Tailândia News (Blog N. 572 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta-Voz

Este blog procura enfatizar acontecimentos que comprovam o funcionamento sistêmico da economia mundial, na qual, através de um sistema de "vasos comunicantes", fatos localizados, mas de grande amplitude, afetam o sistema econômico planetário, como um todo e, vice-versa.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

BC baixa para 1,6% previsão de crescimento e estima mais inflação (Postado por Lucas Pinheiro)

 O Banco Central informou nesta quinta-feira (27), por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre, que a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuou de 2,5% para 1,6%.

Essa é a segunda revisão para baixo deste indicador, que acontece em um ano marcado pelos efeitos da crise financeira internacional. No começo do ano, a estimativa de expansão estava em 3,5%. A nova estimativa do BC está abaixo do que acredita o Ministério da Fazenda (2% de expansão) e próxima da previsão do mercado financeiro (+1,57%).

 Se confirmada a nova previsão do BC para este ano, será o valor mais baixo desde 2009, quando a economia brasileira sentiu os efeitos da primeira etapa da crise financeira. Naquele momento, houve uma queda de 0,3% no PIB. Em 2010, porém, o crescimento avançou 7,5% e, em 2011, cresceu 2,7%.

Aceleração nos próximos meses
A autoridade monetária informou ainda que sua expectativa de crescimento tem aceleração nos próximos meses. A estimativa do Banco Central para o crescimento do PIB em doze meses até junho do ano que vem é de 3,3% - acima, portanto, dos 1,6% estimados para este ano.

"A recuperação da atividade econômica doméstica tem se materializado de forma gradual, mas o ritmo de atividade tende a ser mais intenso neste semestre e no próximo ano. Nesse ambiente, a demanda doméstica será impactada pelos efeitos das ações de política recentemente implementadas [reduções de juros], que, de resto, são defasados e cumulativos", informou o BC no relatório de inflação.

Inflação
Ao mesmo tempo em que baixou sua estimativa para o crescimento da economia brasileira neste ano, o Banco Central também elevou sua previsão de inflação. Tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa de inflação da autoridade monetária para 2012 subiu de 4,7% para 5,2% em ambos os cenários (referência e mercado).

O chamado "cenário de referência", segundo a autoridade monetária, pressupõe juros e câmbio estáveis. Neste relatório de inflação, as projeções foram feitas, neste cenário, com juros constantes em R$ 7,5% ao ano (atual taxa básica de juros) e com câmbio inalterado em R$ 2,05 por dólar em todo horizonte da projeção. Já no cenário de mercado, as estimativas foram feitas com base na taxa de juros, e de câmbio, previstas pelos economistas dos bancos para o futuro.

Para 2013, a estimativa do Banco Central é de queda na inflação nos dois cenários considerados. No cenário de referência, a previsão para o IPCA de 2012 é de 4,9%. Já no cenário de mercado, que considera a hipótese de aumento de juros no decorrer do próximo ano, atingindo 8,25% ao ano no fechamento do ano que vem, a estimativa para a inflação é de 4,8%.

"O Copom avalia que o cenário prospectivo para a inflação, embora para o curto prazo tenha
sido negativamente impactado por choques de oferta associados a eventos climáticos, domésticos e externos, mantém sinais favoráveis em prazos mais longos", informou o BC, no relatório de inflação. Recentemente, o presidente da instituição, Alexandre Tombini, citou o aumento dos preços das "commodities" como fator que pressiona a inflação neste ano.

Decisões sobre a taxa de juros
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2012 e 2013, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% neste ano, visto que, em 2011, a inflação ficou em 6,5% - no teto do sistema de metas.

Os números divulgados nesta quinta-feira pela autoridade monetária confirmam que o BC baixou os juros no mês passado, para 7,5% ao ano (menor patamar da história) mesmo prevendo um crescimento da inflação e subsequente distanciamento da meta central de 4,5% para este ano.

"O Copom ressalta que, no cenário central com que trabalha, a inflação tende a se deslocar na direção da trajetória de metas, de forma não linear", conclui a instituição.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Renda de mulheres cresce 13%, mas equivale a 70% do ganho de homens (Postado por Lucas Pinheiro)

 A renda média das mulheres brasileiras permanece menor que a dos homens, embora essa diferença venha caindo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2009, o ganho médio entre as mulheres equivalia a 67,1% do rendimento dos homens. Em 2011, a proporção subiu para 70,4%.

O rendimento médio mensal das mulheres, que era de R$ 882 em 2009, passou para R$ 997 no ano passado – uma alta de 13%. Entre os homens, no entanto, o rendimento médio cresceu menos, de R$ 1.314 para R$ 1.417 no mesmo período, o equivalente a 7,8%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada nesta sexta-feira (21). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.

“Historicamente, o rendimento das mulheres é inferior ao dos homens, mas as condições de trabalho, que antes eram mais distintas, começam a ficar parecidas, dando mais chances de as diferenças entre os salários diminuírem. Hoje, as mulheres têm menos filhos, passam mais tempo no trabalho, ocupam cargos de chefia. Se cruzarmos os salários de homens de 2004 até 2011, vemos que as curvas convergem”, disse Maria Lúcia Vieira, pesquisadora do IBGE.

De acordo com o instituto, em 2011, 31,4% das mulheres ocupadas recebiam até um salário mínimo por mês (R$ 622). Entre os homens, essa proporção era de 22,1%. No ano passado, somente 0,4 % das mulheres ganhavam acima de 20 salários mínimos (R$ 12.440), enquanto entre os homens a proporção era de 0,9%.

Ela de carro, ele de ônibus
Na casa da professora Maria Euda, essa proporção já se inverteu. Há 15 anos o rendimento dela é o dobro do recebido pelo marido. Ela acumula os salários de professora aposentada do estado e professora ativa do município de Fortaleza (CE), enquanto ele trabalha na vigilância sanitária da prefeitura.

Com isso, ela consegue ter "luxo" que o marido não tem: enquanto Euda vai de carro próprio para o trabalho, ele faz uso de transporte público. "Você ter um carro traz muito custo, gasolina, revisão, seguro... daí ele prefere não ter esse custo a mais", diz Maria Euda.

Na casa de dona Euda, ela é responsável por pagar o carro, além de gastos com saúde e alimentação. "Também compro meus perfumes, vestidos, como toda mulher gosta, e compro presentes quando precisa", diz. O marido de Maria Euda é o responsável pelas contas de luz e energia da residência. Mas ela diz que nunca sentiu mais responsabilidade quanto ao orçamento familiar. "A gente sempre dividiu as responsabilidades e os gastos, e a responsabilidade é igual", conta.

Ocupação
Na passagem de 2009 para 2011, a taxa de desocupação caiu menos para as mulheres (de 11% para 9,1%) do que para os homens (de 6,2% para 4,9%). Quanto ao tipo de ocupação, do total de 39,41 milhões de trabalhadoras no ano passado, 15,6% eram domésticas. Em 2009, esse percentual era um pouco maior, de 17%.

Os dados da pesquisa indicam também que, além da jornada no mercado de trabalho, homens e mulheres estão se ocupando menos de tarefas domésticas. Em 2011, 89,4% das mulheres ocupadas tinhas afazeres domésticos depois do trabalho. Em 2009, essa fatia era de 90,2%. Já entre os homens, a proporção é diferente. Apenas 47% se ocupavam dessas atividades dentro de casa, contra 49,8% dois anos atrás.

 Em relação à jornada de trabalho, os homens trabalham mais horas. Entre os que trabalham de 49 horas ou mais por semana, 19,5% são homens e 11% são mulheres.

Rendimento total
Em 2011, o rendimento médio mensal de todos os trabalhadores ocupados foi estimado em R$ 1.345, representando um incremento de 8,3% em relação ao verificado em 2009 (R$ 1.242).

Entre as faixas de remuneração, a pesquisa mostra que o rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas entre os 10% com rendimentos mais baixos foi de R$ 144,00 em 2009, tendo subido para R$ 186,00, em 2011. Entre os 1% com os rendimentos de todos os trabalhos mais elevados, o valor médio passou de R$ 15.437 em 2009 para R$ 16.121 em 2011.

Números gerais
Em 2011, havia 92,5 milhões de trabalhadores no país, um aumento de 1 milhão de pessoas em relação a 2009 (1,1%). Na região Sudeste, que registrou alta de 1,6% da população ocupada, estavam concentrados 43% dos trabalhadores do país. Entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, a que apresentou a maior alta foi a Norte, com avanço de 3,7%.

Quanto à regularização, a quantidade de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado foi estimado em 33,9 milhões, apontando alta de 3,6 milhões de empregos com carteira em relação a 2009 (11,8%).

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quase 80% dos novos membros da classe média são negros, diz governo (Postado por Lucas Pinheiro)

 Quase 80% dos novos integrantes da classe média são negros, segundo pesquisa da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (20), durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

Estudo da SAE mostra que, nos últimos dez anos, 35 milhões de brasileiros ascenderam à classe média – que já soma mais de 100 milhões de pessoas no Brasil, mais da metade da população brasileira. A expectativa da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República é que a classe média continue crescendo nos próximos anos, chegando a 57% de toda a população brasileira em 2022. Atualmente, ela representa 53% da população do país.

 A Secretaria de Assuntos Estratégicos considera classe média famílias "com baixa probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo", com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês.

Segundo os critérios da secretaria, quem vive com mais de R$ 1.019 por mês pertence à classe alta. A comissão responsável pelos parâmetros reconhece que o valor é baixo, mas afirma que a renda familiar por pessoa de mais da metade da população é inferior a R$ 440 por mês. São consideradas pobres famílias com renda per capita inferior a R$ 291 por mês.

"O crescimento da classe média brasileira foi resultado de um crescimento com redução da desigualdade. Se tivéssemos tido o mesmo crescimento, sem redução das desigualdades, a classe média teria crescido apenas 5 pontos percentuais. Deste modo, dois terços [66%] do avanço da classe média [nos últimos dez anos] se deve à redução das desigualdades", informou o secretário de Assuntos Estratégicos do órgão, Ricardo Paes de Barros.

O secretário disse que também subiu, nos últimos anos, a chamada "classe alta", mas não na mesma intensidade da classe média. "A gente tirou mais pessoas da classe baixa [para a classe média] do que aumentou a classe alta. A classe média continua ascendendo. Parte dela foi promovida à classe alta, e esse processo vai continuar ao longo da próxima década".

 De acordo com o levantamento da SAE, da Presidência da República, a renda per capita da classe alta brasileira é mais de quatro vezes superior à renda da classe média. "Como principal hiato em relação à classe baixa, neste caso, é o diferencial de produtividade, que justifica uma parcela ainda maior: 72%. Em segundo lugar, surge a maior renda não derivada do trabalho da classe alta, que explica 22% da maior renda per capita da classe alta", informou o governo.

Segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos, a classe média trabalha, em média, 41 horas semanais, pouco menos do que a classe alta (42 horas por semana), ambas acima da média nacional de 40 horas por semana. O governo concluiu que a taxa de ocupação da classe média e o grau de formalização são importantes, mas acrescentou que a educação é um "fator decisivo" para explicar a diferença entre a renda das classes média e alta.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Bancários marcam greve por tempo indeterminado para esta terça (Postado por Lucas Pinheiro)

 Os bancários entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (18), segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A intenção dos bancários é fechar as agências, mas caixas eletrônicos e bancos pela internet devem continuar funcionando.

Apesar da paralisação, o consumidor  não fica dispensado de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança. No entanto, para isso, a empresa credora ou concessionária de serviço deve oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam feitos, conforme alertou a Fundação Procon-SP.

A recomendação do Procon é que o consumidor entre em contato com a empresa e peça essas opções de forma de pagamento, como por internet, sede da empresa, casas lotéricas ou código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos.

De acordo com o diretor de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, não é possível informar quais cidades ou estados terão as agências fechadas já a partir do horário de abertura. Um balanço da paralisação deve ser divulgado pela confederação no fim da tarde de terça.

Reivindicações
Segundo nota da confederação, entre as reivindicações dos bancários estão o aumento de 10,25% nos salários, uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas "abusivas", melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.

 O objetivo da greve é forçar a negociação, diz Ademir. Segundo ele, os bancos não apresentaram novas propostas de reajustes depois do dia 28 de agosto e por isso os bancários marcaram a greve.

"A greve é um movimento, vai se construindo ao longo do dia. As agências paradas não vão funcionar, mas o cliente não vai ficar desassistido porque poderá ser atendido pelos caixas eletrônicos e bancos pela internet", disse.

Este é o décimo ano seguido que os bancários fazem greve nesta época do ano, quando é realizada a negociação dos reajustes, diz Ademir. As paralisações costumam durar cerca de duas ou três semanas, de acordo com ele.

O que dizem os bancos
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical do sistema financeiro, informou por meio de nota que apresentou uma proposta no dia 28 de agosto. Segundo a federação, a proposta prevê reajuste salarial de 6%, que corrigirá salários, pisos, benefícios e Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O piso salarial para bancários na função de caixa passará para R$ 2.014,38 para jornada de seis horas. Entre outros benefícios, está prevista a 13ª cesta no valor de R$ 359,42.

Nesta segunda, os sindicatos locais definiram como vão organizar as paralisações. A aprovação da greve ocorreu na última quarta (12) por mais de 130 sindicatos representados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), disse a entidade.

A Fenaban disse na nota que "lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve". “Greve é ruim para todo mundo: é ruim para o bancário, é ruim para o banco, é ruim para a população, que já foi muito incomodada pela onda de greves dos funcionários públicos e não merece ser mais incomodada com uma paralisação dos bancários”, disse o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vendas no comércio sobem 1,4% em julho, diz IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

 As vendas no comércio varejista brasileiro seguiram em alta em julho, mostrando avanço de 1,4% na comparação com o mês anterior, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (13). Esse é o segundo resultado positivo seguido. Em relação a julho de 2011, o volume de vendas cresceu 7,1%. Nos primeiros sete meses de 2012, o indicador acumula alta de 8,8% e, em 12 meses, de 7,5%.

Em julho, a receita nominal subiu 1,7%, a quinta alta consecutiva. Na comparação anual, o indicador subiu 10,3%. Já em termos acumulados, a receita tem alta de 11,8%, no ano, e de 11,3%, em 12 meses.

Entre as dez atividades pesquisadas pelo IBGE, oito apresentaram aumento nas vendas, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,7%), seguidos por tecidos, vestuário e calçados (2,4%). Também apontaram taxas positivas as vendas de combustíveis e lubrificantes (1,2%), material de construção (1,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%) e móveis e eletrodomésticos (0,7%), entre outros. As quedas foram vistas nas atividades de livros, jornais, revistas e papelaria (-0,7%) e em veículos e motos, partes e peças (-8,9%).

 Já na comparação anual, aumentou o volume de vendas de todos os ramos, com as maiores altas partindo de veículos e motos, partes e peças (16,4%), móveis e eletrodomésticos (12,5%) e  equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,4%), entre outros. Apesar de não ter apresentado a maior alta, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 5%, foi o responsável pela maior participação no resultado do varejo (33%).

"Mesmo com a principal influência, a atividade apresenta desempenho abaixo da média, em função do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 8,2% no grupo alimentação no domicílio, contra 5,2% da inflação global, segundo o IPCA. Em termos de resultados acumulados, as taxas de variação se estabeleceram em 8,9% para o acumulado dos primeiros sete meses do ano, e em 6,8% no dos últimos 12 meses", explicou o IBGE, em nota.

Por região
O volume de vendas do comércio aumentou em todas as unidades da federação na comparação com julho de 2011. Os maiores avanços foram vistos em Roraima (28,8%), no Acre (17,6%), no Amapá (17,5%), no Mato Grosso do Sul (15,0%) e no Maranhão (12,1%), mas São Paulo exerceu a principal influência, com alta de 8,5%.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Preço médio do metro quadrado sobe 1% em agosto, indica FipeZap (Postado por Lucas Pinheiro)

 O índice FipeZap Composto, que acompanha o preço médio do metro quadrado de apartamentos prontos em seis municípios e no Distrito Federal, teve alta de 1% em agosto – variação idêntica à registrada nos últimos dois meses.

Na média das sete regiões, o valor do metro quadrado anunciado ficou em R$ 6.799 no mês de agosto. O Distrito Federal segue tendo o metro quadrado mais caro entre as cidades pesquisas: R$ 8.284; seguido de perto pelo Rio de Janeiro (R$ 8.260) e com São Paulo (R$ 6.703) na terceira colocação.

Salvador é a que tem o menor preço por metro quadrado entre as cidades pesquisadas, com custo médio de R$ 3.800.

Pelo segundo mês seguido, os moradores de Belo Horizonte viram os preços dos imóveis prontos recuarem. No mês analisado, o valor teve queda de 0,2%, após baixa de 1,2% em julho.

 De acordo com a pesquisa, a alta de 0,2% no preço médio do metro quadrado em Recife e no Distrito Federal veio abaixo do aumento esperado pelo mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – considerado a "inflação oficial" e medido pelo IBGE), de 0,38%, segundo o boletim Focus do Banco Central.

São Paulo e Fortaleza, em contrapartida, tiveram a maior variação no mês de período, ambas com alta de 1,4%. No Rio de Janeiro, a valorização foi de 1,2%.

Em doze meses, o aumento acumulado nas sete regiões é de 16,3%, valor menor que os 17,1% registrados no mês anterior.

O Índice FipeZap é desenvolvido e calculado pela Fipe. O preço médio do metro quadrado é apurado com base em anúncios de apartamentos prontos da internet.

Zuckerberg diz que não venderá ações do Facebook nos próximos 12 meses (Postado por Lucas Pinheiro)

O executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, não venderá ações da rede social nos próximos 12 meses, revelou nesta terça-feira (4) a empresa em um documento apresentado perante a Comissão do Bolsa de Valores dos Estados Unidos.

 Ao fim da sessão no mercado Nasdaq, os títulos da empresa de Zuckerberg perdiam 1,82% até US$ 17,73, o número de fechamento mais baixo desde sua controvertida saída à bolsa por US$ 38 no último dia 18 de maio com uma esperada oferta pública de venda de ações (OPV) com a qual arrecadou US$ 16 bilhões.

A decisão de Zuckerberg tem como objetivo reduzir a quantidade de ações disponíveis no mercado e se soma ao anúncio de dois de seus diretores, Marc Andreessen e Donald Graham, que só venderão as ações necessárias para pagar impostos.

No mês passado, Peter Thiel, um dos primeiros investidores do Facebook, e um de seus cofundadores Dustin Moskovitz venderam parte de suas participações na empresa.

Além disso, a rede social explicou seus planos para recomprar 101 milhões de ações, cerca de 4% das ações disponíveis, e que poderiam ser postas à venda à medida que seguem expirando os prazos de restrição para seus atuais empregados.

De acordo com os preços atuais, o Facebook gastaria cerca de US$ 1,9 bilhão para manter estas ações fora do mercado.

As ações do Facebook chegaram a tocar nesta terça-feira um novo mínimo histórico de US$ 17,55 cada uma.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fenabrave confirma recorde histórico em vendas de carros em agosto (Postado por Lucas Pinheiro)

 A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) confirmou nesta terça-feira (4) que as vendas de veículos (inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) tiveram o melhor mês da história da indústria automobilística. A marca recorde totalizou 420.101 unidades e representa aumento de 15,3% sobre julho (364.201 unidades) e de 28,3% em relação a agosto do ano passado, com 327.360.

O novo patamar de vendas já havia sido adiantado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta (31), e só foi atingido por causa do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) determinado pelo governo em 21 de maio passado e, agora, adiado até o fim de outubro. A medida foi tomada para manter a retomada do consumo e dos investimentos por parte das montadoras e fornecedores de autopeças. A Fiat também havia antecipado o volume recorde para o mercado brasileiro.

"Foi um mês surpreendente. Quando desonera o consumo, o mercado reage", afirma o presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti.

A influência do desconto é nítida ao observar o crescimento do mês por segmento. O de automóveis e comerciais leves (SUVs, picapes etc.) somam 405.518 emplacamentos em agosto, alta de 15,4% sobre julho. Dessa forma, agosto encerra como o melhor mês de todos os tempos em vendas no segmento. O segundo lugar ficou com dezembro de 2010, segundo a Fenabrave, quando foram emplacados 361.197 carros.

Já o de caminhões teve alta de 5,9% e soma 11.360 unidades. O de ônibus apresentou alta de 54,8% sobre o mês anterior, com 3.223 unidades.

 2,5 milhões de veículos no acumulado
De janeiro a agosto, o setor soma 2.501.116 veículos vendidos, aumento de 5,5% sobre 2011. Por segmento, o de automóveis e comerciais leves soma 2.389.252 unidades — aumento de 6,97% sobre o mesmo período do ano passado. O que é justificado pelo incentivo ao consumo, o que inclui, além do desconto do IPI, o aumento do estímulo de crédito no sistema financeiro, mesmo com patamar de inadimplência alto para o setor.

Em sentido oposto, o segmento de caminhões passa por dificuldades, com queda de 20,1% no acumulado, de 114.768 unidades para 91.623 unidades. O segmento tem comportamento totalmente ligado ao reflexo da economia do país, que apresentou crescimento do PIB abaixo do esperado nos últimos meses. Além disso, no ano passado, boa parte das vendas de veículos pesados previstas para este ano foi antecipada em 2011, para evitar gastos adicionais com produtos mais caros. Isso porque, a partir deste ano, entrou em vigor a nova exigência ambiental compatível ao Euro 5. Para atender a exigência, os caminhões ganharam novas tecnologias, porém elas encareceram os produtos.

O segmento de ônibus, muito suscetível à sazonalidade, teve queda de 9,3% no acumulado, de 22.320 unidades no ano passado para 20.241 de janeiro a agosto deste ano.

Gol mantém a liderança
O compacto Volkswagen Gol (inclui G4 e G5) continua a ser o modelo mais procurado no Brasil. Somente em agosto, foram 32.633 unidades do modelo comercializadas, contra 30.373 do Fiat Uno (inclui o Mille). Nas vendas acumuladas de janeiro a agosto, o Gol soma 188.592 unidades, contra as 177.349 do Uno. O terceiro lugar é do Fiat Palio, com 117.100 unidades.

Ranking das montadoras
No segmento de automóveis e comerciais leves, a Fiat liderou o mês de agosto com 98.212 unidades vendidas e 24,22% do mercado brasileiro. Volkswagen fica em segundo lugar, com 88.764 carros (21,89%). Em seguida vem a General Motors, com 75.864 unidades (18 71%), seguida da Ford (7,66%), Renault (6,88%), Honda (4,21%), Toyota (2,5%), Nissan (2,48%), Peugeot (2,15%) e Hyundai (2,13%).

No acumulado de janeiro a agosto, o quadro muda um pouco: Nissan está à frente da Toyota e Hyundai, da Peugeot. Assim, o ranking fica com a liderança da Fiat, com 544.069 unidades emplacadas e 22,77% de participação no mercado brasileiro, seguida de Volkswagen (21,07%), GM (17,81%), Ford (9,01%), Renault (6,75%), Honda (3,69%), Nissan (3,35%), Toyota (2,73%), Hyundai (2,5%) e Peugeot (2,09%).

Motocicletas
As vendas de motos, contadas em separado, chegaram a 140.641 unidades em agosto. Houve alta de 1,56% sobre o mês anterior, porém queda de 22,4% na comparação com agosto de 2011. No acumulado do ano, 1.127.736 motos foram emplacadas, baixa de 10,4% sobre o mesmo período do ano passado, com 1.259.754 unidades.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mercado reduz projeção do PIB para 1,64% em 2012 (Postado por Lucas Pinheiro)

 O mercado financeiro aumentou pela oitava vez seguida a projeção para a inflação neste ano, para 5,20%, ante 5,19% na semana anterior, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira (3).

Nesta semana, também foi reduzida a perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), para 1,64%, ante 1,73% anteriormente. Para 2013, a projeção do PIB foi mantida em 4% de crescimento. Na sexta-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 0,4% no segundo trimestre deste ano.

A projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) afasta-se da projeção do centro da meta oficial do Banco Central, que é de 4,50%. A perspectiva no Focus relativa ao próximo ano foi elevada para 5,51%, ante 5,50% na semana anterior.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, acelerou o passo em agosto para uma alta de 0,39%, ante avanço de 0,33% em julho, um pouco acima do esperado pelo mercado.

Apesar disso, o BC tem reiterado que, mesmo com maior pressão inflacionária, o crescimento econômico vai ocorrer com os preços sob controle.

A pesquisa Focus desta segunda-feira indicou também que o mercado manteve a previsão de que o dólar encerrará este ano a R$ 2.

Selic
O mercado manteve a projeção de que a Selic encerrará este ano a 7,25% após o Banco Central reduzir a taxa básica de juros pela nona vez seguida na semana passada.

A projeção para a produção industrial também se deteriorou no Focus nesta semana. A mediana agora projeta queda de 1,78% nessa atividade em 2012, ante contração de 1,55% prevista na semana passada. É a décima quarta revisão consecutiva para baixo. Para 2013, os analistas continuam a projetar expansão de 4,5%.

Na sexta-feira, o IBGE informou que a indústria teve contração de 2,5%, no segundo trimestre, ante o primeiro, e de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

*Com informações da Reuters