Tailândia News (Blog N. 572 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta-Voz

Este blog procura enfatizar acontecimentos que comprovam o funcionamento sistêmico da economia mundial, na qual, através de um sistema de "vasos comunicantes", fatos localizados, mas de grande amplitude, afetam o sistema econômico planetário, como um todo e, vice-versa.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mercado prevê fim do ciclo de corte de juros nesta semana e PIB menor (Postado por Lucas Pinheiro)

Os economistas do mercado financeiro mantiveram, na semana passada, a expectativa de que o ciclo de corte de juros, iniciado pelo Banco Central em agosto do ano passado, será interrompido nesta semana, quando acontece a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da autoridade monetária de 2012.

 A previsão do mercado é que os juros continuem no atual patamar de 7,25% ao ano – mínina histórica. Ao todo, o BC baixou os juros em 10 reuniões seguidas do Copom. A estimativa dos analistas das instituições financeiras divulgada nesta segunda-feira (26), foi captada pelo próprio BC, por meio de pesquisa realizada com mais de 100 bancos, que dá origem ao relatório de mercado, também conhecido por Focus.

A percepção do mercado de que os juros seriam mantidos no Copom deste mês se deve à uma indicação do Banco Central. Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária, realizada em outubro, o BC informou que o cenário ainda comportava um "último" corte nos juros – sugerindo que novas reduções não aconteceriam.

A decisão sobre o nível da taxa de juros será conhecida na próxima quarta-feira (28), após as 18h, ao fim do encontro do último Copom deste ano. A previsão dos analistas é que os juros continuarão estáveis no atual patamar de 7,25% ao ano, pelo menos, até o final de 2013.

Inflação
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Para a inflação, a expectativa do mercado financeiro, coletada na pesquisa Focus, passou de 5,45% para 5,43% para 2012. Para 2013, entretanto, a estimativa dos analistas dos bancos para a inflação avançou de 5,39% para 5,40%. Ao definir os juros no encontro do Copom desta semana, os diretores e presidente do BC já estão olhando para o cenário de inflação de 2013 e 2014.

Produto Interno Bruto
Já a estimativa do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e de 2013 recuou pela segunda semana consecutiva.

Para 2012, a previsão de alta do PIB caiu de 1,52% para 1,50% na última semana. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da economia recuou de 3,96% para 3,94%.

Com isso, o mercado dá sinais, novamente, de que não acredita na estimativa do Ministério da Fazenda, de que o PIB vá crescer mais de 4% em 2013.

Se confirmado, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de alta de 1,5%, será o pior desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. Naquela ocasião, o PIB registrou retração de 0,3%.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2012 ficou estável em R$ 2,03 por dólar. Para o fechamento de 2013, a estimativa continuou em R$ 2,02 por dólar.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2012 subiu de US$ 19,20 bilhões para US$ 19,60 bilhões na semana passada. Para 2013, a previsão do mercado para o saldo positivo da balança comercial brasileira permaneceu inalterada em US$ 15,52 bilhões.

Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2013, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros recuou de US$ 60 bilhões para US$ 59 bilhões na última semana.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dólar opera em alta e atinge R$ 2,10 nesta sexta-feira (Postado por Lucas Pinheiro)

 O dólar já iniciou os negócios desta sexta-feira (23) rompendo a barreira dos R$ 2,10, com o mercado testando a disposição do Banco Central em atuar para evitar uma desvalorização ainda maior da moeda brasileira. O movimento acontece um dia depois de o presidente da instituição, Alexandre Tombini, afirmar que não existe banda cambial e que o BC não defende nenhum nível para a taxa de câmbio.

Perto das 10h30, o dólar comercial subia 0,36%, para R$ 2,106 na venda.

A moeda beira a máxima de fechamento em cerca de três anos e meio, que é de R$ 2,109, valor registrado no dia 15 de maio de 2009

 A expectativa agora gira em torno de uma intervenção iminente da autoridade monetária.

Entre as opções, o BC pode adiantar os vencimentos de US$ 3,14 bilhões de contratos de swap cambial reverso - que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro - que vencem no início de dezembro. Para isso, bastaria a autoridade monetária ofertar, em mesmo vencimento e montante, contratos de swap cambial tradicional - que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.

"Hoje e segunda-feira teremos uma briga no mercado para ver como o BC fica com esses R$ 2,10", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira, acrescentando que a autoridade monetária poderá fazer uma pesquisa informal com os negociadores ainda nesta sexta-feira para conferir se há escassez de liquidez no mercado.

"O dólar subiu um pouco no vazio porque o mercado ainda não está muito robusto", afirmou Ferreira, lembrando que os volumes devem ser menores devido ao final de semana do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,16%, cotada a R$ 2,0985 para a venda.

Se o BC não atuar nesta sexta-feira para devolver o dólar para abaixo de R$ 2,10, o mercado deve interpretar como um sinal de que, de fato, a banda cambial mudou e o BC estaria tolerando um dólar mais caro.

Nesse sentido, as atenções hoje se voltam para comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se reúne com representantes da indústria e pode fazer novas declarações sobre o rumo que o câmbio tem tomado no Brasil.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Mercado baixa previsão para PIB e inflação em 2012 e 2013 (Postado por Lucas Pinheiro)

Os economistas do mercado financeiro baixaram, na semana passada, sua estimativa para o crescimento da economia brasileira neste ano e em 2013, assim como também reduziram as estimativas de inflação para ambos os anos, segundo o relatório de mercado, também conhecido como Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (19). O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

 Para a inflação, a expectativa do mercado financeiro, coletada na pesquisa Focus passou de 5,46% para 5,45% para 2012. Para 2013, a estimativa dos analistas dos bancos para a inflação recuou de 5,40% para 5,39%.

Produto Interno Bruto
Já a estimativa do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano caiu de 1,54% para 1,52% na última semana. Para 2013, a previsão dos analistas do mercado recuou de 4% para 3,96%.

Com isso, o mercado dá sinais, novamente, de que não acredita na estimativa do Ministério da Fazenda, de que o PIB vá crescer mais de 4% em 2013.

Se confirmado, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será o pior desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. Naquela ocasião, o PIB registrou retração de 0,3%.

Taxa de juros
O mercado financeiro manteve, na semana passada, a perspectiva de que a taxa básica de juros da economia brasileira, atualmente em 7,25% ao ano (mínima histórica), permaneça neste patamar, pelo menos, até o final de 2013.

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2012 subiu de R$ 2,02 para R$ 2,03 por dólar. Para o fechamento de 2013, a estimativa avançou de R$ 2,01 para R$ 2,02 por dólar.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2012 subiu de US$ 18,90 bilhões para US$ 19,20 bilhões na semana passada. Para 2013, a previsão do mercado para o saldo positivo da balança comercial brasileira avançou de US$ 15.43 bilhões para US$ 15,52 bilhões.

Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2013, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros permaneceu estável também em US$ 60 bilhões na última semana.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Empreendedores contam como viraram empresários antes dos 25 (Postado por Lucas Pinheiro)





 Amanda de Liz Pfaffenzeller, de 23 anos, tornou-se proprietária de uma franquia de escolas de idiomas há cerca de três meses. Aos 21 anos, o engenheiro Millor Machado, hoje com 25, criou com outros dois sócios da faculdade (ambos de 23, à época) uma rede social para micro e pequenas empresas que atualmente reúne mais de 21 mil integrantes. Desde julho, Guilherme Luiz Costa, de 24 anos, investiu R$ 25 mil em uma franquia de manutenção de computadores e espera retorno em até um ano.

Os três empresários fazem parte de uma parcela em queda no país, de acordo com dados apurados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae): a de jovens que optam por ter um negócio próprio logo no início da carreira.

O motivo principal da redução do número de jovens empreendedores é o aquecimento do mercado de trabalho, somado ao envelhecimento da população, dizem especialistas, o que torna empresários como Amanda, Millor e Guilherme integrantes de um grupo “disposto a correr riscos, a construir o próprio futuro”, em vez de optar por ser assalariado, na avaliação do consultor Renato Fonseca, do Sebrae em São Paulo.

"A proporção de jovens vem caindo no total de empreendedores, tanto em termos de tendência estrutural, quanto no último ano”, diz Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Sebrae. Segundo ele, a tendência pode ser explicada por motivos como o envelhecimento da população brasileira e o aquecimento do mercado de trabalho no país – afinal, quando há grande oferta de emprego, a tendência é as pessoas pensarem menos em abrir o próprio negócio.


 Não é o que aconteceu com Millor, por exemplo, que nunca trabalhou como funcionário e revela que não pensou duas vezes em criar a rede Empreendemia após receber um conselho de peso. “Meu pai falou, ‘aproveita que a hora é agora que você é novo’”, diz, acrescentando que o pai já havia quebrado duas empresas no passado.

Formado em engenharia em Campinas, no interior de São Paulo, o empreendedor criou com os dois colegas da universidade uma rede social na internet que reúne micro e pequenas empresas para que elas troquem informações entre si. O lucro vem de anúncios. “Grande empresas querem divulgar produtos para o mercado de PME”, explica.

O capital inicial foi ínfimo. Um dos sócios criou o site sozinho e o trio gastava cerca de R$ 120 mensais com serviços de contabilidade - o que fez que o investimento total no primeiro ano de operação, 2009, atingir R$ 2 mil.

Naquele ano, o faturamento também não foi lá aquelas coisas: R$ 440. Em 2010, contudo, chegou a R$ 60 mil, valor que mais do que dobrou em 2011, para R$ 130 mil. A expectativa para este ano é atingir R$ 250 mil. Para isso, a empresa lançou um novo produto no mercado, um kit de gestão online. Millor diz que não pensa em ter a experiência de assalariado. “Quero transformar essa empresa numa grande empresa”, afirma.

 Números de jovens empreendedores
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, apurados pelo Sebrae, apontam que caiu nos últimos dez anos a parcela tanto de jovens empregadores como trabalhadores por conta própria no país. Em 2001, cerca de 19% das pessoas que trabalhavam por conta própria tinham entre 18 e 29 anos, proporção que caiu para 15% em 2011 (2,9 milhões do total de 19,6 milhões no ano passado). No grupo dos empregadores, em 2001, 13% tinha entre 18 e 29 anos, proporção que caiu para 11% em 2011 (348 mil dos 3,2 milhões).

Além disso, a proporção de jovens empreendedores entre as pessoas da mesma idade voltou a cair no último ano. Caiu, também, com relação à média, após apresentar estabilidade em 2010, de acordo com dados da pesquisa Global Entrepreneuriship Monitor (GEM). Em 2011, a taxa de empreendedorismo entre aqueles de 18 a 24 anos era de 12,8%. Em 2010, estava em 17,4%. A média geral, por sua vez, foi de 14,9% em 2011 (superior a dos jovens) e de 17,5% em 2010 (equivalente a dos jovens).

O percentual diz respeito à Taxa de Empreendedorismo em Estágio Inicial (TEA), que representa a parcela de pessoas que realizou, nos últimos 12 meses, ação para ter um negócio próprio ou tem negócio próprio com até 3,5 anos de operação. A pesquisa anual, realizada no Brasil pelo Sebrae, foi feita em 2011 em 54 países.

 Responsabilidade
“Ter o próprio negócio não é fácil, muita gente ainda tem aquela visão romântica das coisas, o que nada tem a ver com o dia a dia. O trabalho na verdade só aumenta e a responsabilidade também”, sugere o jovem empresário Guilherme.

Em julho deste ano ele investiu R$ 25 mil em uma unidade da franquia Sr. Computador, especializada em reparos e manutenção de computadores e venda de produtos da área de tecnologia. “Esse investimento foi fruto de economias (...). Tenho certeza que, completando o ciclo de oito meses a um ano, já consigo ter o retorno”, calcula. Ele, ao contrário de Millor, afirma que já trabalhou como funcionário da área de TI, mas o objetivo sempre foi ter o negócio próprio.

Lacuna
Uma pesquisa realizada pela organização Endeavor mostra que há uma lacuna entre os universitários que gostariam de ser empreendedores e aqueles que fazem algo para concretizar o desejo.

O empreendedorismo é apontado como opção de carreira por 60% dos estudantes, mas apenas 38,1% afirmaram que dedicam algum tempo estudando como iniciar um novo projeto e somente 24,4% economizam dinheiro para o fim. O levantamento, divulgado em outubro, ouviu 6.215 universitários de todas as regiões do país.

“Notamos, em nosso dia a dia, uma crença, ainda que decrescente, de que empreendedores são nascidos, não criados. Ou seja, que não há como se preparar para empreender”, ressalta Amisha Miller, gerente de pesquisa e políticas públicas da Endeavor.

Na avaliação da especialista, por mais que muitas universidades ofereçam cursos de empreendedorismo, muitas vezes eles não chegam até as pessoas que querem empreender.

“Esses fatores colaboram para a pouca preparação dos universitários e, consequentemente, no nível de confiança em questões mais técnicas, ligadas diretamente à abertura de um negócio”, diz, citando que apenas 34,4% dos entrevistados disseram se sentir confiantes ao estimar o valor de capital inicial e de giro para abrir um negócio.

Em busca da independência
Para a gerente do Endeavor, a explicação para que jovens invistam no próprio negócio, mesmo sabendo das dificuldades, não é muito diferente da dos mais experientes. “Em primeiro lugar, o universitário busca independência”, diz, citando a resposta de 76,7% dos entrevistados. “Independência, em nossa pesquisa, quer dizer ‘liberdade pessoal, autonomia, ser seu próprio patrão, etc’”. De acordo com o estudo, o jovem também busca, contudo, recompensas financeiras (66%), segurança (56%) e recompensas pessoais (55%).

Amanda, por exemplo, revela que abrir o próprio negócio foi a opção para iniciar cedo uma carreira. Ela morou fora dos 17 aos 21 anos e, por isso, concluiu apenas o ensino médio. “Cursava moda, mas tranquei a faculdade para me dedicar exclusivamente ao meu próprio negócio”, afirma. “Acho tarde começar uma faculdade agora e somente depois de quatro anos, quando eu terminar o curso, fazer uma carreira”, diz.

Com ajuda financeira dos pais, ela abriu uma franquia da escola de idiomas InFlux English School em Indaiatuba, no interior de São Paulo. Antes, trabalhou por um ano como funcionária em uma unidade da rede em Curitiba, onde morava, para ter certeza da escolha. “O investimento foi de R$ 140 mil e já estamos quase no ponto de equilíbrio. Esperamos ter retorno até fevereiro”, revela a jovem, que administra o negócio e tem a mãe como responsável pela parte pedagógica.

A mudança para São Paulo foi justamente porque a marca está se fortalecendo mais no estado, diz. "Eu tenho bastante conhecimento do funcionamento da escola e a minha mãe, experiência pedagógica. Então, algumas decisões peço ajuda para ela, mas sou eu que tomo as decisões. O que podemos investir ou não", revela.

Tecnologia
O investimento em áreas relacionadas com tecnologia, como o de Millor e Guilherme, aliás, é uma das características dos jovens porque, de acordo com Santos, do Sebrae, eles têm mais facilidade para lidar com novidades do mundo tecnológico. “Eles são mais abertos a captar e distribuir dados, dominam tecnologias”, avalia.

 Fonseca, do Sebrae-SP acrescenta que franquias (caso de Amanda e Guilherme) são comuns pelo baixo investimento inicial, principalmente as chamadas microfranquias (de até R$ 50 mil).

“As tecnologias atuais favorecem as montagens de negócios. Isso é um fator de apoio (...), até pelo baixo investimento de negócios na internet”, sugere Fonseca. O especialista lembra, contudo, que ter o próprio negócio envolve muita responsabilidade e um pensamento amadurecido. “Ele precisa suprir a falta de experiência, ouvindo ao mais velhos tanto no sucesso quanto no fracasso. Ele precisa aprender sobre gestão, não é só ter a ideia e transformá-la num programa de computador ou em um site legal, é preciso ter compreensão de como lançar no mercado e torna-lo vendável.”

Comércio pelas redes sociais
E é justamente pela praticidade da internet que mais uma jovem brasileira começa a entrar no mundo dos negócios, e bem cedo. Desde agosto, a paulista Pâmela Tainá Cassiano, de apenas 16 anos, vende produtos de beleza em uma lojinha virtual criada por ela mesma em um perfil do Facebook.

A jovem diz que encontrou no comércio pela rede social uma forma prática de garantir um dinheirinho no final do mês sem comprometer o tempo dos estudos.

“Utilizo qualquer tempo vago para cuidar da lojinha, afinal, é dela que tiro meu ‘sustento’”, diz. “No começo, tive dificuldade em conseguir mostrar para meus pais que eu era capaz de estudar e ter meu próprio negócio (...). Faço tudo sozinha, tive apenas a ajuda de meu pai financeiramente para a primeira compra”, afirma.

Pâmela faz curso técnico de administração. O objetivo era “saber se era isso mesmo que ela queria para seu futuro” – e descobriu que é. “Sempre continuarei com meu próprio negócio, pois tenho intenção de crescer cada vez mais e gosto muito de ser empreendedora”, garante - a adolescente já prepara um site para a venda dos produtos e, no futuro, pensa em abrir uma loja física.

Apesar de toda a vontade de empreender, contudo, Fonseca alerta que é preciso ter em mente que o negócio pode, inclusive, não vingar - a taxa de mortalidade das empresas nos primeiros dois anos gira em torno de 27% no país, segundo dados do Sebrae. “É preciso ter um pensamento muito amadurecido. (...). Os jovens estão entendendo que pode não dar certo e ele pode começar de novo, o fracasso de uma empresa não é uma coisa mortificadora, não é o fim de mundo, embora seja muito triste”, avalia.

 A conselheira da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje) em Goiás, Cybelle Bretas, de 29 anos, por exemplo, tem uma empresa em sociedade com as duas irmãs. Com a Cya Produção e Eventos, criada em 2005, quando ela tinha 22 anos, já passou por maus momentos. Em um dos eventos organizados por elas em 2008, o prejuízo foi de meio milhão de reais. A perda foi só no evento e a empresa "vai bem, obrigada", mas Cybelle conta que aprendeu bastante com o erro. “Nos tornamos muito mais profissionais depois do problema que tivemos”, diz. O faturamento no ano passado foi de R$ 1,2 milhão e a perspectiva é crescer 12,5% neste ano.

Para Amanda, que abriu uma franquia aos 23 anos, contudo, mesmo com os desafios, a experiência de ser empreendedor é gratificante. “Eu tenho certeza de uma coisa: quando você trabalha com paixão e brilho nos olhos, não importa a sua idade”, diz.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mercado financeiro já não acredita mais em alta dos juros em 2013 (Postado por Lucas Pinheiro)

 Os economistas do mercado financeiro deixaram de acreditar, na semana passada, que a taxa básica de juros da economia brasileira será elevada em 2013, informou o Banco Central nesta segunda-feira (12), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

A previsão do mercado é de que os juros permaneçam no atual patamar de 7,25% ao ano (mínima histórica) até janeiro de 2014, quando avançariam para 7,75% ao ano. Em março de 2014, os juros subiriam para 8% ao ano e, em abril daquele ano, para 8,25% ao ano, preveem os analistas dos bancos.

 A expectativa anterior do mercado financeiro, coletada na semana retrasada, era de que os juros voltariam a subir em outubro do ano que vem - quando a taxa avançaria para 7,5% ao ano. Em 5 de outubro deste ano, há pouco mais de um mês atrás, a previsão da maior parte dos analistas dos bancos era de que os juros básicos da economia retomariam uma trajetória de crescimento a partir de janeiro do ano que vem, quando subiriam para 7,5% ao ano.

Mudança na percepção do mercado
A mudança na percepção do mercado financeiro sobre o início do ciclo de alta dos juros aconteceu após o BC ter baixado os juros para 7,25% ao ano neste mês, quando parte do mercado acreditava em manutenção da taxa , e ter informado que os juros deveriam permanecer estáveis por um "período suficientemente prolongado" de tempo. A ata do Copom informou, em outubro, que o corte de juros do início deste mês deveria ser o "último".

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Em 2011, o IPCA ficou em 6,50% - no teto do sistema de metas do governo brasileiro. Para este ano, a previsão dos economistas é de que a inflação some 5,45%, novamente acima da meta central de 4,5%. O BC informou recentemente, porém, que o crescimento da inflação neste ano está relacionado com a alta das "commodities" (preços de produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, alimentos e petróleo, por exemplo) e que, por isso, estaria buscando convergência da inflação para a meta "de forma não linear" (em anos subsequentes, e não em 2012).

Inflação
Para a inflação, a expectativa do mercado financeiro, coletada na pesquisa Focus da última semana, divulgada nesta segunda-feira pelo BC, passou de 5,44% para 5,46% para 2012. Na semana anterior, havia registrado a primeira queda em 16 semanas. Para 2013, a estimativa dos analistas dos bancos para a inflação permaneceu estável em 5,40%.

Crescimento do PIB
A estimativa do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, por sua vez, permaneceu estável em 1,54% na última semana. Para 2013, a previsão dos analistas do mercado permaneceu em 4% de expansão.

Se confirmado, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será o pior desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. Naquela ocasião, o PIB registrou retração de 0,3%.

Para a produção industrial, entretanto, a estimativa de crescimento, dos analistas dos bancos, recuou em 2012. Neste ano, a previsão de queda passou de 2,31% para 2,32%. Já em 2013, a expectativa de crescimento recuou de 4,15% para 4,10%.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2012 permaneceu em R$ 2,02 por dólar. Para o fechamento de 2013, a estimativa ficou inalterada em R$ 2,01 por dólar.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2012 subiu de US$ 18,20 bilhões para US$ 18,90 bilhões na semana passada. Para 2013, a previsão do mercado para o saldo positivo da balança comercial brasileira avançou de US$ 15 bilhões para US$ 15,43 bilhões.

Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2013, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros permaneceu estável também em US$ 60 bilhões na última semana.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Emprego na indústria segue em queda em setembro, mostra IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

 O emprego na indústria brasileira recuou em setembro, na comparação com o mês anterior, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa teve baixa de 0,3%, ante queda de 0,1% em agosto.

Em relação a setembro do ano anterior, o emprego industrial caiu 1,9%, o 12º resultado negativo seguido nesse tipo de comparação.

Após três meses de alta, a produção da indústria brasileira registrou queda de 1% em setembro, na comparação com o mês anterior.

 Na mesma base de comparação, o emprego industrial caiu 1,9% em setembro, com o contingente de trabalhadores registrando baixas em 12 dos 14 locais pesquisados, com o principal impacto negativo sobre a média partindo de São Paulo (-3,1%). Também tiveram resultados negativos região Nordeste (-3,4%), Rio Grande do Sul (-3,2%), Pernambuco (-6,3%), Região Norte e Centro-Oeste (-1,2%) e Santa Catarina (-0,9%). Por outro lado, Paraná (1,5%) e Minas Gerais (0,7%).

No índice acumulado nos nove meses de 2012, o emprego industrial permaneceu em queda (-1,4%), com taxas negativas em 12 dos 14 locais e em 14 dos 18 setores investigados. Entre os locais, São Paulo (-3,2%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria, vindo a seguir Região Nordeste (-2,3%), Santa Catarina (-1,4%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Ceará (-2,7%) e Bahia (-2,4%). Na contramão, mostrando alta no emprego, estão Paraná (2,7%) e Minas Gerais (1,0%).

Na análise por setor, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em 13 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de vestuário (-11,6%), calçados e couro (-6,4%), têxtil (-6,4%), meios de transporte (-3,2%), outros produtos da indústria de transformação (-4,2%), madeira (-7,4%), papel e gráfica (-2,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-2,5%). Por outro lado, o principal impacto positivo sobre a média da indústria foi observado no setor de alimentos e bebidas (3,5%).

Salário
Em setembro de 2012, o valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria caiu 2,1% sobre agosto, após avançar 2,1% em agosto último. No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 1,4% em setembro de 2012, o 33º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, mas o menos intenso desde outubro do ano passado (1,1%).

Horas pagas
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria teve baixa de 0,6% na comparação com agosto, após apontar taxas ligeiramente positivas em julho (0,3%) e agosto (0,1%). Na comparação anual, o número de horas pagas caiu 2,6%, a 13ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de análise.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Produção industrial cai em 12 de 14 locais em setembro, mostra IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

 A produção da indústria diminuiu em 12 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de agosto para setembro, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (8). As quedas mais significativas partiram de Goiás (-2,9%), Rio de Janeiro (-2,7%) e Paraná (-2,6%). No mês, considerando todas as capitais, a atividade fabril teve baixa de 1%.

Também mostraram recuos acima da média nacional: Santa Catarina (-2,2%). Espírito Santo (-1,9%), Ceará (-1,6%), Minas Gerais (-1,4%), Amazonas (-1,3%) e São Paulo (-1,2%). Abaixo da média estão Pernambuco (-0,7%), Rio Grande do Sul (-0,4%) e Bahia (-0,1%).

 O único resultado positivo partiu do Pará, que registrou avanço de 2,6%, interrompendo três meses de queda na produção. A Região Nordeste não registrou variação.

Na comparação com setembro do ano passado, a produção industrial nacional recuou 3,8% e também mostrou queda em 12 regiões pesquisadas, com destaque para o Espírito Santo (-11,9%), "pressionado em grande parte pelo comportamento negativo na produção dos setores de metalurgia básica, extrativo e de alimentos e bebidas".

Quedas fortes também partiram do Paraná (-8,9%), de Santa Catarina (-8,3%), do Ceará (-8,2%), do Rio de Janeiro (-7,7%), de Goiás (-7,5%), do Amazonas (-6,8%) e do Rio Grande do Sul (-5,1%). Caiu, mas menos que a média nacional, Pernambuco (-3,5%), São Paulo (-3,0%), Pará (-2,3%) e Região Nordeste (-0,6%).

Na contramão, tiveram altas as produções de Minas Gerais (4,5%) e da Bahia (2,8%).

De janeiro a setembro
No ano, a redução na produção foi registrada em 9 dos 14 locais pesquisados, com destaque para Amazonas (-7,0%), Espírito Santo (-6,8%), Rio de Janeiro (-6,6%) e São Paulo (-5,2%). Santa Catarina (-3,4%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Ceará (-2,1%), Pará (-1,0%) e Paraná (-0,8%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas no fechamento dos nove primeiros meses de 2012. Por outro lado, Goiás (3,6%), Pernambuco (2,9%), Bahia (2,5%), região Nordeste (1,6%) e Minas Gerais (0,1%) registraram os resultados positivos no índice acumulado no ano.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Inflação oficial avança para 0,59% em outubro, mostra IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

 O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a "inflação oficial" do país, por ser usada como base para as metas do governo, acelerou de 0,57% em setembro para 0,59% em outubro, segundo informou, nesta quarta-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro de 2011, a taxa havia ficado em 0,43%.

No ano, o índice acumula alta de 4,38%, taxa inferior a de 5,43% verificada no ano anterior. Já em  12 meses, o índice está em 5,45%, acima dos 5,28% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.

Seguiram exercendo a maior influência sobre o IPCA os preços dos alimentos, que subiram de 1,26% para 1,36%. O grupo foi responsável por 54% do resultado do mês, com impacto de 0,32 ponto percentual. As maiores altas foram vistas nas regiões metropolitanas de Belém (3,05%) e Fortaleza (2,12%) e o menor avanço, em Porto Alegre (0,93%).

 IGP-DI aponta deflação de 0,31% em outubro, diz FGVOs principais destaques, dentro desse grupo, partiram do arroz, cujo preço subiu 9,88%, das carnes (2,04%) e da refeição consumida fora do domicílio (0,70%).

Dos nove grupos que integram o cálculo do IPCA, seis mostraram avaço de preços. Os artigos de vestuário passaram de 0,89% para 1,09% e os artigos de residência, de 0,18% em setembro para 0,37% em outubro.

O grupo transporte também avançou, de - 0,08% para 0,24%; o de saúde e cuidados pessoais (de 0,32% em setembro para 0,48% em outubro) e comunicação (de 0,03% para 0,31%). O grupo de habitação caiu de 0,71% para 0,38% em outubro e despesas pessoais de 0,73% para 0,10%.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 0,71% em outubro, taxa 0,08 ponto percentual acima do resultado de 0,63% de setembro. No ano, o indicador tem alta de 4,85%, contra 4,94% no mesmo período de 2011 e, em 12 meses, de 5,99%. Em outubro de 2011 o INPC ficara em 0,32%.

Na análise regional, o maior índice foi registrado em Belém (1,08%) e o menor, em Curitiba (0,37%).

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Após 16 semanas de alta, mercado baixa previsão de inflação para 2012 (Postado por Lucas Pinheiro)

Após 16 semanas consecutivas de crescimento, o mercado financeiro baixou sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como referência no sistema de metas de inflação do governo federal, de 2012.

 A informação foi divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (5), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Segundo informou o BC, a expectativa do mercado financeiro para o IPCA deste ano passou de 5,45% para 5,44% na semana passada. Para 2013, a estimativa dos analistas dos bancos para a inflação permaneceu estável em 5,40%.

Mesmo com a queda, a estimativa para o IPCA deste ano, e de 2013, ainda estão acima da meta central de inflação - que é de 4,5% para os dois anos. Pelo sistema de metas, porém, a inflação pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que seja formalmente descumprida.

Taxa de juros
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (2,5% a 6,5%). Em 2011, o IPCA ficou em 6,50% - no teto do sistema de metas do governo brasileiro.

Após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros em outubro, para 7,25% ao ano, a menor taxa da história, os economistas dos bancos acreditam que a taxa básica da economia, determinada pelo Banco Central, permanecerá estável neste patamar até o fim deste ano. Em 2013, os analistas preveem alta dos juros. Essa alta, entretanto, deverá ser menor do que o estimado anteriormente, visto que a previsão do mercado para os juros no fim do próximo ano caiu de 7,75% para 7,63% ao ano.

Crescimento do PIB
A estimativa do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, por sua vez, permaneceu estável em 1,54% na última semana. Para 2013, a previsão dos analistas do mercado permaneceu em 4% de expansão.

Se confirmado, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será o pior desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. Naquela ocasião, o PIB registrou retração de 0,3%.

Para a produção industrial, entretanto, a estimativa de crescimento, dos analistas dos bancos, recuou em 2012. Neste ano, a previsão de queda passou de 2,10% para 2,31%. Já em 2013, a expectativa de crescimento permaneceu em 4,15%.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2012 subiu de R$ 2,01 para R$ 2,02 por dólar. Para o fechamento de 2013, a estimativa permaneceu inalterada em R$ 2,01 por dólar.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2012 caiu de US$ 18,45 bilhões para US$ 18,20 bilhões na semana passada. Para 2013, a previsão do mercado para o saldo positivo da balança comercial brasileira permaneceu inalterada em US$ 15 bilhões.

Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil avançou de US$ 59,6 bilhões para US$ 60 bilhões. Para 2013, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros permaneceu estável em US$ 60 bilhões na última semana.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Produção industrial volta a cair em setembro, mostra IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

 Após três meses de alta, a produção da indústria brasileira registrou queda de 1% em setembro, na comparação com o mês anterior, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (1º). Em agosto, a atividade fabril havia crescido 1,7%, após revisão.

Na comparação com setembro do ano passado, a produção da indústria recuou 3,8% - a 13ª taxa negativa seguida nesse tipo de comparação. No acumulado de janeiro a setembro, a queda é de 3,5% e, em 12 meses, a taxa apontou baixa de 3,1% - a mais intensa desde janeiro de 2010.

Dos 27 ramos pesquisados pelo IBGE, 16 recuaram, com destaques para os setores de máquinas e equipamentos (-4,8%), outros produtos químicos (-3,2%), alimentos (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-10,0%) e fumo (-11,7%). Entre os setores que mostraram aumento da produção, estão os de farmacêutica (6,0%) e de outros equipamentos de transporte (4,4%).

Na análise das categorias de uso, na comparação com o mês anterior, foi verificada queda mais acentuada em bens de consumo duráveis (-1,4%) e bens intermediários (-1,1%), seguidos por bens de capital (-0,6%). O setor de bens de consumo semi e não duráveis não teve variação.

Comparação com 2011
Na análise anual, a produção de 19 setores caiu, com destaque para o ramo de alimentos, que recuou 9,7%, pressionado pela queda na produção, principalmente, de açúcar cristal e de sucos concentrados de laranja.

Mostraram outras contribuições negativas as produções dos setores de máquinas e equipamentos (-11,2%), a exemplo do que ocorreu na comparação mensal, de veículos automotores (-7,2%), de máquinas para escritório e equipamentos de informática (-25,9%), de metalurgia básica (-5,7%) e edição, impressão e reprodução de gravações (-6,3%).

Entre os oito setores que aumentaram sua produção estão as indústriais farmacêutica (13,7%), refino de petróleo e produção de álcool (6,3%) e outros equipamentos de transportes (12,1%).

Entre as categorias de uso, o segmento de bens de capital caiu 14,1%, influenciado pelos resultados negativos em todos os seus subsetores. Na sequência, estão os segmentos de bens intermediários (-3,0%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-2,2%).