Tailândia News (Blog N. 572 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta-Voz

Este blog procura enfatizar acontecimentos que comprovam o funcionamento sistêmico da economia mundial, na qual, através de um sistema de "vasos comunicantes", fatos localizados, mas de grande amplitude, afetam o sistema econômico planetário, como um todo e, vice-versa.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Após BC reduzir juros, Mantega critica taxas de bancos (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduzir de 8% para 7,5% ao ano a taxa básica de juros da economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (30) que o spread [diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o valor cobrado de seus clientes] praticados pelos bancos não está no “patamar adequado”.

“A queda da Selic já está num patamar mais adequado para estimular a produção”, afirmou o ministro. “Porém, ainda não estamos com uma taxa de juros adequada praticada pelos bancos de modo que possa estimular o consumo e o investimento”, disse Mantega.

 O ministro discursou durante o 39º Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.

“Embora já tenhamos dado os primeiros passos, infelizmente ainda não chegamos no patamar adequado”, afirmou.

“A má notícia é que ainda estamos entre os maiores spreads do mundo”, disse o ministro. Ele ponderou, contudo, que “a boa notícia é que nós temos lastro para gastar, ou seja, podemos reduzir esse spread causando novos efeitos positivos na economia brasileira”.

O ministro afirmou que “os países avançados continuam empurrando com a barriga seus problemas e, portanto, o cenário externo continuará ruim e não por pouco tempo”. Mantega disse, porém, que “apesar de tudo, o Brasil é um dos países menos afetados pela crise internacional" por depender menos dos mercados externos.

PIB
“A economia brasileira começa a se aquecer numa aceleração gradual da economia, que pode ser vista pelo crescimento do PIB semestral”, afirmou.

Mantega lembrou que o crescimento do PIB no primeiro trimestre foi de apenas 0,2%, mas disse que as projeções de mercado apontam avanço de 0,5% no segundo trimestre e de 1,0% a 1,1% no terceiro semestre.

“Chegaremos ao final do ano com crescimento anualizado em torno de 4%. Esse desempenho se deve a uma série de medidas estruturais e conjunturais que temos tomado”, disse o ministro.

Na sequência, o ministro da Fazenda passou a enumerar estas medidas estruturais e conjunturais e seus respectivas resultados.

Segundo ele, a queda da taxa de juros “para este patamar quase civilizado” vai estimular o mercado de capitais. “Em vez de fazer aplicação em titulo do Tesouro vão para o mercado de dívida privada. Este mercado ficou atrofiado ao longo de todos estes anos.”

Câmbio
Mantega repetiu que o Brasil sofria a concorrência desleal de outros países, seja no mercado interno, seja no externo, por causa do câmbio. Por isso, o governo precisou adotar a atual política cambial.

“O câmbio estava valorizado e passamos a aplicar uma política de desvalorização, de modo a torna-lo mais competitivo. (...) Isso tem aumentado muito a competitividade das empresas brasileiras em relação ao nossos concorrentes”, disse.

Segundo ele, muitas vezes o produto importado custava 30% menos “não por produtividade, não por competência, simplesmente por uma questão cambial”.

Dívida pública
O ministro da Fazenda reforçou que o país conta com uma política fiscal sólida e que, num momento em que muitos países estão aumentando suas dívidas, o Brasil vem conseguindo diminuir o montante da dívida pública.

“Enquanto os outros países pioram, em 2012 nosso déficit nominal deve ficar em torno de 1,6%”, falou.

Desonerações
Durante seu discurso, Mantega citou as desonerações do governo. “Este ano, deveremos perfazer um total de mais de R$ 40 bilhões em desonerações, com redução de tributos em vários segmentos.”

Ele lembrou que o governo eliminou a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), deixando de cobrar R$ 8,8 bilhões. “Impedimos que a gasolina subisse de preço e prejudicasse toda a economia.”

Na véspera, o governo anunciou a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para vários setores, entre eles a linha branca e os automóveis. O benefício começaria a vencer na próxima sexta (31).

“Mantivemos as reduções de IPI que vinham sendo praticadas. São medidas de mais curto prazo, mas que têm dado excelente resultado na economia brasileira, basta ver o desempenho da indústria automobilística.”

Ele reforçou que, ao fazer essas reduções, o governo entra em acordo com os setores beneficiados para que não haja demissões de trabalhadores e para que haja redução dos preços. “Portanto, são beneficiados os trabalhador e o consumidor e ajuda a inflação a se manter em um patamar mais baixo.”

Outra medida importante, lembrou o ministro, é a desoneração da folha de pagamentos, uma forma de reduzir o custo da mão-de-obra sem afetar o salário do trabalhador. “Medida que reduz o custo incentiva as empresas a contratarem mais trabalhadores e abre espaço para que os trabalhadores tenham mais aumento de salário”, comentou.

Equívocos
Para Mantega, esta política de estímulo à economia é o que falta hoje para o países avançados. “Um dos equívocos é que fazem só corte de investimento, corte de despesa, corte de salário, corte de benefício. Aqui nós fazemos o contrário e temo uma situação fiscal sólida.”

Uma das prioridades do governo, segundo Mantega, é aumentar o nível de investimentos do país e, sobretudo, do investimento em infraestrutura. “Este ano já temos cerca de R$ 48 bilhões a serem investidos pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).”

Segundo ele, o polo de gás e petróleo é o que mais produz investimentos no país e é capitaneado pela Petrobras. “A Petrobras tem o maior plano de negócios do mundo. O programa de investimentos da Petrobras para os próximos cinco anos é o maior do mundo e isso promove o estímulo a toda uma cadeia produtiva local.”

Ao falar sobre o Programa de Investimentos em Logística, que prevê a aplicação de R$ 133 bilhões na reforma e construção de rodovias federais e ferrovias, Mantega disse que a medida vai servir para baratear o custo do transporte no país.

“Com este programa mais da Copa, mais Olimpíadas, programa habitacional, programa de construção, investimentos da Petrobras, o Brasil tem um dos maiores programas de investimento do mundo, umas das maiores carteiras de investimento do mundo que nos assegura aumentar os investimentos ao longo dos anos.”

Agricultura
Com o Plano Safra, de R$ 137 bilhões, a agricultura brasileira seguirá sendo uma das “mais eficientes e produtivas do mundo”.

“Hoje somos os primeiros colocados em vários produtos agrícolas. O primeiro produtor de café e o primeiro exportador, o maior produtor e exportador de carne bovina processada. (...) O Brasil será, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), até 2020, o maior exportador de alimentos do mundo.”

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Governo obtém repatriação de US$ 1 milhão no caso Banestado (Postado por Lucas Pinheiro)



O Ministério da Justiça informou nesta quarta-feira (29) que obteve na Corte Distrital de Nova York decisão judicial que garante a recuperação de US$ 1,080 milhão (cerca de R$ 2,2 milhões) desviados no caso Banestado.

Segundo comunicado divulgado pelo ministério, a Secretaria Nacional de Justiça e o Departamento Internacional da Advocacia-Geral da União conseguiram decisão que garante a repatriação de valores depositados em conta bancária usada para o envio ilegal de recursos para o exterior.

Os recursos foram bloqueados em 2005, nos Estados Unidos, em decorrência de um pedido de cooperação jurídica internacional feito pelo governo brasileiro. Em 2010, o bloqueio caiu e a quantia foi transferida para o governo norte-americano, que ajuizou ação judicial a fim de determinar a quem caberia o montante.

"Os recursos seriam oriundos de três brasileiros que foram condenados em primeira instância por evasão de divisas, formação de quadrilha e gestão fraudulenta. Nos termos de sentença penal proferida pela 6ª Vara Federal de São Paulo, em fevereiro deste ano, os três brasileiros estão envolvidos no escândalo Banestado", informou o ministério.

A investigação do caso Banestado revelou a operação de uma rede de doleiros para o envio ilegal de recursos para exterior no período de 1996 a 2005. Uma CPI chegou a ser criada no Congresso Nacional em 2003 para investigar o esquema de remessas ilegais de divisas ao exterior, pelo sistema financeiro público brasileiro.

O Ministério informou ter comprovado perante a Justiça dos EUA que os ativos bloqueados em Nova York "constituem produto de crimes praticados no Brasil e, por isso, deveriam ser repatriados".

O dinheiro ficará sob a custódia da 6ª Vara Federal de São Paulo até o julgamento de recurso apresentado pelos réus.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Previdência Social tem déficit de R$ 2,581 bilhões em julho (Postado por Lucas Pinheiro)

A Previdência Social registrou déficit de R$ 2,581 bilhões em julho, informou nesta terça-feira (28) o Ministério da Previdência Social, menor que o resultado de junho, quando o saldo havia ficado negativo havia ficado em R$ 2,769 bilhões.

Na comparação com um ano antes, o dado do mês passado representa uma alta real de 17,5% frente ao déficit de R$ 2,196 bilhões registrado em julho de 2011.

 No mês passado, a despesa com benefícios foi de R$ 24,865 bilhões, ante uma arrecadação de R$ 22,284 bilhões – a segunda melhor da série histórica, com início em 2001, e inferior apenas à verificada em março deste ano.

No acumulado do ano até julho, o déficit com o pagamento de benefícios previdenciários totaliza R$ 23,450 bilhões, com alta real de 1,8% frente ao saldo negativo de R$ 23,035 bilhões apurado em igual período de 2011.

A arrecadação nos primeiros sete meses do ano foi de R$ 149,934 bilhões, alta de 8,5% na comparação com o mesmo intervalo de 2011, e as despesas somam no período R$ 173,384 bilhões, aumento de 7,5%.

Arrecadação em alta
A arrecadação da Previdência Social vem sendo impactada pela geração de emprego no mercado formal de trabalho, que eleva o recolhimento da contribuição previdenciária. Em julho, o mercado de trabalho registrou geração de 142.496 postos. Um ano antes, esse número havia sido de 140.563 em novas vagas.

O efeito do mercado de trabalho nas contas da Previdência levou o governo a reduzir suas estimativas sobre o déficit neste ano, de R$ 39,5 bilhões para algo entre R$ 38 bilhões e R$ 39 bilhões. Em 2011 o déficit da previdência foi de R$ 36 bilhões.

Segundo o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, a arrecadação do INSS continua mantendo tendência de alta, apesar da desaceleração da economia por conta da crise internacional. “A previdência está apresentando uma resistência em relação à crise econômica, que não chega a levar o país a uma situação de recessão como no caso de países europeus, mas que desacelerou a economia. Mas isso não implicou em uma redução dos salários e do emprego da massa salarial”, disse.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Começa pagamento da metade do 13º salário a aposentados do INSS (Postado por Lucas Pinheiro)

 Começa nesta segunda-feira (27) o pagamento da metade do 13º salário aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os beneficiários receberão a quantia junto com a folha de pagamento de agosto, entre os dias 27 de agosto e 10 de setembro.

O INSS inicia os depósitos da folha de agosto para os segurados que recebem até um salário mínimo e tem cartão com final 1 (desconsiderando-se o dígito). O pagamento para quem ganha acima do mínimo começa no dia 3 de setembro.

De acordo com o Ministério da Previdência, os depósitos serão interrompidos no dia 7 de setembro devido ao feriado de Independência. "Os segurados que possuem cartão com final 5 e 0 terão seus benefícios depositados no dia 10."

 De acordo com a Previdência Social, serão contemplados com a atencipação 25,6 milhões de benefícios em todo o Brasil.

Não haverá desconto de Imposto de Renda (IR) nesta primeira parcela. De acordo com a legislação, o IR sobre o 13º só é cobrado em dezembro, quando será paga a segunda parcela da gratificação.

Consulta
O extrato mensal de pagamento estará disponível para consultas na página do Ministério da Previdência Social na internet a partir desta segunda-feira. Qualquer dúvida em relação às datas de pagamento pode ser esclarecida por meio da Central 135, segundo indica a Previdência.

A primeira parcela do abono, de 50% do valor do 13º, representa uma injeção extra na economia de R$ 11,2 bilhões nos meses de agosto e setembro, além dos cerca de R$ 23,8 bilhões do benefício mensal, diz o governo.

Exceções
Os aposentados e pensionistas, em sua maioria, receberão 50% do valor do benefício, mas há exceções.

A Previdência explica que, para aqueles que passaram a receber o benefício depois de janeiro, o valor será calculado proporcionalmente.

Para os segurados que estão em auxílio-doença, o INSS calcula a antecipação proporcional ao período. "Por exemplo, um benefício iniciado em janeiro e ainda em vigor em agosto terá o 13º terceiro salário calculado sobre oito meses. O segurado receberá, portanto, metade deste valor. Em dezembro, caso ainda esteja afastado, o segurado irá receber o restante. Se tiver alta antes, o valor será calculado até o mês em que o benefício vigorar e acrescido ao último pagamento do benefício", explica o governo.

Quem não recebe
Por lei, não têm direito ao 13º salário os seguintes benefícios: amparo previdenciário do trabalhador rural, renda mensal vitalícia, amparo assistencial ao idoso e ao deficiente, auxílio-suplementar por acidente de trabalho, pensão mensal vitalícia, abono de permanência em serviço, vantagem do servidor aposentado pela autarquia empregadora e salário-família.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ANTT marca primeiro leilão do trem-bala para o dia 29 de maio (Postado por Lucas Pinheiro)

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou nesta quinta-feira (23) a minuta do edital para o leilão de construção e concessão do primeiro trem-bala brasileiro. O documento prevê que as empresas interessadas em participar da licitação devem entregar suas propostas até o dia 30 de abril de 2013. O leilão, então, ocorrerá no dia 29 de maio.

 O trem-bala vai ligar as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. O investimento previsto é de pelo menos R$ 33 bilhões. O modelo prevê dois leilões. O primeiro vai escolher a empresa que fornecerá a tecnologia do veículo e que será o operador da linha. Já o segundo leilão vai definir as empresas que construirão a infraestrutura para a passagem do trem (trilhos, estações, etc).

Vence este primeiro leilão a empresa que apresentar a melhor relação entre valor de outorga (paga ao governo para ter direito à exploração do serviço) e custo de construção do trem-bala (incluindo a tecnologia aplicada e a infraestrutura).

A minuta do edital divulgada pela ANTT vai passar por consulta pública que ocorre entre esta quinta-feira e o dia 24 de setembro. Nesse período, pessoas e empresas interessadas poderão fazer sugestões ao projeto, que serão analisadas depois pela agência. Só depois desse processo é que o edital definitivo será publicado, o que deve acontecer até novembro.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Prévia da inflação oficial acelera para 0,39% em agosto, diz IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

 A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerada uma prévia da inflação oficial usada nas metas do governo, acelerou para 0,39% em agosto, contra 0,33% no mês anterior, informou nesta quarta-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho do ano anterior, a taxa havia sido de 0,27%.

No ano, o índice acumula alta de 3,32%, abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, 4,48%. Já nos últimos 12 meses, o IPCA-15 variou 5,37% - acima do resultado dos 12 meses imediatamente anteriores (5,24%).

 Em agosto, o grupo de despesas que mais influenciou o comportamento do IPCA-15 foi o de transportes. Não foi registrada variação em agosto. Em julho, o índice havia mostrado deflação de 0,59% em julho. O IBGE atribui o resultado principalmente aos preços de automóvel novo (de - 2,47% para 0,04%), ônibus interestadual (de 1,49% para 3,40%), seguro de veículos (de - 0,33% para 0,96%) e automóvel usado (de - 2,45% para - 0,15%).

Seguiram a mesma tendência as despesas com saúde e cuidados pessoais, que passaram de 0,37% em julho para 0,52% em agosto, devido aos preços dos remédios (de 0,07% para 0,52%) e dos artigos de higiene pessoal (de 0,30% para 0,55%).

O grupo educação também mostrou aceleração da alta, de 0,10% para 0,54%, com influência dos cursos regulares, com alta de 0,32%, e dos cursos diversos, com avanço de 1,39%. Os artigos de residência foram de 0,19% em julho para 0,23% em agosto, devido aos preços de eletrodomésticos (de -0,67% para 0,70%).

O grupo de alimentação e bebidas teve desaceleração da alta de preços em agosto (de 0,88% em julho para 0,76%), o que teve a maior variação no IPCA-15. Entre os itens que seguem mais caros estão o tomate (de 29,30% para 36,65%), líder do ranking dos principais impactos no índice do mês, e a cenoura (de 13,63% para 19,37%), por exemplo. Por outro lado, ficaram mais baratos feijão carioca (de - 4,52% para  - 9,33%), batata inglesa (de 11,78% para - 9,23%) e carnes (de - 0,53% para  - 0,76%).

O grupo habitação também teve desaceleração das taxas (de 0,41% para 0,28%), influenciado, principalmente, pela baixa da variação do aluguel residencial (de 1,16% para 0,43%).

Os grupos vestuário (de 0,39% para 0,18%) e comunicação (de 0,14% para –0,03%) também mostraram variações inferiores às observadas no mês de julho.

Mudanças
De acordo com o IBGE, por meio de nota, "no grupo despesas pessoais, cuja variação passou de 0,92% para 0,68%, o item “empregado doméstico”, que passou de 1,37% para 1,11% e, mesmo assim ficou com a segunda posição nos impactos do mês, com 0,04 ponto percentual, apresentou uma diferença na metodologia de cálculo, assim como no item “mão de obra para pequenos reparos” (do grupo habitação), que subiu de 0,39% para 0,56%".

 "Em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) referentes ao mês de junho, mo Rio de Janeiro, excepcionalmente, foram utilizados os últimos rendimentos disponíveis naquela região, que se referem ao mês de maio, para estimar a tendência da série de rendimentos em agosto."

Por região
A maior variação do IPCA-15 foi vista em Fortaleza (0,69%) e a menor, em Curitiba (0,23%).

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Corretor de imóveis da madrugada busca clientes em balada e Mercadão (Postado por Lucas Pinheiro)

 Já passa da meia-noite e um engravatado se encaminha a um dos boxes do Mercado Municipal de São Paulo, onde a partir desta hora são vendidas frutas para os atacadistas e recebidas as mercadorias para o dia seguinte. Invertendo os papéis, o corretor Nilton Fernandes Beato vai ao mercado em busca de clientes, gente interessada em comprar apartamentos durante a madrugada.

O nicho inusitado foi descoberto por acaso. Corretor há cerca de oito meses, Beato, de 39 anos, não tinha conseguido vender nenhum apartamento, atender nenhum cliente, até que ficou depois da hora no estande e conseguiu atender o primeiro. Nascia ali o corretor da madrugada. “Vendo imóveis para quem trabalha à noite e para quem curte a noite. Estou há oito meses trabalhando como corretor. Em quatro, não vendi nada. Nos outros quatro, estou na madrugada e vendi 14”, diz Beato. Em junho, ele foi o segundo maior vendedor entre os 3 mil corretores com quem trabalha.

Beato começou perto da balada, abordando quem estava a caminho de uma boate e de um teatro que ficam no centro de São Paulo. Vendeu seis apartamentos. “Tem casal namorando, sonhando em ter apartamento e você chega oferecendo um, eles pensam”, conta Beato.

 A filha da gerente comercial Mônica de Andrade e o namorado dela foram um dos casais que caíram nas graças de Beato na madrugada. A caminho da balada, a moça viu o estande, armado com bebidas para seduzir os clientes, e levou o material informativo à mãe. No domingo, durante o dia, Mônica e o marido foram conhecer o empreendimento e, na segunda-feira, fecharam a compra de duas unidades. “Eu nunca ia imaginar que tinha apartamento sendo vendido de madrugada. Achei uma baita sacada”, diz Mônica, de 46 anos.

Nos seis primeiros meses do ano, as vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista voltaram a subir, com leve alta de 2,6%, revertendo, em parte, a queda de 31% registrada no primeiro semestre de 2011, de acordo com informações do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

O pós-balada
Acabadas as unidades, Beato foi vender apartamentos em Campinas. Como não encontrou balada perto, surgiu a ideia de peregrinar pela Ceasa-Campinas (Centrais de Abastecimento de Campinas). “Eu fornecia frutas no Paraná, principalmente uva, por isso sabia como funcionava à noite”, conta. Vendeu mais oito e se tornou o segundo maior vendedor do ranking de 3 mil corretores da empresa em que trabalha.

 O Mercado Municipal de São Paulo é o terceiro lugar em que ele explora a madrugada. “Esse pessoal que trabalha não tem dia livre. Trabalham durante a noite e não têm tempo, então eles preferem olhar durante a noite. Quem está na balada aproveita para ver o apartamento sem tanta gente”, diz Beato. “A balada é melhor, sempre tem filho de papai, né?”

Para vender, Beato carrega os folders do imóvel e não poupa o gogó – explica o empreendimento, a localização, insiste, volta. Empolgado, ele diz que chegou a trabalhar 24 horas seguidas, fazendo o horário normal e a noite. Hoje, entra por volta das 14h quando vai "fazer madrugada".

No Mercado, fala com oito, dez proprietários de boxes por noite. Um deles é Moacir Dib, 61 anos, que está negociando um apartamento no prédio Estação Brás, que custa cerca de R$ 360 mil. “Acho que ele teve, sim, uma boa ideia de vender na madrugada. Não muda comprar na madrugada ou de dia, acho que tudo é questão se serve, se cabe pra gente”, diz Dib, que trabalha há 36 anos na madrugada.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

'Prévia' do PIB mostra alta de 0,75% em junho, aponta Banco Central (Postado por Lucas Pinheiro)

O nível de atividade econômica do país registrou alta em junho deste ano, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (17) pelo Banco Central. No mês retrasado, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que busca antecipar o resultado do PIB, somou 141,79 pontos, com alta de 0,75% em relação a maio deste ano (140,74 pontos - dado revisado).

 Nos seis primeiros meses deste ano, na comparação com igual período de 2011, foi registrada uma alta de 0,87%, segundo números do BC. Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – considerada mais apropriada por economistas.

PIB no primeiro trimestre e previsões
No primeiro trimestre deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB registrou alta de 0,2% em um momento em que a economia brasileira sente os efeitos da crise financeira internacional.

A previsão oficial do Ministério da do Planejamento para o crescimento da economia brasileira neste ano está em 3%. Para o BC, o crescimento será de 2,5% neste ano. Já o mercado financeiro projeta uma expansão da economia de 1,81% em 2012, segundo o boletim Focus.

Medidas para estimular a atividade
O resultado do IBC-Br foi divulgado dois dias depois do governo lançar um programa para estimular a atividade econômica. Na manhã de quarta-feira, o governo federal lançou a primeira etapa de um novo pacote de concessões para incentivar investimentos na infraestrutura do país.

Essa primeira fase do chamado Programa de Investimentos em Logística prevê a aplicação de R$ 133 bilhões na reforma e construção de rodovias federais e ferrovias. Desses recursos, R$ 42,5 bilhões devem ser aplicados na duplicação de cerca de 5,7 mil quilômetros de rodovias. Os outros R$ 91 bilhões serão aplicados na reforma e construção de 10 mil quilômetros de ferrovias ao longo dos próximos 25 anos.

IBC-Br
Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início do ano passado o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.

"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção mais importações)", explicou o Banco Central.

Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente há menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 8% ao ano (a menor taxa da história).

Os juros estão caindo desde agosto do ano passado para estimular o nível de atividade econômica, em meio aos efeitos da crise financeira internacional. A previsão do mercado financeiro é de que a taxa básica recue para 7,5% ao ano em agosto – patamar no qual terminaria 2012.

Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pacote supera investimento total em transportes nos últimos cinco anos (Postado por Lucas Pinheiro)

O pacote de concessão de R$ 133 bilhões para rodovias e ferrovias, anunciado nesta quarta-feira (15) pelo governo federal, supera todo o investimento realizado no país nos últimos cinco anos no setor de transportes – incluindo estradas, ferrovias, portos, aeroportos, metrô – e poderá dobrar nos próximos anos o volume de recursos aplicados pela iniciativa privada na área.

 Dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) mostram que os investimentos realizados no setor de transportes, em todos os modais, incluindo rodoviário, ferroviário, portos, aeroportos, hidrovias, metrô e trem de passageiros, somaram, nos últimos nove anos, R$ 169 bilhões (em valores já atualizados), representando 16,3% dos investimentos em infraestrutura realizados no país entre 2003 e 2011.

Em 2011, os investimentos no setor ficaram praticamente estagnados, somando R$ 30,7 bilhões ante aos R$ 30,6 bilhões registrados em 2010.

O programa de concessões de rodovias e ferrovias anunciado pelo governo prevê investimentos privados de R$ 133 bilhões em 25 anos – R$ 79,5 bilhões apenas nos primeiros cinco anos. De acordo com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, R$ 42,5 bilhões devem ser aplicados na duplicação de cerca de 5,7 mil quilômetros de rodovias, e outros R$ 91 bilhões serão aplicados na reforma e construção de 10 mil quilômetros de ferrovias.

Investimentos públicos e privados
Dos R$ 169,4 bilhões aplicados nos últimos nove anos em transportes, o setor privado foi responsável por 40% dos recursos (R$ 67,6 bilhões), com um investimento médio anual de R$ 7,5 bilhões, enquanto que a parcela do setor público, incluindo as empresas estatais, atingiu 60% (R$ 101,8 bilhões).

Ainda que os projetos anunciados para rodovias e ferrovias dependam de licitações, o governo quer todas as obras contratadas até setembro de 2013 e prevê que R$ 79,5 bilhões dos R$ 133 bilhões sejam aplicados nos primeiros cinco anos após a assinatura dos contratos. Ou seja, se sair do papel conforme o previsto, o pacote por si só, sem considerar eventuais outros projetos na área de transportes, elevará para R$ 15,9 bilhões anuais o investimento médio do setor privado na área, o que representará uma alta de 212% na média dos últimos nove anos.

 Pelos cálculos da Abdid, os investimentos em transporte representam atualmente apenas 0,74% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Segundo a associação, o ritmo de investimentos em transporte precisa acelerar 16% ao ano até 2016 para que o país atinja o patamar de 1,6% defendido pela entidade.

“A tendência, no médio prazo, é haver um maior equilíbrio entre investimento público e investimento privado nos transportes”, afirma Paulo Godoy, presidente da Abdib. “No transporte de carga ou de passageiros, por estrada, ferrovia, portos ou aeroportos, temos de acelerar muito o ritmo do investimento para destravarmos o fluxo de passageiros e a movimentação de cargas”, acrescenta.

Malha brasileira está entre as piores
Relatório da Abdib, a partir de dados do World Economic Forum (WEF), aponta que a malha rodoviária brasileira está entre os 30 piores sistemas do mundo, considerando 142 países. Para as ferrovias, a qualidade do sistema posiciona o Brasil entre os 50 piores sistemas do mundo.

Especialistas e entidades setoriais elogiaram o Programa de Investimentos em Logística, mas fizeram ressalvas em relação à efetiva execução dos projetos e a capacidade do atual modelo de concessão garantir a elevação dos investimentos na área.

Para o presidente da Associação Brasileira de Concessionários de Rodovias (ABCR), Moacyr Duarte, o maior desafio para o governo é conseguir fazer cumprir o cronograma de investimentos previstos, uma vez que serão necessários vários estudos de viabilidade e audiências públicas antes da realização das licitações.

“O governo mostrou coragem ao lançar um programa desse vulto, mas tem que trabalhar duro nos estudos de viabilidade e nas licenças ambientais prévias para evitar surpresas após a assinatura dos contratos”, disse Duarte.

Para Rogério Mori, o ponto mais positivo do pacote é a adoção de uma política de longo prazo e de planejamento de modais integrados. “É um absurdo um país do tamanho do Brasil não ter um modelo de ferrovias que incentive o transporte de passageiros. O modelo anterior foi muito ruim, pois uma grande malha ficou abandonada apenas para o transporte de minério”, acrescentou.

Concessões
O governo prevê que os primeiros editais de concessão serão publicados até dezembro, e que a licitação ocorrerá até janeiro de 2013.

Entre os trechos rodoviários que serão concedidos estão a BR-101 na Bahia, BR-262 entre Espírito Santo e Minas Gerais, BR-153 entre Tocantins e Goiás, BR-050 entre Goiás e Minas Gerais, BR-163 em Mato Grosso, BR-163, BR-267 e BR-262 no Mato Grosso do Sul, BR-060, BR-153 e BR-262 entre o Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, BR-116 em Minas Gerais e BR-040 entre Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais.

Quanto às ferrovias, o plano inclui a construção dos trechos norte e sul do ferroanel de São Paulo, acesso ao porto de Santos (SP), ferrovia ente Lucas do Rio Verde (MT) e Uruaçu (GO), outra entre Uruaçu e Corinto (MG), o trecho entre Campos (RJ), Rio de Janeiro e Vitória, outro entre Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), mais um entre Salvador e Recife (PE), ligação entre São Paulo e Rio Grande (RS) e outra entre Belém (PA) e Açailância (MA).

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Gol sofre prejuízo de R$ 715,1 milhões no 2º trimestre (Postado por Lucas Pinheiro)

 A companhia aérea Gol dobrou no segundo trimestre o resultado negativo sofrido um ano antes, impactada por uma combinação de desvalorização do real frente ao dólar e custos elevados com combustível.

A segunda maior companhia aérea do país encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 715,1 milhões, praticamente o dobro do resultado negativo apurado um ano antes, de R$ 358,7 milhões.

Com isso, a companhia fechou o primeiro semestre com prejuízo líquido de R$ 756,5 milhões, mais que o dobro da perda de R$ 289,31 milhões em igual período de 2011.

A companhia revisou suas estimativas de desempenho para 2012 e agora espera encerrar o ano com margem operacional (Ebit) negativa, contra perspectiva anterior de margem de 4% a 7% por cento. No trimestre passado, a margem Ebit ficou negativa em 19,4% e no semestre, em -8,7%.

 "Os altos custos com combustível, a depreciação do real frente ao dólar americano que impacta diretamente 55% das despesas operacionais da companhia e o aumento nos custos com tarifas relacionadas a operação aérea no Brasil impactaram significativamente os resultados da Gol e do setor aéreo nacional", afirmou a companhia no balanço assinado pelo novo presidente-executivo da companhia, Paulo Sérgio Kakinoff.

A Gol também revisou sua expectativa de demanda no mercado doméstico em 2012 para crescimento entre 6% e 9%, contra expectativa anterior de expansão de 7% a 10%. Além disso, a empresa reduziu sua estimativa de aumento de oferta de assentos este ano.

A Gol tem adotado importantes medidas de redução de custos, buscando elevar sua rentabilidade, como a redução de 80 a 100 voos diários, além de demissão de pessoal.

No início de junho, a empresa demitiu 190 tripulantes, com objetivo de "manter seu plano de negócios disciplinado e a sustentabilidade de sua operação".

Em abril, a companhia aérea havia anunciado a redução de sua estrutura administrativa, eliminando uma vice-presidência (de Clientes e Mercado) e quatro posições de diretoria. Também foram suprimidas 26 posições de gerências média e sênior. Ao todo, foram eliminados 31 cargos.

Na ocasião, a companhia justificou a decisão "em função de suas iniciativas de adequação à nova capacidade operacional e ao ambiente macroeconômico".

No início de abril, 131 funcionários da empresa já haviam sido demitidos. A empresa informou que, além desses, outros 28 tripulantes aderiram ao programa de demissão voluntária oferecido pela empresa e 46 pediram licença não remunerada. Com isso, os desligamentos chegaram a 205 trabalhadores.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Etanol na gasolina pode subir em 2013, diz Petrobras Biocombustíveis (Postado por Lucas Pinheiro)

O presidente da Petrobras Biocombustíveis, Miguel Rosseto, acredita que em 2013 já será possível chegar a uma mistura de 25% de álcool anidro na gasolina. Em cerimônia na Petrobras na manhã desta segunda-feira (13), ele disse que a safra de cana-de-açúcar de 2013 será bem melhor que a deste ano, que no primeiro semestre foi prejudicada pelas chuvas.

Atualmente a mistura é de 20% e, segundo o governo já havia anunciado, pode aumentar assim que a safra permitir um aumento na produção do etanol.

"Quanto mais cedo o governo tomar uma decisão sobre isso, melhor será para o setor se planejar. Se possível ainda este ano para que possamos planejar a safra a partir de abril do ano que vem", disse ele.

"Seguramente teremos uma safra maior. Todas as nossas empresas estão ampliando seus canaviais. Esperamos também que seja melhor", disse.

O que diz o governo
Em julho, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o governo poderá aumentar o percentual do álcool anidro na gasolina de 20% para 25% assim que a produção nacional de etanol superar os patamares atuais.

"Reduzimos para 20% em razão da contingência do ano passado e estamos mantendo a 20%, mas a qualquer momento podemos voltar a 25%. Estamos examinando a possibilidade de aumentar para 25% na medida em que a produção justificar isso. Se a produção do etanol continuar nas condições em que está hoje vamos manter em 20%. Se a produção melhorar, elevaremos para 25% que é o nosso propósito", afirmou o ministro, sem dar prazo.

Em outubro de 2011, o governo decidiu reduzir a mistura de álcool na gasolina de 25% para 20% por tempo indeterminado. Na ocasião, Lobão afirmou que tratava-se de uma "medida de precaução" do governo contra o risco de desabastecimento de etanol no mercado brasileiro e o aumento do preço do produto para o consumidor. Devido à mistura, o aumento do preço do etanol também estava impactando no preço da gasolina. Com a medida, a Petrobras passou a ter de importar mais gasolina do exterior para garantir o consumo nacional.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Emprego na indústria tem queda de 0,2% em junho, mostra IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

O emprego na indústria brasileira recuou 0,2% em junho, na comparação com o mês anterior, o quarto resultado negativo seguido, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda do emprego industrial foi mais forte na comparação com junho de 2011. A taxa caiu 1,8% - a nona baixa seguida nesse tipo de comparação e a mais intensa desde dezembro de 2009, quando o índice recuara 2,4%.

Em junho, a produção industrial teve leve alta de 0,2%.

Ainda na comparação anual, o emprego nas indústrias nacionais caiu em 12 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. A maior queda foi observada em São Paulo, com baixa de 3,5%, pressionada pelos desempenhos negativos em 14 dos 18 setores analisados. A maior redução foi observada nas indústrias de produtos de metal (-14,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,2%), metalurgia básica (-16,9%), meios de transporte (-4,2%), vestuário (-8,7%) e têxtil (-8,2%).

Outras regiões também registraram resultados negativos, como Região Nordeste (-2,7%), Rio Grande do Sul (-2,6%), Santa Catarina (-1,4%), Bahia (-4,0%) e Ceará (-3,2%). Mostraram comportamento oposto as taxas do Paraná (1,8%) e de Minas Gerais (0,3%). Nesses locais, os destaques ficaram com os ramos de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (38,1%) e alimentos e bebidas (5,4%), no Paraná, e de produtos de metal (6,8%) e indústrias extrativas (8,6%), em Minas.

Quanto ao pessoal ocupado assalariado, houve recuo em 13 dos 18 setores pesquisados, com destaque para vestuário (-8,6%), produtos de metal (-4,8%), calçados e couro (-5,9%), têxtil (-5,8%) e papel e gráfica (-4,2%), entre outros. Entre as influências positivas, estão alimentos e bebidas (3,5%) e indústrias extrativas (4,3%).

Nos seis primeiros meses de 2012, o emprego industrial seguiu em queda, de 1,2%. As taxas negativas foram observadas em 9 dos 14 locais pesquisados e em 12 dos 18 setores analisados. São Paulo, com queda de 3,2%, registrou a maior influência negativa. Entre os destaques positivos, estão Paraná (3,3%) e Minas Gerais (1,2%).

Salários
O valor da folha de pagamento dos trabalhadores cresceu 2,5% sobre maio, após registrar taxas negativas por três meses consecutivos. Já na comparação com o mesmo período de 2011, os salários cresceram mais: 3,7%, 30º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. Foram observados desempenhos positivos em todos os locais pesquisados, com destaque para São Paulo (2,7%), Minas Gerais (7,3%) e Paraná (7,9%).

Na análise por setor, os salários subiram em 11 setores, com destaque partindo de meios de transporte (10,1%), máquinas e equipamentos (6,7%), alimentos e bebidas (3,3%) e indústrias extrativas (9,2%),entre outros. Na contramão, entre os que baixaram, estão os setores de vestuário (-4,6%), calçados e couro (-4,1%), têxtil (-2,5%) e de madeira (-4,9%).

Horas pagas
O número de horas pagas aos trabalhadores caiu 0,3% em junho, na comparação com maio, a quarta taxa negativa seguida. Sobre o mesmo período de 2011, o número de horas pagas baixou 2,6%, a 10ª taxa negativa consecutiva. Foram observadas taxas negativas em 12 dos 14 locais e em 15 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-9,7%), calçados e couro (-7,9%), produtos de metal (-5,0%), meios de transporte (-3,8%), entre outros.

Já entre os locais, São Paulo apresentou a maior queda, de 4,4%, exercendo a principal influência negativa sobre o total do país.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Caixa tem lucro de R$ 2,8 bilhões no 1º semestre de 2012 (Postado por Lucas Pinheiro)

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (9) ter registrado lucro líquido de R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre de 2012, uma alta de 25,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

A instituição atribui o bom resultado, principalmente, ao aumento de 33,3% da contratação total de crédito no semestre, que passou de R$ 102,7 bilhões nos primeiros seis meses de 2011, para R$ 136,9 bilhões.

Só no segundo trimestre deste ano, o luco líquido foi de R$ 1,7 bilhão, crescimento de 44,5%.

A caderneta de poupança foi destaque, de acordo com o banco, com captação líquida de R$ 6,7 bilhões, alta de 189,2%. O saldo da poupança foi de R$ 161,9 bilhões.

A carteira de crédito registrou acréscimo de R$ 48 bilhões nos seis primeiros meses do ano e atingiu R$ 297,6 bilhões de saldo, sendo que o total, em contratos, foi de R$ 136,9 bilhões - uma alta de 33,3% na comparação com o semestre anterior, representando 13,7% de participação no mercado.

A inadimplência no crédito ficou estabilizada em 2,04%.

O banco ainda anunciou que, no período, tem 36,1% de participação no mercado.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Inflação oficial acelera para 0,43% em julho, aponta IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país usada como base para as metas do governo, acelerou de 0,08% em junho para 0,43% em julho, segundo divulgou, nesta quarta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior variação desde abril, quando ficara em 0,64%. No mesmo mês de 2011, a inflação havia avançado 0,16%.

No ano, o indicador acumula alta de 2,76%, abaixo da taxa de 4,04% referente ao mesmo período de 2011, e, em 12 meses, de 5,20% - acima dos 4,92% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.

A inflação de julho foi puxada pelos preços de despesas pessoais e de alimentos - os dois tiveram variação de 0,91% e foram os que mais subiram em julho, de acordo com o IBGE. "Os alimentos, pela importância que têm no orçamento das famílias, foram responsáveis por 49,00% do índice do mês, detendo 0,21 ponto percentual".

No grupo de alimentos e bebidas, cuja taxa passou de 0,68% para 0,91%, o tomate apresentou alta de 50,33% em julho, após ter subido 11,45% em junho, exercendo o maior impacto, com 0,10 ponto percentual. No Rio de Janeiro, por exemplo, o preço do tomate quase dobrou de um mês para o outro, atingindo variação de 94,18%.

Já no grupo de despesas pessoais, cuja variação passou de 0,47% para 0,91%, os preços relativos aos serviços de empregado doméstico exerceram a principal influência, com alta de 1,37%, em julho, ante avanço menor no mês anterior, de 0,61%.

Também entra no cálculo do IPCA a variação dos preços relativos à habitação, que subiram de  0,28% para 0,54%, com os maiores impactos partindo dos preços de aluguel residencial (de 0,68% para 1,16%), condomínio (de 0,54% para 0,96%) e artigos de limpeza (de 0,23% para 0,50%).

No grupo de gastos com saúde e cuidados pessoais, os preços desaceleraram de 0,38% para 0,36%, com a alta dos preços de artigos de higiene pessoal passando de 0,44% em junho para 0,17% em julho.


O grupo de transportes se manteve em queda, de -1,18% para -0,03%. Os automóveis, que haviam ficado 5,48% mais baratos em junho, mostraram estabilidade de preços no mês seguinte. Os combustíveis também seguiram em queda.

Quanto aos gastos relativos à residência, a variação passou de -0,03% para -0,01%. Os eletrodomésticos ficaram 0,22% mais caros em julho, depois de caírem 1,02% no mês anterior.

Nos artigos de vestuário, a variação foi de 0,04% em julho contra 0,39% de junho, quando a liquidação da estação estava se iniciando, segundo a pesquisa.

Comportamento da inflação pelo país
A maior variação do IPCA foi vista em Goiânia (0,61%), sob influência da energia elétrica (9,12%), e o menor foi verificado em Belém (0,22%), devido ao aumento menor do preço dos alimentos (0,23%).

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mostrou a mesma variação do IPCA, de 0,43%, depois de avançar 0,26% em junho. No ano, o indicador acumula alta de 3,00% e, em 12 meses, de 5,36%. Em julho de 2011, o INPC não mostrou variação, ficando em zero.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (0,70%) sob influência da energia elétrica (9,01%), cujas tarifas foram reajustadas em 9,90% a partir de 29 de junho. O menor índice foi o de Belém (0,21%) em razão do resultado moderado dos alimentos (0,15%).

terça-feira, 7 de agosto de 2012

PIB da Itália recua 0,7% no 2º trimestre de 2012 (Postado por Lucas Pinheiro)

A economia italiana prolongou sua recessão no segundo trimestre do ano, com uma contração de 0,7% de seu PIB em relação ao trimestre anterior, segundo a primeira estimativa divulgada nesta terça-feira (7) pelo instituto de estatísticas Istat. Na comparação com o segundo trimestre do ano anterior, a queda é ainda maior, 2,5%. No primeiro trimestre deste ano, a contração havia sido de 0,8%.

A economia italiana é considerada a terceira maior da zona do euro, depois da Alemanha e da França, e a quarta maior da Europa - incluindo o Reino Unido. Atingida pela crise da dívida e por uma série de planos de austeridade destinados a tranquilizar os mercados, a Itália registra a  quarta queda  na comparação trimestral e a terceira, na comparação anual.

Neste trimestre, foram registrados recuos em todos os setores da economia: agricultura, indústria e serviços, de acordo com o Istat.

Em meados de julho, o governo da Itália disse que revisaria sua estimativa para a economia neste ano, para uma contração de um pouco menos de 2%, quando reavaliar suas metas econômicas em setembro, segundo o novo ministro da Economia, Vittorio Grilli.

Anteriormente o governo havia estimado que economia iria encolher 1,2% neste ano. A nova estimativa fica próxima da do Banco da Itália (banco central) de contração de 2,0%, mas é mais otimista que a previsão do lobby industrial Confindustria, de uma contração de mais de 2,4%.

Grilli afirmou que o governo italiano está tendo dificuldades com a questão de como reduzir sua dívida.

Segundo ele, "o caminho mais factível" para a redução da dívida, equivalente a 123% do PIB, é um plano de vários anos de venda de ativos estatais de forma gradual, garantindo 15 a 20 bilhões de euros por ano.

Desemprego e voto de confiança
Em junho, a taxa de desemprego bateu recorde na Itália, atingindo 10,8%, contra 10,6% em maio, apesar de ter mostrado pequena queda entre os mais jovens, segundo os dados preliminares divulgados pelo Istat.

O nível de 10,8% é o mais elevado desde o início da série estatística mensal, iniciada em 2004. O desemprego na Itália superou o nível simbólico de 10% pelo quarto mês consecutivo.

No último dia 31, o governo do premiê Mario Monti ganhou um voto de confiança do Senado para acelerar a aprovação de mais de 4 bilhões de euros em cortes de gastos este ano.

O governo, que pediu o voto para acelerar a aprovação das medidas no Senado, ganhou o voto por 217 a 40. O projeto de lei agora vai para a Câmara dos Deputados para a aprovação final, esperada para o final desta semana ou na próxima.

Os cortes, que têm o objetivo de garantir aos mercados financeiros que a Itália pode administrar sua grande dívida, somam-se a cortes de gastos no valor de 10,5 bilhões de euros anunciados em dezembro.

As novas medidas atrasarão um aumento de 2% no imposto sobre vendas proposto no pacote de austeridade anterior, que irá de outubro deste ano para julho de 2013. O imposto sobre vendas está atualmente em 10% e 21%.

Medidas para poupar dinheiro incluem reduções em gastos no sistema de saúde e uma diminuição gradual do números dos empregados no setor público.

A medida irá diminuir pela metade os gastos da administração pública com automóveis, centralizar as compras estatais de bens e serviços, e encolher a receita de empresas estatais pequenas.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mantega diz que não vai 'tolerar' demissões em setores com IPI baixo (Postado por Lucas Pinheiro)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (3), por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai "tolerar" o descumprimento dos acordos de não demissão nos setores beneficiados por redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), entre eles o automotivo e o de linha branca (máquinas de lavar, geladeiras e fogões).

O recado foi dado um dia antes da reunião entre representantes da General Motors (GM) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, previsto para este sábado (4), com o intuito de discutir eventuais demissões oriundas do fechamento do setor MVA (Montagem de Veículos Automotores) na cidade - que teria como consequência o fechamento de 1.500 postos de trabalho.

Reunião com a Anfavea
Nesta quinta-feira (2), o ministro Mantega já havia se reunido com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Bellini.

O ministro também se encontrou com representantes da GM, e avaliou, na última terça-feira, que empresa estaria realizando mais contratações do que demissões – e que, portanto, estaria cumprindo o compromisso com o governo federal de manter o nível de empregos.

A própria presidente da República, Dilma Rousseff, já havia reclamado publicamente das eventuais demissões em setores favorecidos pelo IPI baixo autorizado pelo governo.

Em nota divulgada na última terça-feira (31), porém, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região criticou as declarações de Mantega. "[O] ministro faz estas afirmações sem o mínimo cuidado de ouvir a outra parte, o sindicato dos trabalhadores. Dessa forma, diminui a si próprio, assumindo o papel de mero porta-voz da GM", diz o texto.

IPI reduzido
Em maio, o tributo foi reduzido para proporcionar melhores condições para a indústria em meio à crise financeira internacional – que tem derrubado as previsões de crescimento de todas as economias. A redução do IPI proporcionou recordes nas vendas em junho e julho.

O benefício vale até o fim de agosto. Recentemente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o tributo reduzido não deve ser prorrogado. Entretanto, como a produção industrial ainda não mostrou uma reação mais forte, analistas não descartam uma nova prorrogação.

Alíquotas do IPI
Para a aquisição de automóveis, as empresas que estão instaladas no Brasil tiveram seu IPI para carros de até mil cilindradas (1.0) reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Para carros importados de fora do Mercosul e México, a alíquota recuou de 37% para 30%.

Para veículos de mil cilindradas (1.0) a duas mil cilindradas (2.0), a alíquota para carros a álcool e "flex" (álcool e gasolina), para empresas instaladas no Brasil, foi reduzida de 11% para 5,5%. Para os carros importados, a alíquota será reduzida de 41% para 35,5%.

Já para carros a gasolina de mil a duas mil cilindradas, o IPI caiu de 13% para 6,5% para carros produzidos no Brasil e de 43% para 36,5% para veículos de fora do Mercosul e México. No caso dos utilitários, a alíquota foi reduzida de 4% para 1% (empresas instaladas no país) e, para carros importados, recuou de 34% para 31%.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Produção industrial tem leve alta em junho, aponta IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

A produção da indústria brasileira registrou leve alta de 0,2% em junho, na comparação com o mês anterior, depois de três meses seguidos de quedas, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (1º). Na comparação com o mesmo período de 2011, a atividade fabril brasileira recuou 5,5% - o 10º resultado negativo seguido nessa base de comparação e o mais forte desde setembro de 2009, quando fora verificada queda de 7,6%.

No primeiro semestre, o índice acumula queda de 3,8% e, em 12 meses, de 2,3%, "prosseguindo com a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%), assinalando a taxa negativa mais intensa desde fevereiro de 2010 (-2,6%)", de acordo com o IBGE.

Na comparação mensal, junho sobre maio, a produção aumentou em 12 das 27 áreas pesquisadas pelo IBGE, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutico (8,6%) e de veículos automotores (3,0%).

Na sequência, entre os resultados positivos, que contribuíram com o índice geral, estão os desempenhos de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (8,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,3%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (3,0%).


Entre os resultados negativos na produção da indústria de junho estão os setores de borracha e plástico (-5,7%), indústrias extrativas (-2,2%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-10,9%), entre outros.

Na análise das categorias de uso, o aumento foi maior nas indústrias de bens de consumo duráveis (4,8%), seguido pelas de bens de consumo semi e não duráveis (1,8%) e de bens de capital (1,4%). Na contramão, está o segmento de bens intermediários (-0,9%).

Comparação com o ano passado
Nesse tipo de comparação, 19 setores da indústria produziram menos. A queda mais importante foi a do ramo de veículos automotores, que caiu 17,9%. Entre os desempenhos negativos estão os de alimentos (-9,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-22,0%), metalurgia básica (-6,5%) e máquinas e equipamentos (-5,1%), entre outros.

Dos oito setores que apresentaram queda em junho, sobre o mesmo mês do ano passado, os destaque ficaram com outros equipamentos de transportes (14,8%), refino de petróleo e produção de álcool (5,0%) e bebidas (6,7%).