Tailândia News (Blog N. 572 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta-Voz

Este blog procura enfatizar acontecimentos que comprovam o funcionamento sistêmico da economia mundial, na qual, através de um sistema de "vasos comunicantes", fatos localizados, mas de grande amplitude, afetam o sistema econômico planetário, como um todo e, vice-versa.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Zona do euro faz acordo para reforçar fundo de resgate contra crise (Postado por Lucas Pinheiro)

Os ministros de Finanças da zona do euro fecharam acordo nesta sexta-feira (30) para reforçar o fundo europeu de resgate em até 800 bilhões de euros, incluindo os 300 bilhões de euros já comprometidos para os resgates da Grécia, Irlanda e de Portugal, segundo documento divulgado no final do encontro.

A zona do euro caminha para sua segunda recessão em apenas três anos, exigindo da maioria dos 17 países que integram o bloco, diante das fracas condições financeiras, medidas de austeridade, como cortes de salários, postos de trabalho e benefícios sociais, o que têm gerado protestos nas principais capitais.

"Existe um consenso para elevar o teto do fundo até os 800 bilhões [de euros]", disse a ministra das Finanças da Áustria, Maria Fekter, à imprensa, e esclareceu que só 500 bilhões seriam "dinheiro novo", que poderia ser utilizado para socorrer países como Espanha e Itália, se for necessário.

Além dos 300 bilhões de euros já comprometidos, será criada uma reserva ou um "colchão" de 240 bilhões de euros para casos excepcionais, embora apenas até meados de 2013.

Esta fórmula responde principalmente à reticência da Alemanha em aumentar os recursos do fundo e ter que submeter a decisão ao voto de seu Parlamento nacional.

Os 800 bilhões de euros seriam possíveis ao somar os 500 bilhões do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), com os 200 bilhões do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) - já comprometidos para os três países em programa de resgate -, mais 100 bilhões de ajudas para os resgates de empréstimos bilaterais e de um primeiro fundo da UE, explicou Fekter.

"Houve um debate intenso sobre o MEDE e suas capacidades. Temos o programa de resgate para a Irlanda, Portugal e Grécia, que são 200 bilhões de euros. Depois haverá dinheiro novo de 500 bilhões de euros para o MEDE. Sobre isso também há consenso", disse a ministra austríaca.

"Além disso, no início tínhamos créditos bilaterais por 53 bilhões de euros e primeiras ajudas através do primeiro instrumento (de resgate, o fundo da UE ou Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira, EFSM, em inglês) de 49 bilhões, assim chegamos a um importe acima de 800 bilhões de euros", acrescentou.

Fekter considerou que chegar a esta quantia é importante para convencer o FMI e o G20, que recentemente exigiram à eurozona que reforce suas barreiras como condição para aumentar os recursos do Fundo Monetário Internacional.

Além disso, ela explicou que a criação da reserva de 240 bilhões acontece porque o MEDE não disporá da quantia ainda em julho, quando entrar em vigor todo o dinheiro que os países devem ingressar.

Fekter confia que não será necessário recorrer à reserva uma vez que estiver disponível todo o capital, cujos pagamentos poderiam ser sempre acelerados, segundo consta no tratado do MEDE.

Ainda não se sabe se esta estratégia da UE convencerá os mercados e os parceiros internacionais.

Por enquanto, Fekter sustentou que "os mercados já emitem sinais de calma" e lembrou que, por exemplo, a 'Itália pôde se refinanciar bem, da mesma forma que outros países'.

"Em geral a eurozona está consideravelmente mais estável que há alguns meses", acrescentou.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Após deflação em fevereiro, IGP-M avança em março, diz FGV (Postado por Lucas Pinheiro)

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel, porque é utilizado para reajustar a maioria dos contratos imobiliários, variou 0,43% em março, após ter registrado recuo de -0,06% no mês anterior. Em 12 meses, o índice tem alta de 3,23% e, no ano, de 0,62%.

Em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país e utilizado pelo Banco Central para calibrar os juros, havia apresentado comportamento distinto do IGP-M, registrando desaceleração em relação à variação do mês anterior.

Utilizado no cálculo do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que registra a variação dos preços do atacado, avançou 0,42% em março, após deflação de 0,26% em fevereiro.

Já a inflação do varejo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), também usado para calcular o IGP-M, subiu 0,48%, ante alta de 0,27% em fevereiro. A maior contribuição partiu do grupo habitação, cuja taxa passou de 0,32% para 0,99%. Dentro desse grupo de gastos, tiveram variações mais significativas os preços relativos a empregada doméstica mensalista (de 0,72% para 4,88%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,02% para 1,69%) e aluguel residencial (de 0,48% para 0,95%).

Outros grupos de despesa também seguiram o mesmo comportamento: alimentação (de -0,05% para 0,45%), vestuário (de -0,22% para 0,27%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,45% para 0,54%).

Na contramão, estão os grupos educação, leitura e recreação (de 1,18% para 0,27%), comunicação (de 0,18% para -0,26%), despesas diversas (de 0,41% para 0,07%) e transportes (de 0,29% para 0,22%).

Custo da construção
Na mesma divulgação, foi conhecida a variação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Em março, o indicador subiu 0,37%, abaixo do resultado de fevereiro, de 0,42%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços passou de 0,40% para 0,42%. O índice relativo a mão de obra variou 0,32% em março, contra 0,43% no mês anterior.

Como ficam os juros
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse no início deste mês, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que a inflação está controlada no país, o que abre a possibilidade de ação do governo nas políticas monetária (definição da taxa de juros).

"Se compararmos janeiro e fevereiro deste ano, com mesmo período do ano passado, a inflação [medida pelo IPCA, que baliza o sistema de metas de inflação do governo] já está menor. Podemos dizer que a inflação já está controlada no Brasil, o que dá mais possibilidade de ação no governo na política monetária e fiscal. O Brasil caminha para taxas de juros de patamares mais normais, de países parecidos", declarou ele, na época.

terça-feira, 27 de março de 2012

Arrecadação soma R$ 71,9 bilhões em fevereiro e bate recorde histórico (Postado por Lucas Pinheiro)

A arrecadação federal – que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties – somou R$ 71,9 bilhões em fevereiro deste ano, o que representa novo recorde histórico para o segundo mês de um ano, informou nesta terça-feira (27) a Secretaria da Receita Federal.

Sobre o mesmo mês de 2011, foi contabilizado um aumento real (após o abatimento da inflação) de  5,91%. A série histórica da Receita Federal começa em 1985. Em valores corrigidos pela inflação (IPCA), a série histórica tem início em 2003.

Primeiro bimestre
Já no primeiro bimestre deste ano, ainda segundo dados do Fisco, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 174,4 bilhões, com alta de 5,99% sobre igual período de 2011. Em termos nominais, ou seja, com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União, a arrecadação cresceu R$ 19,27 bilhões no primeiro bimestre deste ano.

Fatores para o crescimento
Segundo a Receita Federal, alguns fatores explicam o crescimento da arrecadação em janeiro deste ano. Entre eles, estão em janeiro e fevereiro o recolhimento do ajuste relativo ao ano de 2011, principalmente do setor financeiro.

Também houve a antecipação, em janeiro deste ano, do ajuste anual do IRPJ/CSLL referente ao lucro obtido pelas empresas em 2011 - o que gerou um reforço de R$ 4 bilhões para a arrecadação sobre janeiro do ano passado, além do pagamento de débitos em atraso e do crescimento de 15,99% da massa salarial.

Outro fator que influenciou a arredação, no primeiro bimestre deste ano, foi o pagamento, em janeiro, dos "royalties" relativos à extração de petróleo, que registrou crescimento de 37% (R$ 1,42 bilhão) sobre janeiro de 2011.

Tributos
A Receita Federal informou que o Imposto de Renda arrecadou R$ 50 bilhões no primeiro bimestre deste ano, com crescimento real de 6,26% sobre o mesmo mês de 2011. No caso do IRPJ, a arrecadação somou R$ 26 bilhões, com alta real de 12,2%. Sobre o IR das pessoas físicas, o valor arrecadado totalizou R$ 20,5 bilhões no bimestre, com crescimento real de 9,32%. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) somou R$ 22,13 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, com queda real de 0,18%.

Sobre o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), os números do Fisco mostram que o valor arrecadado somou R$ 8,09 bilhões no primeiro bimestre, com crescimento real de 3,62%. No caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), houve um aumento real de 11,1%, para R$ 5,39 bilhões nos dois primeiros meses de 2012.

A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, arrecadou R$ 27,07 bilhões no primeiro bimestre de 2012, com elevação real de 1,23%, enquanto a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou arrecadação de R$ 13,84 bilhões no primeiro mês deste ano, com crescimento real de 14,33% sobre igual período de 2011.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Gastos de brasileiros no exterior batem recorde no 1º bimestre, diz BC (Postado por Lucas Pinheiro)

Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 3,74 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, novo recorde histórico para o período, segundo informou nesta sexta-feira (23) o Banco Central (BC). Em igual período do ano passado, recorde anterior, haviam totalizado US$ 3,11 bilhões. Com isso, o crescimento foi de 20%. A série histórica do BC tem início em 1947.

Apesar de terem batido recorde no primeiro bimestre, os gastos registraram queda de 12,5% em fevereiro deste ano, quando somaram US$ 1,74 bilhão. Em janeiro, as despesas lá foram haviam somado R$ 1,99 bilhão – o maior valor em seis meses. Tradicionalmente, os gastos no exterior sobem em períodos de férias escolares.

Segundo dados do BC, os gastos no exterior em fevereiro deste ano representam recorde para este mês. Em fevereiro de 2011, por exemplo, as despesas no exterior somaram US$ 1,33 bilhão. De acordo com Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, o carnaval influenciou este resultado.

"Neste ano, o carnaval caiu em fevereiro.No ano passado, foi em março. Então, isso contribuiu para que, na comparação interanual, você tenha um fluxo maior em fevereiro deste ano do que no mesmo mês de 2011. Para março de 2012, tendência é de reverter. A parcial indica que não teremos crescimento frente a março do ano passado", declarou Maciel, do BC. No acumulado de março, até o dia 21, as despesas no exterior somaram US$ 1,14 bilhão. Em março de 2011, totalizaram US$ 1,64 bilhão.

Dólar e renda
De acordo com economistas, os gastos de brasileiros no exterior costumam crescer quando a cotação do dólar está mais baixa. No mês passado, com as compras de dólares por parte do Banco Central, o a moeda norte-americana registrou queda de 1,55%, fechando fevereiro em R$ 1,72. Em março, já está operando acima de R$ 1,80.  As despesas no exterior, como passagens e hotéis, além de gastos no cartão de crédito, também são cotadas em dólar. Além do dólar, outro fator que contribui para a alta dos gastos no exterior é o aumento do emprego e da renda no Brasil.

Em 2011, ainda de acordo com números da autoridade monetária, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 21,2 bilhões. Com isso, as despesas de brasileiros lá fora cresceram 29,2% frente ao ano de 2010 (US$ 16,42 bilhões) e bateram novo recorde da série histórica da instituição, que começa em 1947.

Estrangeiros no Brasil
Os dados do BC mostram que também subiram, no primeiro bimestre deste ano, os gastos de turistas estrangeiros no Brasil, que chegou a US$ 1,27 bilhão. O valor é 9% maior que o registrado no mesmo período de 2011 (US$ 1,172 bilhão). Em fevereiro, quando as despesas de estrangeiros somaram US$ 617 milhões, houve um aumento de 7,8% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 572 milhões).

"Os números mostram um panorama muito positivo para o turismo no Brasil e confirmam as expectativas de chegarmos aos 5,8 milhões de turistas e aos US$ 7 bilhões em gastos em 2012", avaliou o diretor de Mercados Internacionais da Embratur, Marcelo Pedroso.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Classe C puxa gasto das famílias em 2011, diz pesquisa (Postado por Lucas Pinheiro)

A renda média mensal das famílias brasileiras cresceu de R$ 1.557 para R$ 1.618 entre 2010 e 2011, segundo a Pesquisa Observador Brasil 2012, divulgada nesta quinta-feira (22) pela Cetelem BGN. De acordo com o levantamento, apenas a Classe C mostrou alta na renda na comparação entre os dois anos, passando de R$ 1.338 para R$ 1.557. Nas classes A/B e D/E, houve recuo na renda familiar mensal.

Com a elevação na renda familiar, a renda disponível (total da renda da família menos os gastos) da Classe C também mostrou crescimento no período, de quase 50%, puxando o consumo do país em 2011.

Mobilidade social
Segundo a pesquisa, a mobilidade social no país continuou em alta no ano passado, com protagonismo da classe C. Segundo o levantamento, a faixa de renda foi a que mais recebeu integrantes, enquanto a classe DE diminuiu no ano passado.

A pesquisa mostra que classe C recebeu 2,7 milhões de brasileiros da classe DE em 2011. Hoje são 103,054 milhões de brasileiros nessa faixa. Esse número representa 54% da população do país, um crescimento de 20 pontos percentuais em relação a 2005, ano do primeiro levantamento, quando eram 34%.

Em 2011, a classe AB recebeu 230 mil pessoas vindas da classe C. "Tivemos grande migração social no Brasil. Esperamos que isso continue a acontecer", diz Marcos Etchegoyen, diretor presidente da Cetelem BGN.

"Não há dúvida que vimos uma migração gigantesca nos últimos sete anos, são cerca de 64 milhões que mudaram de faixa de renda. A pesquisa consolida a mudança que verificamos no ano passado, quanto ao formato da pirâmide das classes sociais no país, que passou de triângulo para losângo, devido ao crescimento da classe C", diz Marcos Etchegoyen, diretor presidente da Cetelem BGN.

Otimismo
O estudo mostra que o brasileiro está otimista em relação ao futuro da economia. Metade dos entrevistados acredita que o Brasil terá uma situação melhor este ano do que foi a de 2011.

A pesquisa também perguntou sobre as expectativas em relação à crise. A maior faixa dos respondentes, 42%, acreditam que a crise vai chegar ao bolso dos brasileiros. É na classe AB em que está a maior faixa dos que acham que a crise afetará pouco o consumo, 28%.

A pesquisa é realizada por meio de 1.500 entrevistas a brasileiros com mais de 15 anos, feitas em 70 cidades e 9 regiões metropolitanas do país. É o sétimo ano seguido em que a pesquisa é realizada pela Cetelem BGN e Ipsos Public Affaris.

Gastos
O aluguel subiu 14% de 2010 para 2011, segundo a pesquisa, de R$ 299 para R$ 341. As prestações da casa aumentaram 23%, de R$ 367 para R$ 451. O gasto com empregada doméstica também subiu: de R$ 232 para R$ 330. A despesa com esse serviço foi maior que com convênio médico, de acordo com o estudo. Os valores foram semelhantes nas classes AB e DE, R$ 367 na mais alta e R$ 300 na mais baixa.

Internet
O consumo na internet subiu de 16% para 23% do mercado de compras nos sete anos da pesquisa, entre 2007 e 2011. "É importante destacar que antes, o preço era o fator mais importante para definir a compra, hoje é a comodidade. Isso mostra que, após resolver algumas necessidades básicas da população, outras se colocam", diz Etchegoyen.

Os sites de compras coletivas estão mais presentes na vida dos brasileiros, de acordo com a pesquisa. Em 2010, 14% haviam comprado por meio dessas plataformas. No ano passado, 39% estavam na mesma situação.

terça-feira, 20 de março de 2012

Governo bloqueia mais R$ 368 milhões no Orçamento de 2012 (Postado por Lucas Pinheiro)

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou nesta terça-feira (20), por meio do relatório bimestral de receitas e despesas do orçamento de 2012, que foi realizado um bloqueio extra de R$ 368 milhões nas chamadas "despesas discricionárias" (sobre as quais tem mais controle) no orçamento deste ano. De acordo com o governo federal, o corte total no orçamento passou, após esta avaliação, de R$ 55 bilhões para R$ 55,07 bilhões.

O bloqueio de gastos no orçamento federal tem por objetivo cumprir a chamada meta de "superávit primário" (economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda). Neste ano, a meta para o governo federal é de R$ 96,9 bilhões e para todo o setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais) é de R$ 139,8 bilhões.

A busca pela meta de superávit primário, por sua vez, é uma forma de ajudar o Banco Central no processo de redução dos juros básicos da economia. A explicação é que a contenção de gastos públicos atua para diminuir a demanda por produtos e serviços da economia, favorecendo o controle da inflação. Recentemente, o BC acelerou o processo de redução dos juros, baixando a taxa para 9,75% ao ano, no patamar de um dígito.

Previsões para o PIB e inflação
Segundo o governo, os parâmetros da peça orçamentária deste ano não foram alterados em relação a fevereiro, quando foi divulgado o corte de R$ 55 bilhões no orçamento federal deste ano. Deste modo, o governo continua oficialmente prevendo um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 4,5% para 2012. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a estimativa permaneceu inalterada em 4,7%.

Estimativas para receitas e despesas
De acordo com o governo federal, a estimativa para a receita administrada, após as transferências a estados e municípios, teve uma queda de R$ 72,9 milhões. Também caiu, em R$ 426,5 milhões, a previsão para o pagamento de subsídios, em função da revisão da expectativa de desembolso até o final deste ano e foi incluído o crédito extraordinário de R$ 40 milhões para reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz.

Além disso, o Ministério do Planejamento informou que foram incorporados os valores já desembolsados com o complemento do FGTS e com os Fundos FDA e FDNE, nos valores de R$ 355,5 e R$ 326,7 milhões, respectivamente.

"Quanto ao complemento do FGTS, a revisão dos mecanismos de repasse à CEF que possibilitará o adiamento previsto ainda não foi implementada. No tocante aos Fundos FDA e FDNE, o governo estuda a revisão das modalidades de financiamento desses fundos, de modo que os empréstimos ao setor produtivo também possam ser realizados sem risco para o Tesouro Nacional", informou o governo federal.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Superávit da balança cai 50% no ano até 18 de março, para US$ 1,15 bilhão (Postado por Lucas Pinheiro)

A balança comercial brasileira registrou superávit (exportações menos importações) de US$ 1,15 bilhão na parcial deste ano, até o dia 18 de março, informou nesta segunda-feira (19) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Isso representa uma queda de 50,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo positivo somou US$ 2,33 bilhões.

No acumulado de 2012, as exportações somaram US$ 45,6 bilhões, com média diária de US$ 860 milhoes, enquanto que as compras do exterior totalizaram US$ 44,45 bilhões (média de US$ 838 milhões por dia útil). Contra o mesmo período de 2011, as vendas externas subiram 6,4% e as importações avançaram 9,7%, de acordo com dados oficiais.

Semana passada e acumulado de março
Na última semana, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, as exportações superaram as importações em US$ 468 milhões.

No acumulado de março, até o dia 18 deste mês, o saldo positivo soma US$ 728 milhões, com exportações de US$ 11,43 bilhões e compras do exterior de US$ 10,71 bilhões. Sobre março de 2011, as vendas externas subiram 3,8% e as importações avançaram 5,7%.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, as vendas externas de produtos básicos (com alta de 14,1%) e de manufaturados (alta de 8,6%) sustentaram a elevação das exportações no acumulado deste mês. No caso dos semimanufaturados, houve uma queda de 29,8% das vendas externas nesta comparação.

Resultado de 2011 fechado
Em todo o ano de 2011, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 29,79 bilhões. Com isso, o superávit da balança comercial registrou crescimento de 47,8% em relação ao ano de 2010, quando o saldo positivo totalizou US$ 20,15 bilhões. Trata-se, também, do maior superávit da balança comercial desde 2007 (US$ 40,03 bilhões). Em 2008 e 2009, respectivamente, o saldo comercial somou US$ 24,95 bilhões e US$ 25,27 bilhões.

Perspectivas para 2012
Para 2012, ano que ainda será marcado pelos efeitos da crise financeira internacional, com a previsão de crescimento do PIB em cerca de 3,3%, e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico – como é o caso do Brasil –, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará queda, atingindo cerca de US$ 19 bilhões.

O Banco Central, porém, está um pouco mais otimista. A autoridade monetária projeta um superávit da balança comercial de US$ 23 bilhões para este ano, com as exportações em US$ 267 bilhões e as compras do exterior em US$ 244 bilhões. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, prevê um saldo comercial positivo de US$ 20,8 bilhões neste ano.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Governo zera alíquota de IOF para operações de exportadores (Postado por Lucas Pinheiro)

O governo decidiu reduzir de 1% para zero a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de hedge cambial com contratos de derivativos dos exportadores. Esse tipo de instrumento busca proteger as vendas das empresas brasileiras ao exterior contra a desvalorização excessiva do dólar. No ano, a moeda norte-americana acumula perdas acima de 3%. A medida foi publicada nesta sexta-feira (16), por meio de decreto, no "Diário Oficial da União".

Segundo o decreto, a decisão do governo vale para "as operações com contratos de derivativos para cobertura de riscos, inerentes à oscilação de preço da moeda estrangeira, decorrentes de contratos de exportação firmados por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no país".

Na terça-feira (13), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em audiência no Senado que o governo iria ajustar as medidas cambiais adotadas recentemente para conter o fluxo de capital especulativo ao país - que vinha provocando prejuízos aos exportadores brasileiros.

"Primeiro fazemos a medida (cambial). Depois, estudamos como eliminar o efeito colateral", disse Mantega, ao participar da audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que durou cerca de quatro horas.

Uma das dificuldades enfrentadas pelos exportadores brasileiros com as medidas cambiais adotadas pelo governo recentemente - como a ampliação do prazo de cobrança do IOF para empréstimos feitos no exterior por empresas brasileiras - por exemplo, é o encarecimento do "hedge" -operação financeira que serve para proteger contra a variação cambial.

De acordo com o decreto, para fazer jus à alíquota reduzida "o valor total da exposição cambial vendida diária referente às operações com contratos de derivativos não poderá ser superior a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes o valor total das operações com exportação realizadas no ano anterior pela pessoa física ou jurídica titular dos contratos de derivativos".

Histórico
No final de julho de 2011, o governo lançou mão de uma Medida Provisória que permitiu a taxação em até 25% das operações feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no Brasil com os chamados derivativos financeiros.

Com a maior taxação, o volume de dólares que entra no país tende a diminuir, o que pode contribuir para  redução da cotação. Os derivativos cambiais têm grande influência na formação de preços da moeda norte-americana no mercado à vista.

Na época, ficou estabelecida a cobrança de 1% de Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) nesse tipo de transação financeira, usada como apostas das empresas e bancos, brasileiros e estrangeiros no mercado futuro - que pressionam para baixo a cotação do dólar.

Na época, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que essa cobrança do IOF funcionaria como um "pedágio" contra a especulação no mercado futuro. "Estaremos cobrando um pedágio das posições vendidas em excesso. Vamos tirar uma parte da rentabilidade da operação, diminuindo essa margem. Esperamos que haja não valorização do real, ou que tenha desvalorização", afirmou o ministro, na ocasião.

*Com informações da Reuters

quinta-feira, 15 de março de 2012

Empresas com desoneração da folha não poderão demitir, diz Mantega (Postado por Lucas Pinheiro)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (15) que as empresas que tiverem desoneração da folha de pagamentos não poderão demitir. "Sempre todas essas medidas são mediante contrapartida da indústria. Quando fizemos a desoneração do IPI, sempre vem junto com contrapartida. Não pode demitir. Não pode reduzir direitos dos trabalhadores", afirmou Mantega a jornalistas.

Atualmente, os setores que estão no processo de desoneração da folha de pagamentos (confecção, calçados e "call centers") têm seu faturamento tributado em 1,5% em troca de 20% de pagamento sobre a folha. O setor de "softwares", por sua vez, paga 2,5% sobre o faturamento  em troca da desoneração da folha. Recentemente, o ministro Mantega informou que está convidando novos setores a entrar no processo de desoneração da folha e está discutindo qual alíquota (menor) substituirá o pagamento do INSS.

"O que nós estamos negociando com a indústria é a desoneração da folha, porque consideramos que, na disputa internacional, o que os outros países estão fazendo é reduzindo custo do trabalho. Só que os outros países estão reduzindo salários e direitos dos trabalhadores. Não é isso o que vamos fazer aqui, mas temos que reduzir o custo do trabalho. De que forma? Reduzindo os encargos", disse Mantega.

Aumento de contratações
De acordo com o ministro, esse processo de desoneração da folha de pagamentos vai gerar um aumento de contratações por parte das empresas, gerando crescimento da arrecadação de outros tributos. "Tudo isso porque o Brasil hoje é um dos poucos países que têm pleno emprego. E queremos continuar assim. O Brasil é um dos países que mais vai empregar gente em 2012. Portanto, vamos garantir as condições", declarou Mantega.

Exportações totalmente desoneradas da folha de pagamentos
Ele lembrou que o exportador brasileiro terá "desoneração completa" da folha de pagamento, conforme já estava previsto no Brasil Maior – plano de estímulo à indústria lançado no ano passado que inaugurou o processo de desoneração da folha de pagamentos.

"O empresário deixa de pagar 20% [sobre a folha de pagamentos] e paga uma pequena alíquota sobre o faturamento [se estiver no processo de desoneração da folha]. Mas aquele que exporta não paga nada. É a desoneração completa da folha para o exportador brasileiro", afirmou o ministro da Fazenda.

Reuniões com empresários
As declarações do ministro da Fazenda foram dadas após reuniões com empresários, em seu gabinete em Brasília, nesta quinta-feira, das quais participaram a Associação Brasileira de Indústria Têxtil e Confecção (Abit),  a Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóveis), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB).

Todos os representantes do empresariado deixaram os encontros informando que não foi definida a nova alíquota que incidirá sobre o faturamento, no lugar da tributação de 1,5% que acontece atualmente. "Pedimos que a contribuição caia para 0,8%, mas o governo sinalizou algo como 1%. É um patamar bastante plausível e razoável. Acho que seria possível [conseguir apoio do setor de móveis]", declarou mais cedo o presidente da Abimóveis, José Luiz Diaz Fernandez.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Gol quer iniciar voos para Miami a partir de julho, diz Constantino (Postado por Lucas Pinheiro)

O presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino de Oliveira Jr., afirmou nesta quarta-feira (14) que a companhia pretende iniciar os primeiros voos regulares para os Estados Unidos, com escala na Venezuela, a partir de julho.

“Depende das autorizações formais. Não acredito que aconteça antes de junho, julho”, disse Constantino, após participar de seminário com outros executivos de companhias aéreas, no fórum Panrotas, em São Paulo. “Está mais para julho, mas não tem data definida”, acrescentou.

Nesta terça-feira (13), a Gol enviou solicitação formal à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar voos regulares entre o Brasil e Estados Unidos.

“Serão 6 voos semanais”, explicou Constantino, informando que a companhia também irá vender bilhetes para venezuelanos. “Esse voo atende tanto o mercado do Brasil para Venezuela, quanto do Brasil para Miami, quanto da Venezuela para Miami”.

Caso aprovado, o novo voo será operado aos domingos, segundas, quartas, quintas e sexta-feiras, com saída do aeroporto de Guarulhos (SP) com destino a Miami (EUA) e escala em Caracas (Venezuela).

"A decisão apoia-se no resultado de estudos de viabilidade realizados internamente e segue em linha com o modelo de negócios da empresa, baseado na utilização de uma frota padronizada em aeronaves Boeing 737 Next Generation", disse a empresa, em nota

Segundo Constantino, não está previsto aumento de frota em 2012 para atender a nova rota internacional. “Não temos guidance de frota”, disse.

terça-feira, 13 de março de 2012

'Quem tiver que comprar, vá comprar', diz Mantega sobre linha branca (Postado por Lucas Pinheiro)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, recomendou nesta terça-feira (13) que os consumidores que desejem adquirir produtos da linha branca o façam até o fim deste mês, até quando vigora o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido fixado pelo governo federal. Ele não informou se o benefício será prorrogado. "Dura até o fim do mês [o IPI reduzido]. Quem tiver que comprar, vá comprar", afirmou durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

A redução do IPI para fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos foi reduzido em dezembro do ano passado, às vésperas do Natal. No caso do fogão, a alíquota do tributo passou de 4% para zero. Para a aquisição de geladeiras, o tributo foi reduzido de 15% para 5% e, para as máquinas de lavar, passou de 20% para 10%. Para tanquinhos, o IPI recuou de 10% para zero. Os produtos beneficiados são aqueles com selo "A" de qualidade energética. Essa medida já havia sido tomada, em 2008, na primeira etapa da crise financeira e, posteriormente, foi revertida.

Outra medida anunciada em dezembro do ano passado pelo governo para estimular o consumo foi a redução da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para pessoas físicas de 3% para 2,5% ao ano. Com isso, foi revertido, parcialmente, o aumento do tributo efetuado em abril do ano passado pela equipe econômica. Naquele momento, a preocupação maior era com o crescimento da inflação – que ficou em segundo plano com a piora das turbulências externas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dólar fecha acima de R$ 1,80 após nova medida do governo (Postado por Lucas Pinheiro)

Os contínuos esforços do governo para conter a valorização do real mais uma vez surtiram efeito nesta segunda-feira (12), fazendo com que o dólar comercial fechasse em alta pelo segundo dia seguido – e acima do patamar de R$ 1,80, que não atingia desde janeiro.

A moeda norte-americana avançou 1,12%, a R$ 1,805 para venda. Esta é a maior cotação de fechamento desde o dia 9 de janeiro, quando o dólar fechou a R$ 1,8347.

Nesta segunda, o governo decidiu aumentar de três anos para até cinco anos o prazo de incidência da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 12 de março de 2012. É a segunda vez em menos de duas semanas que o governo eleva este prazo. No dia 1º de março, o governo havia aumentado de dois para até três anos.

Depois de fechar abaixo de R$ 1,70 pela primeira vez em quatro meses no fim de fevereiro, o dólar começou a subir após sucessivas intervenções do governo no mercado de câmbio e, nestes primeiros dias de março, acumula alta de 4,94%. No ano, depois de já ter ficado cerca de 9% mais barata em relação ao real, a moeda dos EUA recua 3,4% neste momento.

Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que a medida reforça a decisão do governo federal de reduzir o fluxo de capital especulativo e classificou a medida como "prudencial".

O governo tem endurecido o tom contra a chamada "guerra cambial". Apenas em 1º de março foram duas medidas sobre o mercado de câmbio, cerca de um mês após o BC ter retomado operações de compra de dólares nos mercados à vista e a termo, bem como leilões de swap cambial reverso, que equivalem a uma aquisição de moeda no mercado futuro. A autoridade monetária não atua no mercado diretamente, no entanto, desde o dia 5 de março.

"Claramente o governo tem apertado o cerco, e isso tem criado um clima de insegurança. Ninguém quer arriscar ficar vendido (em dólar) desse jeito", afirmou o consultor financeiro da Previbank Jorge Lima.

O dólar no Brasil descolou do exterior, onde a moeda recuava cerca de 0,3% frente a uma cesta de divisas. O mercado manteve as expectativas na véspera da decisão de política do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). As atenções na terça-feira estarão voltadas para o comunicado, que pode esfriar perspectivas de uma nova rodada de estímulos pelo Fed, o que tende a dar força à moeda norte-americana.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Inflação oficial desacelera para 0,45% em fevereiro, indica IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

A inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,45% em fevereiro, após subir 0,56% no mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a menor para o mês de fevereiro desde 2007, quando o IPCA ficara em 0,44%.

No mesmo período de 2011, o indicador havia ficado em 0,80%. Em 12 meses, o índice, também conhecido como inflação oficial, acumula alta de 5,84%.

As principais influências para o resultado de fevereiro partiram das variações de preços relativos a alimentação e bebidas (de 0,86% para 0,19%) e a transportes (de 0,69% para –0,33%). No grupo de alimentos, as maiores quedas foram vistas nos preços de carnes (de -0,64% para –1,99%), tomate (de 8,09% para –16,96%) e açúcar refinado (de –0,75% para –3,67%), entre outros itens.

Quanto ao grupo de gastos com transportes, o maior impacto para o recuo no mês partiu das passagens aéreas, cuja variação de preços passou de 10,61% para –8,84%. Também exerceram influência os preços de ônibus urbanos, que desaceleraram de 2,54% para 0,72%, e as tarifas dos ônibus intermunicipais, cuja variação passou de 3,23% para 1,07%.

Seguiram o mesmo comportamento as taxas relativas a vestuário, que passou de 0,07% para -0,23%, "em período de liquidações no mercado", e ao grupo comunicação (de 0,21% para –0,17%).

Na contramão, o grupo educação apresentou grande aumento de preços, com variação de 0,39% em janeiro para 5,62% em fevereiro. O resultado reflete os reajustes típicos de início de ano, segundo apontou o IBGE, por meio de nota.

Ganhou força também a alta de preços de habitação (de 0,53% para 0,60%), saúde e cuidados pessoais (de 0,30% para 0,70%) e despesas pessoais (de 0,71% para 0,88%).

No grupo de despesas pessoais, a variação também foi significativa, de 0,74% para 1,78%.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor  (INPC) também desacelerou a alta de 0,51% para  0,39%. O acumulado do índice do ano fechou em 0,90% e, em 12 meses, ficou em 5,47%. Em fevereiro de 2011 o INPC havia ficado em 0,54%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,21% em fevereiro, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,46%. Em janeiro, os resultados ficaram em 0,74% e 0,42%, respectivamente.

terça-feira, 6 de março de 2012

Sem retração, serviços de tecnologia avançam no país e alavancam PIB (Postado por Lucas Pinheiro)

O contrato de estágio de Elder Rodrigues, de 18 anos, encerraria em maio, mas ele já foi comunicado que será efetivado já a partir do próximo mês como analista júnior. “Entrei como estagiário há 4 meses e já vou ser efetivado. Não imaginava que tudo iria acontecer tão rápido”, diz o estudante, que está no 2º ano do curso de sistemas de informações e acaba de conquistar o seu primeiro emprego com carteira assinada. “Nem me formei e já tenho emprego. Acho que acertei ao escolher a área de TI [Tecnologia da Informação]”, avalia.

De acordo com os números de crescimento do setor e de déficit de mão de obra especializada na área, Rodrigues acertou em cheio. Dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (6) mostram que o segmento de serviços de informação avançou 4,9% em 2011, acima da alta do PIB do país, que ficou em 2,7%, e à frente de atividades de maior destaque nos últimos anos, como construção civil (3,6%), indústria da transformação (0,1%) e comércio (3,4%). Em 2010, o setor tinha avançado 3,8%. Em 2009, quando o PIB nacional teve variação negativa, serviços de informação registraram crescimento superior a 4%.

Os serviços de informação englobam as atividades de telecomunicações, internet, serviços audiovisuais, edição e tecnologia da informação, que responde pela maioria das empresas do setor e por cerca de 50% da mão de obra empregada.

Os serviços relacionados à tecnologia de informação vêm ganhando uma participação cada vez maior na economia do país e as perspectivas para quem investe em uma carreira na área seguem promissoras. Atualmente, são cerca de 1,2 milhão de trabalhadores na área, cujo salário médio é de R$ 2.950, e o déficit de profissionais no mercado é estimado em 115 mil pessoas.

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado de TI cresceu 61% nos últimos 3 anos. Em 2011, o setor movimentou US$ 96 bilhões, uma alta de 13% em relação ao ano anterior, representando 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Considerando também o mercado de telecomunicações, o total em 2011 chegou a US$ 190 bilhões, ou o equivalente a 8% do PIB.

O avanço do mercado de TI reflete a procura por ganhos de eficiência e busca por estruturas administrativas mais enxutas mediante terceirização de serviços e incorporação de soluções de tecnologia por praticamente todos os setores da economia, seja agropecuária, indústria ou comércio. Para 2012, o setor projeta crescimento de 12% a 13%.

“Um dos diferenciais do setor é que não há retração. A curva de TI é ligeiramente independente do crescimento econômico do país”, diz Antonio Gil, presidente da Brasscom. Ele destaca que os serviços de tecnologia são demandados tanto em projetos de expansão dos investimentos e inovação como de redução de custos e ganhos de escala.

“Nos últimos anos, tivemos a ascensão de mais de 40 milhões de pessoas para a classe C, um universo de consumidores emergentes que, além de eletrodomésticos, querem saúde, educação, bancarização e segurança, e não há como aumentar a oferta desses serviços sem fazer uso de TI”, acrescenta Gil.

TI pode ter 6,5% do PIB em 2022
O volume de US$ 96 bilhões faz do Brasil o sexto maior mercado de TI do mundo, segundo a Brasscom. A entidade prevê que, em 10 anos, o mercado brasileiro chegará a R$ 220 bilhões, o que pode corresponder a 6,5% do PIB.

“Podemos ser o quarto ou quinto maior mercado. O setor de TI brasileiro é um dos mais sofisticados do mundo. Somos bons no que fazemos. Nosso sistema bancário é um dos mais avançados do mundo e temos uma série de áreas que ainda não são atendidas efetivamente, como saúde, educação e segurança”, afirma Gil.

Dados do IBGE mostram que, entre 2003 e 2009, o número de empresas de serviços de informação saltou de 55 mil para 70 mil. Segundo a Confederação Nacional de Serviços (CNS), o setor responde por apenas 7,7% do total das empresas de serviços privados especializados. Por outro lado, o segmento responde pela maior fatia de faturamento líquido (28,8%), com uma receita média por empresa cerca de quatro vezes maior do que o nível de faturamento das outras empresas de serviços.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), só o mercado de desenvolvimento, produção e distribuição de software e de prestação de serviços é explorado atualmente por cerca de 9 mil companhias, sendo 85% delas micro ou pequenas empresas.

O custo de investimento para a abertura de uma empresa do gênero é relativamente baixo, basicamente pessoal e treinamento, o que estimula o empreendedorismo.

"O aumento da renda das famílias tem feito crescer a demanda por serviços voltados para o mercado interno. O setor é o maior empregador do país e o que mais cresce. Para 2012, estamos prevendo uma alta em torno de 5%", diz Luigi Nesse, presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), destacando que todas as atividades relacionadas a serviços (incluindo o comércio) respondem atualmente por 67% do PIB e tendem a representar mais de 70% do PIB em um prazo de até 5 anos.

"Na área de tecnologia, a grande vantagem é que diariamente surge uma nova oportunidade para empreender, seja na criação de um portal, um software, um sistema de informação, um aplicativo. E, na maioria dos casos, para começar basta uma ideia e conseguir juntar uma meia dúzia de profissionais”, acrescenta Nesse.

Déficit de mão de obra e pouca exportação
Com uso de mão de obra intensiva, a área de TI tem sido uma grande geradora de empregos, e o grande desafio do setor tem sido justamente suprir toda a demanda por profissionais qualificados. O gasto com mão de obra representa cerca de 70% dos custos das empresas de TI. "O país precisa incorporar cerca de 750 mil novos profissionais até 2020 para alcançar a meta de responder por 6,5% do PIB", diz o presidente da Brasscom. Entre os entraves para suprir as demandas do setor, ele cita o baixo percentual de egressos de nível superior na área de ciências exatas (cerca de 11%), a alta evasão escolar nos cursos de TI, a falta de base matemática no ensino fundamental e o baixo índice de profissionais com domínio de um segundo idioma.

Tais deficiências fazem o setor de TI brasileiro ainda ser extremamente dependente do mercado interno. As exportações somaram US$ 2,65 bilhões em 2011, segundo a Brasscom, o que representa uma fatia de menos de 3% do mercado. O mercado externo indiano, por exemplo, conhecido por atender localmente empresas de outros pontos do globo em seus call centers, é da ordem de US$ 70 bilhões.

O presidente da Abes, Gerson Schmitt, destaca que, dentro do mercado brasileiro de software, 79% dos programas ainda são desenvolvido no exterior. Para equilibrar essa balança, ele defende não só uma política de desoneração como também de fomento à proteção da propriedade intelectual.

"Hoje vendemos apenas serviços e não soluções replicáveis. Se seguirmos esse modelo, que é o indiano, seremos apenas colônia tecnológica, de venda de mão de obra a preço de commodity", diz. Ele alerta ainda para a forte tendência de internacionalização e concentração do setor. "São poucas as empresas de grande porte brasileiras e as que existem estão sendo assediadas", diz.

Empresa 100% brasileira está em 28 países

Embora o mercado seja dominado por multinacionais, algumas empresas brasileiras também têm se destacado na área, conseguindo inclusive competir internacionalmente. “Hoje, 40% da nossa receita já vem do exterior. Somos a maior empresa latino-americana de serviços em TI e estamos entre as cinco maiores do mercado nacional”, diz Marco Stefanini, presidente e dono da Stefanini, empresa 100% brasileira, presente em 28 países com 14 mil funcionários.

Após uma série de aquisições no exterior, a companhia foi apontada em 2011 como segunda empresa nacional mais internacionalizada, ficando atrás apenas da JBS-Friboi, segundo ranking da Fundação Dom Cabral.

Formado em geologia, Stefanini entrou na área por acaso, em 1984, e construiu a partir do zero uma empresa que em 2011 anunciou um crescimento de 21%, com faturamento de R$ 1,2 bilhão, volume quatro vezes maior do que o registrado em 2006 (R$ 285 milhões). Para 2012, o grupo prevê crescimento de 35% e a contratação de pelo menos 2,5 mil funcionários, a maioria em território brasileiro.

“Vou ser sincero, não apostei. Era o que tinha na época, mas não vou falar que não gostei", diz o empresário.

Para driblar a falta de mão de obra, a Stefanini tem investido em recrutamento e aberto escritórios em cidades fora dos principais polos econômicos, onde a oferta de vagas na área é menor. Mesmo assim, a empresa passou a adotar a estratégia de abrir escritórios no exterior, para se manter competitiva no mercado internacional, ainda mais diante da valorização do real. Atualmente, as exportações responde apenas por cerca de 5% do faturamento da empresa.

"É comum uma concorrência onde uma empresa avalia vários países da América Latina e opta por serviços do México ou da Argentina, e não do Brasil”, diz Stefanini.

Entre os mais de 500 clientes da Stefanini no mundo estão gigantes como Petrobras, Telefónica, Bradesco, Ford, Dell, Motorola, Johnson & Johnson, Pão de Açúcar, Fnac e Compra Fácil. Mas quais são as soluções e serviços oferecidos pelas empresas de TI?

“A gente desenvolve aplicações que as empresas usam como base no seu business, seja na área de back office (programas de gestão interna), logística, e-commerce, internet móvel, certificação de compras, desenvolvimento de um portal ou gerenciamento de infraestrutura e suporte", explica Stefanini.

Recém ingresso na empresa e no mercado de TI, o estagiário Rodrigues atua no suporte da rede de uma companhia aérea. “Trabalho com login de usuário, arrumo ponto de rede, tiro dúvida de funcionários, tenho de resolver um pouco de tudo, só não crio ainda aplicativos. Mas espaço para crescer é o que não falta", acredita.

domingo, 4 de março de 2012


PERSPECTIVA CIBERNÉTICA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (Por Edson Nogueira Paim)


A Perspectiva Cibernética é a percepção da realidade através do ponto de vista cibernético.

A Cibernética, além de ser a ciência específica dos sistemas retroativos (auto-reguláveis), parece bem expressar a idéia de movimento e, portanto, capaz de refletir a concepção dinâmica do Universo, da mesma forma que a Dialética o faz.

Poder-se-ia, de uma maneira simplificada, afirmar que a Cibernética é a ciência da retroação, da retroalimentação, do “feedback”.

A Cibernética engloba a Teoria de Informações, ao mesmo tempo em que, ela própria, é englobada pela Teoria Geral dos Sistemas (TGS), sendo, os atributos destas três ciências, compatíveis e complementares.

A referida tríade, acrescida dos postulados da Ecologia, isto é, da Visão Ecológica, constitui o Pensamento Sistêmico Ecológico Cibernético Informacional ou Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional.

Destarte, a perspectiva cibernética corresponde a um dos quatro pilares principais do construto acima referido.

O Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional foi por nós elaborado, de parceria com Rosalda Paim, para servir de quadro de referência ou base filosófica para a Teoria Sistêmica de Enfermagem, construída pela referida autora, no bojo de Tese de Livre-Docente, defendida em 1974, na PUC-RIO, rebatizada como Teoria Sistêmica Ecológica de Enfermagem e, atualmente, intitulada Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem.

No decurso de sua elaboração, verificou-se que o Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional constituia um quadro de referência de maior amplitude e abrangência que o constante da proposta inicial e, assim, poderia ser capaz de servir de quadro de refência para os mais variados campos de estudo.

Nesta oportunidade, por razões didáticas, trataremos, apenas, da aplicação de um dos quatro pilares do Sistemismo Ecológico Cibernético no campo da administração, particularmente no da administração pública federal.

Cono nos referimos, acima, a Perspectiva Cibernética é a percepção da realidade através do prisma cibernético.

Todos os mecanismos de regulação e controle de um sistema estão afetos ao campo da Cibernética.

Os mecanismos cibernéticos de regulação e controle, de qualquer sistema, são baseados na utilização do dispositivo de "feedback" negativo.

A ciência da administração, quando visualizada pelo prisma da cibernética (Perspectiva Cibernética) e operacionalizada com ênfase nos seus cânones, constitui a administração cibernética.

A administração cibernética enfatiza o emprego do dispositivo de "feedback" em todos os seus processos administrativos.

O administrador cibernético pensa, fala e age ciberneticamente.

Vários órgãos da administração pública federal do país são integrantes do seu sistema cibernético de controle, objetivando avaliar e, em consequência, introduzir imediatos reajustes ou correções em todos os atos e fatos administrativos, a fim de assegurar a eficiência e a eficácia da totalidade dos seus processos e, assim, atingir os propósitos ou telos da sociedade.

As correções, reajustes ou aplicação dos dispositivos de "feedback negativo" deverão ser efetivados com instantaneidade, baseados na avaliação dos erros detetados nos processos e subprocessos e, em função dos objetivos ou propósitos do sistema.

Para ler mais sobre o tema, acesse o blog intitulado Perspectiva Cibernética, um dos integrantes deste Painel.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dólar sobe mais de 1% após medidas do governo (Postado por Lucas Pinheiro)

O dólar comercial fechou com alta superior a 1% nesta sexta-feira (2), em mais um dia que contou com intervenção dupla do Banco Central no mercado de câmbio e um dia após o governo anunciar duas medidas para frear a valorização da moeda brasileira.

A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,7326 para venda, alta de 1,2% ante o real.

Na véspera, o governo decidiu aumentar de dois para até três anos o prazo de incidência da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras de (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 1º de março de 2012. Ainda assim, o dólar fechou em queda de 0,47% na quinta-feira, cotado a R$ 1,7120 para venda.

Na noite de quinta, a diretoria colegiada do BC se reuniu de forma extraordinária e, em mais uma tentativa de conter o ingresso de dólares na economia brasileira, decidiu que os exportadores que desejarem receber antecipadamente por suas vendas externas deverão enviar o produto ao exterior em até 360 dias. Até então, não havia prazo formal para o envio.

Numa semana em que oscilou entre altas e baixas, o dólar encerrou o período com valorização acumulada de 1,54%. No ano, contudo – e a despeito de todas a medidas do BC – a moeda dos Estados Unidos ainda recua 7,27% frente ao real.

As operações locais também repercutiram o salto da moeda norte-americana no exterior, em meio a constantes preocupações com a crise de dívida da zona do euro.

quinta-feira, 1 de março de 2012


Dilma: ‘tsunami monetário’ dos ricos é ‘perverso (Josias de Souza)





Dilma Rousseff discursou para uma plateia de empresários da construção civil e da indústria pesada, no Planalto. Criticou o modo com os países ricos lidam com a crise internacional. De um lado, “rigidez fiscal” que sufoca os investimentos. De outro, uma “política monetária absolutamente inconsequente”.
O resultado, disse Dilma, é o “tsunami monetário” que despeja “4,7 trilhões de euros no mundo.” Sem mencionar as nações que critica, a presidente tachou de “perversas” as práticas. Por quê? “Impicam na canibalização dos mercados dos países emergentes” como o Brasil.
Defendeu a adoção de medidas defensivas. O discurso de Dilma soou no dia em que governotaxou em 6% os empréstimos contraídos no exterior com prazos inferiores a três anos. A alíquota começou a vigorar neste 1º de março.

Governo estende incidência de IOF sobre captação externa (Postado por Lucas Pinheiro)

O governo decidiu aumentar de dois para até três anos o prazo de incidência da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras de (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 1º de março de 2012. A taxa foi mantida em 6%, de acordo com o Ministério da Fazenda. A alteração foi restrita ao prazo. O decreto que estabelece o aumento foi publicado na edição do "Diário Oficial da União" desta quinta-feira (1º).

A decisão do Ministério da Fazenda vale para ingresso de recursos no país por meio de empréstimo externo, sujeito a registro no Banco Central, contratado de forma direta ou mediante emissão de títulos no mercado internacional.

O objetivo da medida é reduzir o ingresso de dólares no país e evitar uma valorização excessiva do real. Essa é a terceira vez que o governo altera as regras da incidência do IOF sobre esse tipo de operação. Em abril de 2011, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o aumento do prazo para empréstimos no exterior com alíquota maior do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 6%, de um ano para dois anos.

Porém, o IOF já havia subido, no fim de março, para empréstimos de até um ano. Antes destas alterações, o IOF era de 5,38% para operações de até 90 dias e zero para contratações com prazo superior a três meses, segundo informações da Receita Federal.

Em abril do ano passado, na divulgação das novas medidas, Mantega disse: "Eu quero anunciar uma medida cambial cujo objetivo é reduzir o ingresso de dólares no país e evitar uma valorização excessiva do real. Estamos ampliando a cobrança do IOF de 6% para tomada de crédito no exterior por parte de bancos e empresas brasileiras que tomarem esse crédito por um prazo inferior a dois anos. É para desencorajar a tomada de crédito no exterior para prazos mais curtos".

Outras medidas
Em julho do ano passado, o governo, por meio de uma Medida Provisória, permitiu a taxação em até 25% das operações feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no Brasil com instrumentos financeiros chamados de derivativos financeiros.

Com a maior taxação, a tendência era que o volume de dólares que entrasse no país diminuiría, o que reduziria a cotação. Os derivativos cambiais têm grande influência na formação de preços da moeda norte-americana no mercado à vista.

Os derivativos são instrumentos financeiros cujo preço de negociação é baseado no preço futuro de algum outro ativo, como ações, câmbio ou juros. Investidores utilizam esse instrumento em diversas formas no mercado financeiro: uma delas funciona como se fosse um seguro de preço e tem como objetivo proteger o investidor contra variações de taxas, moedas ou preços.

Desvalorização do dólar
Na véspera, o dólar comercial interrompeu a sequência de três quedas e fechou com alta superior a 1% em relação ao real, retomando, com folga, o patamar de R$ 1,70. A valorização veio em linha com a piora nos mercados internacionais e após a firme intervenção do Banco Central no mercado de câmbio para conter a queda da moeda.

A cotação da moeda norte-americana avançou 1,25% no dia, a R$ 1,72 para venda. Esta foi a maior alta diária desde o dia 12 de dezembro, quando a cotação subiu 2,14%, para R$ 1,8445.

Os ganhos desta quarta-feira levaram o dólar a reduzir a queda acumulada em fevereiro. Ainda assim, a moeda fechou o mês com 1,55% de desvalorização.