Tailândia News (Blog N. 572 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta-Voz

Este blog procura enfatizar acontecimentos que comprovam o funcionamento sistêmico da economia mundial, na qual, através de um sistema de "vasos comunicantes", fatos localizados, mas de grande amplitude, afetam o sistema econômico planetário, como um todo e, vice-versa.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

BC prevê inflação maior no ano

Mesmo reconhecendo alta de preços, ata do Copom indica freio na alta dos juros



        

Descartado. O presidente do Banco Central disse ontem que vai analisar freio na alta dos juros
PUBLICADO EM 10/04/14 - 22h09
Brasília. O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, aumentou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) de 2014 no cenário de referência em relação ao valor considerado na reunião de fevereiro, permanecendo acima do centro da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No cenário de mercado, a projeção de inflação para 2014 também subiu em relação ao valor considerado na reunião de fevereiro e seguiu acima da meta para o IPCA.

Para 2015, em ambos os cenários, a projeção de inflação também elevou-se e se posiciona acima do valor central da meta. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de março, o BC informou que a expectativa de inflação ao final de 2014, pelo cenário de referência, era de 6,1%, embora ainda não considerasse a última elevação dos juros, para 11%. No cenário de mercado, a projeção do RTI para o final de 2014 era de 6,2%. A trajetória de indicadores, segundo o BC, está em linha com o que se poderia antecipar e, para os próximos trimestres, eles também se apresentam em linha.

Apesar de admitir uma inflação alta, a ata da última reunião do Copom trouxe pouca informação sobre as perspectivas em torno da taxa básica de juros, mas o tom mais ameno do documento indica que o ciclo de aperto monetário não deve se estender além de maio, na avaliação do economista-chefe do UBS, Guilherme Loureiro.

Em nota, ele afirma que a projeção da instituição financeira é de uma última alta de 0,25 ponto porcentual na reunião do mês que vem, já que os riscos permanecem e a inflação segue pressionada, “em linha com o IPCA de março, batendo em 6,15% em 12 meses”, afirmou.

Baixa renda
Preços altos.
A inflação percebida pelas famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos acelerou para 0,85% em março, em mais uma mostra de que os alimentos têm pressionado os preços

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Indústria brasileira cresce por quatro meses seguidos

1/4/2014 14:30

Correio do Brasil - Por Redação - de São Paulo


Indústria
O emprego na indústria sofreu um leve desaquecimento nos últimos meses
A indústria brasileira registrou expansão pelo quarto mês seguido ao mostrar leve aceleração da atividade em março, diante de níveis mais altos de produção e de emprego, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira. O PMI da indústria teve ligeiro avanço a 50,6 em março ante 50,4 em fevereiro, divulgou o Markit, permanecendo pelo quarto mês acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
– As empresas informaram produção ligeiramente mais alta, mas crescimento mais lento nas novas encomendas – destacou o economista-chefe do HSBC André Loes.
Em março, de acordo com o Markit, o índice de produção do setor atingiu o nível mais alto em três meses, embora o crescimento tenha sido apenas modesto, com os entrevistados citando a obtenção de novos contratos e a expansão da capacidade produtiva.
O volume de novos pedidos mostrou expansão pelo quarto mês seguido, mas a taxa de aumento também foi marginal em relação a fevereiro e ficou concentrada nos produtores de mercadorias semiacabadas, que mostrou melhor desempenho em março Como um todo, seguida pela de bens de consumo.
Já as condições dos produtores de bens de investimento mostraram deterioração, revertendo a ligeira melhora vista em fevereiro. Em relação ao emprego, a expectativa de crescimento da demanda e os planos de expansão dos negócios levaram à contratação de funcionários pela indústria em março pelo segundo mês.
– O que chamou nossa atenção é que as empresas sinalizaram o crescimento mais rápido do emprego em 12 meses, um acontecimento surpreendente considerando a fraqueza geral da economia – acrescentou Loes.
Já o aumento dos preços dos insumos foi o mais forte desde outubro, com recorde de alta em cinco anos, em meio a taxas de câmbio desfavoráveis, com as empresas de bens de investimento registrando o avanço mais forte em março. Esse custo foi repassado aos bens finais, cuja taxa de inflação foi a mais forte em quatro meses, segundo o PMI. As tarifas cresceram em todos os subsetores, mas o destaque ficou para o de bens de capital.
A produção industrial brasileira iniciou este ano em recuperação ao avançar 2,9% em janeiro sobre o mês anterior, ainda que tenha sido insuficiente para reverter a contração vista em dezembro. O IBGE divulga na quarta-feira os dados de fevereiro sobre a produção industrial e pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters aponta desaceleração da expansão a 0,5%, indicando que o resultado do mês anterior foi apenas temporário.