Tailândia News (Blog N. 572 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta-Voz

Este blog procura enfatizar acontecimentos que comprovam o funcionamento sistêmico da economia mundial, na qual, através de um sistema de "vasos comunicantes", fatos localizados, mas de grande amplitude, afetam o sistema econômico planetário, como um todo e, vice-versa.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Brasil salta para 5º lugar em ranking de atração de investimento externo (Postado por Erick Oliveira)

O Brasil saltou da 15ª posição para a 5ª, de 2009 para 2010, no ranking dos países que mais receberam investimentos estrangeiros, segundo relatório da agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), divulgado nesta terça-feira (26) pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).
De acordo com os dados do World Investment Report 2011, o Brasil recebeu em 2010 um total de US$ 48,4 bilhões em Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE), valor 86,7% maior do que os US$ 25,9 bilhões atraídos em 2009.

O Brasil só ficou atrás de Estados Unidos, China, Hong Kong e Bélgica no ranking dos destinos preferenciais dos fluxos globais de investimento externo no ano passado.
“É a melhor posição já obtida pelo Brasil, que registrou o maior crescimento anual entre os Brics e a quarta maior expansão no mundo em termos de valores absolutos”, afirma Luis Afonso Lima, presidente da Sobeet.
E o Brasil pode subir de posição nos próximos relatórios. Um levantamento feito pela Unctad junto a empresas multinacionais mostra que o Brasil aparece na 4ª posição entre os países mais citados como principal destino dos investimentos previstos até 2013, atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia.

Segundo a Unctad, o fluxo de investimento direto no mundo cresceu 5% em 2010, subindo para US$ 1,244 trilhão na comparação com 2009. Apesar desta ter sido a primeira alta em três anos, o volume segue abaixo dos níveis pré-crise em 15% e é 37% menor do que o registrado em 2007 (US$ 1,971 trilhão). Para a Unctad, apenas no ano de 2013, os fluxos globais devem retornar aos patamares anteriores da crise.
“O investimento global é muito insosso ainda. É lento, gradual, arriscado e diferenciado, baseado em poucos setores da indústria e ligado a lucros reinvestidos, o que não é necessariamente capital novo", avalia o presidente da Sobeet.
Segundo o relatório, o cenário pouco otimista é influenciado pelo agravamento da crise de dívidas soberanas de países da Europa e dos Estados Unidos, bem como o agravamento do sobreaquecimento de economias em desenvolvimento, com impactos sobre a inflação destes países.
EUA lideram ranking
Os Estados Unidos continuaram a liderar, no ano passado, o ranking de atração de investimentos estrangeiros, segundo o relatório. O país recebeu em 2010 US$ 228,2 bilhões, volume 49,3% maior dos que os US$ 152,8 bilhões de 2009.
A China manteve-se em segundo lugar, com o valor total subindo de US$ 95 bilhões para US$ 105,7 bilhões, alta de 11%. Hong Kong, que estava em quarto lugar em 2009, com ingresso de US$ 52 bilhões, assumiu o terceiro lugar, com US$ 68,9 bilhões no ano passado. E a Bélgica, que estava na 17ª posição, com US$ 24 bilhões em 2009, ficou em quarto lugar, recebendo US$ 61,7 bilhões em 2010.

Entre os destaques negativos estão a Europa, com queda de 17,3% nos investimentos diretos recebidos, e Índia, com recuo de 28,8%.
O volume de investimentos estrangeiros diretos recebidos pelo Brasil no ano passado corresponde a 3,9% dos fluxos globais. Em 2009, o país recebeu uma fatia de 2,2% dos fluxos globais. Em 2006, o Brasil era destino de 1,3% do dinheiro externo.
Segundo a Sobeet, entre os fatores que têm contribuído para o país atrair um maior volume de investimento estão o crescimento do mercado interno, sobretudo com o avanço da classe C, e as obras e oportunidades relacionados à realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Países em desenvolvimento superam desenvolvidos pela 1ª vez
Pela primeira vez na história, os fluxos de investimentos estrangeiros para países em desenvolvimento superaram os recursos aplicados em economias desenvolvidas. Dos US$ 1,185 trilhão, 51,3% tiveram como destino economias em desenvolvimento e 48,4%, países desenvolvidos.
A participação da Europa caiu de 34%para 23,7%. Já a da América Latina subiu de 10,5% para 12,8%. A participação da Ásia e Oceania passou de 27,2% para 28,9%, e a da África caiu de 5,3% para 4,4%
"Esta é uma tendência firme e há sinais claros e contundentes de continuidade", afirma Lima. Do ranking dos 20 países que mais atraíram investimentos, metade são países em desenvolvimento.
O relatório mostra também que, em termos de origem, as saídas de investimento das economias em desenvolvimento já respondem por 29% dos fluxos globais. Em 2010, seis economias em desenvolvimento encontravam-se entre as top 20 investidoras. O Brasil, segundo a Unctad, respondeu no ano passado por 0,9% do total global.

“O Brasil teve um crescimento em relação a 2009, mas ainda está aquém de outras economias, como México e países asiáticos”, afirma Lima.

A Unctad prevê, que mantida a atual velocidade de desconcentração dos fluxos de investimento, em 2017 os países em desenvolvimento deverão ultrapassar as economias desenvolvidas.
O relatório mostra ainda o crescimento do uso por empresas transnacionais de operações não equitativas (‘non-equity modes’), atividades comerciais não-acionárias como fabricações por encomenda, serviços terceirizados contratos agrícolas, franchising e licenciamento. Segundo a Unctad, em 2010 essas operações geraram US$ 2 trilhões em vendas, empregaram de 14 a 16 milhões de trabalhadores em países em desenvolvimento e, em algumas indústrias, foram responsáveis por 70 a 80% das exportações mundiais.

Brasil deve ficar com fatia de 4,3% em 2011
O Banco Central divulgou nesta terça-feira que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram no primeiro semestre o volume recorde de US$ 32,47 bilhões, com elevação de 168% frente ao mesmo período do ano passado (US$ 12,09 bilhões). Para 2011 fechado, a previsão do Banco Central é de uma entrada de US$ 55 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, o que, se confirmado, representará novo recorde histórico.
Já a Sobeet prevê que os investimentos estrangeiros irão chegar a US$ 65 bilhões em 2011, uma alta de 34%. Em todo o mundo, a Unctad estima que os fluxos globais totais devam ficar em torno de US$ 1,5 trilhão.
“A participação do Brasil deverá chegar a 4,3%, o que significa que irá praticamente dobrar em 2 anos”, afirma Lima.
A Sobeee faz um alerta sobre a tendência de redução da participação de setores industriais no total de ingressos de investimentos diretos no país. As indústras petroquímica e de extrativismo mineral tem sido praticamente as únicas a receber aportes externos.
"O Brasil, cada vez mais, é visto como um polo não de exportação, mas de consumo de bens e serviços", afirma Lima, destacando que gargalos como burocracia, infraestrutura precária e alta carga tributária permanecem como entraves para um maior fluxo de investimentos externos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

1º semestre tem maior percentual de cheques devolvidos em 2 anos (Postado por Erick Oliveira)

No primeiro semestre deste ano, 1,93% dos cheques em todo o país foram devolvidos por estarem sem fundos, o maior percentual registrado no acumulado dos seis primeiros desde 2009, quando houve 2,30% de devoluções, aponta nesta quarta-feira (20) a Serasa Experian. Em igual período de 2010, o índice foi de 1,87%.
De janeiro a junho deste ano, foram 9,8 milhões de cheques devolvidos e 508,8 milhões de cheques compensados.
Considerado somente o mês de junho, contudo, o percentual de cheques devolvidos foi de 1,93%, menor que os 2% de devoluções de maio, mas maior do que o índice de 1,75% de junho do ano anterior.

Para os economistas da Serasa, o aumento na devolução de cheques sem fundos no primeiro semestre segue os mesmos problemas encontrados em outras formas de pagamento e financiamento, que são a expansão do endividamento do consumidor, a inflação (que reduz os rendimentos familiares), as altas taxas de juros, a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as restrições ao crédito.

Estados e regiõesDe janeiro a junho, Roraima foi o estado com o maior percentual de cheques devolvidos (11,87%). São Paulo foi o estado com menor percentual (1,46%).

Entre as regiões, a Norte registrou o maior percentual de devolução de cheques nos seis primeiros meses de 2011, com 4,07%. Na outra ponta do ranking está a região Sudeste, com 1,58%.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Arrecadação federal soma R$ 465 bilhões no 1º semestre e bate recorde (Postado por Erick Oliveira)

A arrecadação federal – que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties – somou R$ 465,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, informou nesta terça-feira (19) a Secretaria da Receita Federal.
De acordo com o órgão, o valor é recorde para os seis primeiros meses de um ano. Na comparação com o mesmo período de 2010, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de 12,68%. A série histórica da Receita tem início em 1995.
Sobre o primeiro semestre do ano passado, o crescimento da arrecadação foi de R$ 77 bilhões. Isso sem a correção, pela inflação, dos valores arrecadados no ano passado. Este crescimento foi contabilizado com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União.
Mês de junho
Ainda de acordo com dados do Fisco, a arrecadação federal somou R$ 82,7 bilhões em junho deste ano e, com isso, bateu novo recorde histórico para este mês. A série histórica da Receita tem início em 1995.
A Receita Federal informou ainda que este é, pelo menos, o sexto mês consecutivo no qual a arrecadação bate recorde na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Na comparação com junho de 2010, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de expressivos 23%. Com isso, o ritmo de crescimento da arrecadação voltou a se acelerar no mês passado, visto que, em maio, a taxa de expansão foi de 7,18%.
Contribuiu para este forte crescimento da arrecadação em junho do Refis da Crise, que arrecadou R$ 6,7 bilhões no mês passado, contra R$ 775 milhões em maio e R$ 671 milhões em junho de 2010. A Receita Federal lembrou que houve, em junho, consolidação dos débitos das empresas no Refis da Crise - parcelamento aberto pelo governo federal.
Crescimento econômico
O principal fator que explica o crescimento da arrecadação em junho, no acumulado deste ano, é a manutenção do crescimento da economia.
Embora em ritmo menor, visto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5% em 2010, a economia segue crescendo neste ano. A previsão dos economistas para este ano é de uma taxa de expansão próxima de 4% em 2011.
A produção industrial, por exemplo, cresceu 1,91% no primeiro semestre deste ano, enquanto o volume geral de vendas subiu 13,3% e a massa salarial avançou 15,47%.
Reflexo nos impostos
Com a manutenção da economia em crescimento, o reflexo apareceu na arrecadação federal. Com o IPI de Automóveis, por exemplo, governo arrecadou 45,8% a mais no primeiro semestre deste ano. Esse aumento decorre, também, da recomposição da alíquota em março de 2010.
No caso do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o aumento real da arrecadação foi de 25,8% nos seis primeiros meses do ano por conta da tributação do lucro obtido na alienação de bens e direitos. Também subiu a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, que avançou 18,6% nos de janeiro a junho deste ano.
O Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), cuja alíquota para cartões de crédito no exterior, e empréstimos de empresas lá fora subiu neste ano, a arrecadação cresceu 14,7% no primeiro semestre de 2011. Esse aumento, segundo a Receita, também se deve ao crescimento das operações de crédito.

sábado, 16 de julho de 2011

Tesouro dos EUA toma nova medida para evitar 'estouro' da dívida (Postado por Erick Oliveira)

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou nesta sexta-feira (15) que vai suspender os reinvestimentos do Fundo de Estabilização Cambial, no último dos quatro passos anunciados anteriormente para manter a dívida do país abaixo do limite definido por lei.
A dívida do governo dos EUA alcançou o teto de US$ 14,29 trilhões em meados de maio, mas o Tesouro tem aplicado uma série de medidas para estender sua capacidade de honrar suas obrigações, o que deverá se esgotar em 2 de agosto.
Essas medidas incluem a suspensão das emissões de títulos municipais e estaduais e do Fundo de Aposentadoria do Serviço Civil e a suspensão do reinvestimento dos títulos do Tesouro mantidos como investimento pelo Fundo de Títulos do Governo para os planos de poupança do funcionalismo público.
Os reinvestimentos diários do Fundo de Estabilização Cambial já haviam sido suspensos temporariamente em outras situações de impasse político em torno do limite da dívida dos EUA em 1996, em2003, em 2004 e em 2006.
Ao anunciar a suspensão. O subsecretário do Tesouro para Finanças Domésticas, Jeffrey Goldstein, disse que "de modo a evitar um default sobre as obrigações do país, o Congresso precisa aprovar no prazo oportuno a elevação do teto da dívida".
Obama pede 'sacrifício'
Mais cedo, em entrevista concedida na Casa Branca, o presidente do EUA, Barack Obama, afirnou que o tempo dos Estados Unidos para chegar a um acordo sobre o aumento do limite da dívida federal e evitar um default [calote] está se esgotando. De acordo com ele, as negociações sobre o déficit do país deveriam ter sido iniciadas mais cedo e não deixadas para a última hora.
Comum no Congresso americano, onde ocorre de forma periódica desde 1917 (data em que foi estabelecido um limite legal para o endividamento do país), a renegociação do teto da dívida enfrenta um impasse no momento.
A oposição republicana, adversários políticos de Obama, exige que o aumento do limite seja vinculado a cortes maiores no orçamento americano dos que os desejados pelo governo democrata.
"Obviamente, o tempo está se esgotando e o que disse aos membros do Congresso é que eles têm as próximas 24 a 36 horas para me dar uma ideia do plano para elevar o teto da dívida através de um mecanismo apropriado", afirmou o chefe de Estado em coletiva de imprensa na Casa Branca.
Ele pediu mais sacrifícios para todos, principalmente milionários e bilionários, o que inclui, também, corte dos gastos do governo. O presidente citou, várias vezes, que é necessário ser feito um "grande acordo".

terça-feira, 12 de julho de 2011

Ações europeias caem à mínima em 4 meses com crise da dívida (Postado por Erick Oliveira)

As ações europeias caíram pela terceira sessão seguida nesta terça-feira (12), para a mínima em quatro meses, com a falta de consenso político para enfrentar crises de dívida soberana na zona do euro, mantendo os investidores na defensiva.
O índice FTSEurofirst300, das principais ações europeias, caiu 0,5%, aos 1,092 pontos, um nível não visto desde meados de março, numa sessão de forte volume.
Bancos italianos subiram acentuadamente, com UniCredit, Banca UBI e Banca Popolare di Milano apresentando um aumento de 5,5% a 7,3%, um movimento visto como uma reação após fortes perdas dos últimos dias, com investidores cobrindo posições vendidas e após a adoção de novas exigências de mercado italiano de regulador Consob.
Outros bancos terminaram no vermelho, com a UBS recuando 1,9% e o Deutsche Bank em queda de 1,2%.
"Estamos chegando a um nível de preço que embute uma situação de guerra nuclear. Não é um absurdo, dada a indecisão dos dirigentes políticos, no entanto, vários investidores estão fazendo apostas bastante arriscadas de compra", disse Thomas Kleb, chefe de vendas de ações do Société Générale CIB.

ÍndicesO CAC 40 da Bolsa de Paris fechou em queda de 0,82%, a 3,776,11 pontos. O DAX da Bolsa de Frankfurt perdeu 0,78%, aos 7.174,14 pontos. O índice seletivo FTSE MIB da Bolsa de Milão fechou nesta terça-feira em alta de 1,18%, aos 18.510,53 pontos. O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, fechou nesta terça-feira em baixa de 60,20 pontos (1,02%), a 5.868,96 unidades.

ReuniõesNa segunda-feira (11), a questão da crise da dívida europeia foi discutida em dois encontros, um com representantes europeus, como o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, e outro com ministros das Finanças europeus.
Das reuniões, saíram novo apoio à estabilidade do euro e uma flexibilização do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. Mas a discussão de um segundo plano de resgate para a Grécia não avançou.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Guerra cambial não acabou, diz Mantega ao 'Financial Times'

Atualizado em  6 de julho, 2011 - 07:38 (Brasília) 10:38 GMT

Mantega
Guido Mantega esteve em Londres para encontros com autoridades e com investidores
O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, afirmou em uma entrevista publicada nesta quarta-feira pelo diário britânico Financial Times que a chamada guerra cambial “absolutamente não terminou” e que o Brasil prepara novas medidas para controlar a valorização do real.
Mantega, que esteve em Londres para encontros com autoridades locais e com investidores, afirmou que o G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) ainda não conseguiu estabelecer novas regras para controlar as moedas e que ainda há “disputas entre países”, como os Estados Unidos e a China.
Para Mantega, o crescimento lento e as baixas taxas de juros nos países desenvolvidos continuam a estimular o fluxo de capitais para os países emergentes, como o Brasil, e pressionar pela valorização do real, forçando as autoridades a adotar medidas para controlar o problema.
“Sempre temos novas medidas para tomar”, afirmou Mantega ao jornal, acrescentando que elas não serão pré-anunciadas, mas incluiriam a intervenção nos mercados.
Nesta semana, o real chegou próximo ao seu nível mais alto em 12 anos, com uma cotação de R$ 1,55 por dólar, numa indicação de que as medidas tomadas nos últimos meses pelo governo para tentar conter a valorização da moeda não vêm dando os resultados esperados.
Para o jornal, “as ações do Brasil para limitar a apreciação da moeda realçam o dilema enfrentado por muitas das economias em crescimento rápido – incluindo Turquia, Chile, Colômbia e Rússia –, já que permitir a apreciação da moeda limita o superaquecimento, mas também prejudica a competitividade da indústria doméstica”.
Críticas
Mantega foi a primeira figura de peso internacional a usar a expressão "guerra cambial" para se referir às disputas sobre as moedas, no final de setembro do ano passado.
Os principais alvos de Mantega eram os Estados Unidos, que haviam recém-adotado um plano de estímulo econômico com a injeção de US$ 600 bilhões na economia.
Para Mantega, esse dinheiro acabava sendo direcionado para investimentos não produtivos nos países emergentes, em busca dos retornos oferecidos pelas altas taxas de juros, pressionando assim pela valorização das moedas locais.
Uma moeda valorizada reduz a competitividade da indústria do país, ao tornar seus produtos de exportação mais caros.
Outro alvo frequente de críticas na guerra cambial é a China, país que mantém um regime de câmbio controlado, o que deixa sua moeda artificialmente desvalorizada.

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Venda de veículos bate recorde no primeiro semestre, diz Fenabrave (Postado por Erick Oliveira)

As vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) tiveram uma alta de 9,97% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, com 1.737.275 unidades emplacadas contra 1.579.716 em 2010. Com isso, bateram o recorde para um primeiro semestre. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Na comparação mensal, no entanto, houve queda de 4,46% em junho sobre maio. Foram emplacados 304.334 veículos no mês passado contra 318.539 no quinto mês do ano. Em comparação a junho de 2010 (262.780), o crescimento foi de 15,82% (com 262.773).
"Foi um semestre muito bom. O crescimento moderado que acompanha o da economia é salutar e para o setor", diz Sérgio Reze, presidente da federação.
Por segmento
O segmento de automóveis e comerciais leves registrou 286.938 emplacamentos no mês passado, queda de 4,52% em comparação ao mês anterior, período em que foram vendidos 300.513. Em relação a junho passado (247.501 unidades vendidas), uma alta de 15,93%. No acumulado do ano, a expansão é de 9,52% - 1.638.082 veículos emplacados, frente a 1.495.691 dos seis primeiros meses de 2010.
De acordo com a Fenabrave, as vendas de caminhões apresentaram retração de 2,68% na comparação entre junho (14.768) e maio (15.128). Em relação ao mesmo mês de 2010, época que registrou 12.974 emplacamentos, o segmento teve alta de 13,83%. Na soma de janeiro e junho, o volume de 2011 (82.822) revela incremento de 17,2% em comparação aos mesmos seis meses de 2010 (70.777).
Junho fechou com 2.628 ônibus comercializados, retração de 9,32% em relação aos 2.898 emplacamentos do mês anterior. Em comparação a junho do ano passado (2.298), o aumento foi de 14,36%. No acumulado (16.371), a alta é de 23,57% frente ao mesmo período de 2010 (13.248).
Motos
Com 161.771 vendas em junho, o setor das motocicletas, calculado à parte, apresentou queda de 5,78% frente a maio, que registrou 171.690 emplacamentos. Levando em consideração o mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 138.644 unidades, a elevação foi de 16,68%. No acumulado do ano, alta de 10,47% - 9'8.212 motos comercializadas em 2011, contra 831.197 mil em 2010.
Ranking das montadoras
Em junho, a Fiat obteve 24,23% do mercado de automóveis, contra 21,1% da Volkswagen. No acumulado do ano a montadora italiana segue líder, com 22,74% de participação contra 22, 21% da fábrica alemã. A General Motors (GM) aparece em terceira (20,02%), seguida por Ford (9,46%), Renault (6,5%), Honda (3,45%), Citroën (2,83%), Peugeot (2,82%), Hyundai (2,38%) e Kia (2,19%).
Fox sai da lista dos top 10Com a greve na fábrica da Volkswagen em São Carlos do Pinhal (PR), o Fox caiu de sétimo mais vendido em maio para 13º em junho, com 5.084 unidades comercializadas (incluindo o CrossFox). No acumulado do ano, ele caiu de quarto para quinto mais vendido, com 54.734.
No mês passado, o Volkswagen Gol liderou as vendas com 27.428 unidades emplacadas contra 25.432 do Fiat Uno (que incluem o Mille e o Novo Uno) e 13.414 do GM Celta. No acumulado do ano, Gol segue em primeiro, com 145.253 unidades vendidas contra 133.394 do Uno e 72.072 do Celta.