dos investidores, não só por ter mão de obra qualificada como também por dispor da melhor infraestrutura e ter um grande mercado consumidor”, afirma Sérgio Costa, diretor de investimentos e negócios da Investe São Paulo, que oferece consultoria gratuita às empresas interessadas em investir no estado.

Segundo ele, a crise internacional contribuiu por antecipar os investimentos de empresas estrangeiras em alguns casos. "Quem já tinha em sua estratégia a intenção de ampliar a presença na América do Sul, acelerou essa tromada de decisões para 2011", diz Costa.

83 projetos em negociação
Para a Investe São Paulo, o cenário é de um total de investimentos ainda maior em 2012. Em janeiro de 2011, a Investe São Paulo tinha 75 projetos em carteira, somando R$ 16,7 bilhões. Atualmente, são 83 projetos em negociação, com investimentos que podem chegar a R$ 32,3 bilhões.

“O simples fato do valor de investimentos ser maior mostra que melhoramos a qualidade dos investimentos que vêm pra cá, investimentos concretos, de longo prazo, que envolvem instalação de empresas como também de centros de pesquisa e desenvolvimento, e que não irão embora na primeira crise”, afirma Costa.


Segundo o diretor, dos 75 projetos em carteira no início de 2011, 12 foram oficializados, 12 não avançaram e cerca de 50 continuam com grandes chances de se confirmarem em 2012.

Do total de novos investimentos em negociação com o governo do estado, 24% referem-se a projetos no setor automotivo. Em segundo lugar, estão os negócios na área de tecnologia da informação, com 9%, e, em terceiro, projetos de pesquisa e desenvolvimento, com 7%. Na sequencia, aparecem os setores de máquinas e equipamentos (6%), petróleo e gás (5%), siderurgia (5%) e metalurgia (5%).

"Notamos um crescimento importante de projetos na área de economia verde, petróleo e gás, indústria naval, e nas área de saúde,  biotecnologia e infraestrutura", revela Costa, sem dar mais detalhes sobre as empresas que negociam com o governo incentivos para instalação de fábricas no estado.

No que diz respeito à origem dos investimentos, as empresas brasileiras continuam liderando os projetos em carteira na Investe São Paulo, mas as empresas estrangeiras representam 73% dos investimentos em negociação. Os Estados Unidos lideram a lista de países interessados em investir no estado, com 17% dos projetos, seguido pelo Japão (9%), Coreia do Sul (5%) e China (5%).

"Para 2012, nossa estratégia é usar uma mira laser, mapeando setores e empresas estratégicas para vender São Paulo como destino", diz Costa. Para ele, nem mesmo a crise na Europa irá afetar o ritmo de investimentos estrangeiros no estado.

"Com a crise acentuada na Europa, as empresas têm de buscar receita onde o consumo está aquecido. Tivemos em 2010 e 2011 uma primeira leva de grandes empesas buscando se instalar por aqui, agora começa a surgir uma leva de empresas de médio porte e das empresas concorrentes das que se estabelecerem no Brasil para disputar o mercado doméstico", completa o diretor da Investe São Paulo.